A soja vem se destacando como proteína vegetal e seu consumo deve aumentar nos próximos anos, acompanhando a tendência geral de demanda crescente por alimento. No entanto, o aumento da oferta de soja, assim como de outros produtos agrícolas, pode gerar impacto negativo para o meio ambiente, o que levanta uma série de preocupações sobre este setor, exigindo resposta dos agentes da cadeia produtiva de soja para que essas preocupações não se tornem restrições de demanda e altere os padrões de comércio. Este estudo foi estruturado em formato de artigos científicos, trazendo, no primeiro deles, uma análise qualitativa e crítica das iniciativas do setor sojicultor para atender aos novos paradigmas relacionados aos requisitos ambientais, e, particularmente, aqueles impostos pelo mercado internacional. O conjunto de iniciativas realizadas pelo governo brasileiro, quer seja pelos agentes da cadeia, governo ou organizações não-governamentais, tende a se complementar, contribuindo para uma proteção mais efetiva do meio ambiente. A Moratória da Soja não conseguiu diminuir a ocupação da soja em áreas desflorestadas dos estados do Mato Grosso, Pará e Rondônia, situados no bioma Amazônia; mas o avanço foi muito pequeno, principalmente quando comparado ao que ocorreu nas áreas em que a Moratória não incide, como é o caso do cerrado mato-grossense e de MATOPIBA. O programa Soja Plus, além de preencher a lacuna do governo brasileiro em extensão rural, abrange elementos tão relevantes quanto a conversão de vegetação, como o uso responsável de herbicidas. O segundo artigo apresenta uma análise empírica, visando quantificar o impacto dos requisitos ambientais nas exportações do complexo soja. Os resultados da equação gravitacional, estimada para o período de 1993 a 2014, tendo como variável dependente as exportações de soja em grão, farelo e óleo de soja dos três maiores exportadores do complexo soja, Brasil, Estados Unidos e Argentina, indicam que a queda na razão de decoupling, variável proxy do meio ambiente, impacta positivamente as exportações do complexo soja. Isto comprova a tese de Porter e Linde de que é possível produzir de forma ambientalmente correta e aumentar a competitividade no mercado internacional. / Soy has gained highlight as vegetable protein and its consumption should increase in the coming years, following the general trend of increasing demand for food. However, the increase in soybean supply, as well as other agricultural products, can have a negative impact on the environment, which raises a number of concerns about this sector, requiring response of the soy productive chain to these concerns do not become demand restrictions and change trade patterns. This study was structured in scientific articles format, bringing, in the first of them, a qualitative and critical analysis of soybean industry initiatives to meet the new paradigms that emerge related to environmental requirements and, particularly, those imposed by the international market. The set of initiatives undertaken whether by the Brazilian government, chain actors, government or non-governmental organizations, tends to complement and contribute to a more effective protection of the environment. Soy Moratorium failed to reduce the soybean occupation in deforested areas in the Amazon biom of Mato Grosso, Para and Rondonia states; but the increase was very small, especially when compared to what occurred in areas where the Moratorium does not apply, as is the case of Mato Grosso cerrado (savanna) and MATOPIBA. The Soja Plus program, in addition to filling the gap of the Brazilian government in rural extension, addresses relevant issues as important as vegetation conversion, such as the responsible use of herbicides. The second article presents an empirical analysis to quantify the impact of environmental requirements on the soy complex exports. The results of the gravity equation, estimated for the period from 1993 to 2014, to soybean, soymeal and soybean oil exports from the three world largest exporters, Brazil, the United States and Argentina, indicate that the drop in the decoupling ratio, a proxy for environment variable, impacts posively the soy complex exports. This reassures the Porter and Linde\'s thesis that it is possible to produce in an environmentally friendly way while increasing competitiveness in the international market.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-23012017-134447 |
Date | 19 December 2016 |
Creators | Aline Fernanda Soares |
Contributors | Silvia Helena Galvao de Miranda, Mirian Rumenos Piedade Bacchi, Rosane Nunes de Faria |
Publisher | Universidade de São Paulo, Ciências (Economia Aplicada), USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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