[pt] Trauma e regressão são dois conceitos que sempre suscitaram debates e mesmo controvérsias em Psicanálise. No decorrer da presente tese, procuramos analisar o desenvolvimento de ambos nas teorizações de Freud e de alguns dos principais teóricos das relações objetais precoces, dentre os quais destacam-se Donald Winnicott e Michael Balint, que, na esteira das mudanças operadas na teoria e na técnica analíticas por Sàndor Ferenczi, ampliaram de forma original o escopo teórico em torno de determinados fenômenos clínicos que implicam em formas singulares de sofrimento subjetivo. Neste sentido, buscamos articular nossa reflexão com alguns outros conceitos fundamentais propostos por esses autores; mais especificamente, os conceitos de amor primário e falha básica em Balint, e os de holding e fenômenos transicionais em Winnicott. A partir daí, sustentamos que o pensamento teórico-clínico baseado no modelo relacional tem possibilitado uma melhor apreensão dos processos determinantes da constituição psíquica e das diferentes formas de subjetivação e elaboração do trauma, nas quais a compreensão da situação analítica como campo comum inconsciente passa a ser relevante para o processo terapêutico. / [en] Trauma and regression are concepts that have always raised some debate and controversy in Psychoanalysis. Throughout the present thesis, the development of both will be analyzed in Freud s theories and also in some of the main authors on the early object relations, among which Donald Winnicott and Michael Balint stand out for improving the changes made in the analysis theory and techniques developed by Sàndor Ferenczi. The two enlarged in an inventive way the theoretical scope around certain clinical phenomena that bring about unique subject suffering. In this line of thought, this paper aims to associate some reflection to other fundamental concepts proposed by these authors; more specifically, the concepts of primary love and of basic fault in Balint, and those of holding and transitional phenomena in Winnicott. On this ground, it can be concluded that the clinical-theoretical thinking based on the relational model has enabled a better apprehension of the processes which are essential in the psychic constitution and in the various ways to take power over and elaborate on trauma, in which understanding of the analytical situation, as an unconscious common ground turns out to be relevant for the therapeutical process.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:27602 |
Date | 06 October 2016 |
Creators | SOLANGE MARIA SERRANO FUCHS |
Contributors | CARLOS AUGUSTO PEIXOTO JUNIOR |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
Page generated in 0.0021 seconds