[pt] Motivada pelos relatos da professora Walewska Braga e de seus alunos nos
encontros do grupo da Prática Exploratória, decidi aprofundar meu entendimento
sobre as ideias centrais da Prática Exploratória (Allwright e Hanks, 2009) e sobre
como a professora consegue usar seus princípios e proposições para nortear sua
vida profissional e pessoal. Para isso, foram realizados dois encontros com a
professora Walewska: primeiro uma entrevista, transcrita e lida por ambas as
participantes, e após uma conversa sobre a entrevista anterior, que também foi
transcrita. Houve também a participação da autora desta dissertação em aulas
ministradas pela professora, com a co-construção de um diário dessas aulas, e
trocas de e-mails entre ambas durante esse período. A microanálise de trechos
selecionados da entrevista e da conversa foi realizada com base (a) no modelo de
tomada de turnos de Sacks, Schegloff e Jefferson (1974), (b) no conceito de
sobreposições cooperativas (Tannen (2010), e (c) da análise da narrativa como
estratégia de envolvimento (Tannen, 1984); e foi complementada com a reflexão
sobre trechos selecionados dos e-mails e do diário. A análise teve como foco o
meu processo de convencimento sobre a viabilidade da Prática Exploratória, que é
uma filosofia de ensino-aprendizagem que busca estimular o pensamento críticoreflexivo,
na medida em que integra o questionamento e o trabalho pedagógico,
através de atividades pedagógicas com potencial exploratório (APPE). Nesse
processo, a Prática Exploratória integra as pessoas nesse trabalho e na criação de
espaços para refletir sobre as relações entre colegas e sobre a relação entre os alunos e o professor. Com isso, espera-se que tornem-se cada vez mais autônomos
e reflexivos, ao mesmo tempo em que continuam se desenvolvendo
linguisticamente, através de comportamentos que incentivem o pensamento crítico, ao mesmo tempo que possibilitam que o professor cumpra o conteúdo
programático estipulado pelo colégio e pelo governo. Através de uma reflexão
analítica sobre as identidades projetadas por Walewska, juntamente com a
dinâmica de tomada de turnos, sobreposições cooperativas, e análise da narrativa
como estratégia de envolvimento, aliados aos Princípios e Proposições da Prática
Exploratória, busquei melhor compreender a sala de aula exploratória de
Walewska Braga, e como essa professora incorporava a Prática Exploratória em
todos os aspectos da sua vida em sala de aula e fora dela. A minha busca por um
melhor entendimento da Prática Exploratória como um modo de viver as
experiências do cotidiano, como uma filosofia de vida, resultou no presente
trabalho, que também se constituiu na realização de uma Atividade Pedagógica de
Potencial Exploratório. / [en] Motivated by the various accounts given by teacher Walewska Braga and
her students in the meetings of the Exploratory Practice group, I decided to
deepen my understanding about the main ideas of Exploratory Practice (Allwright
and Hanks, 2009) and about how this teacher manages to use its Principles and
Propositions as guidance for her personal professional life. For that purpose, two
meetings were held: first an interview, transcribed and read by both participants,
and afterwards a conversation about the previous interview, which was also
transcribed. The author of this dissertation participated in classes given by the
teacher, wrote a journal of these classes, and exchanged e-mails with the teacher
during this period. The micro analysis of the selected passages of the interview
was done based on (a) the turn-taking model proposed by Sacks, Schegloff e
Jefferson (1974), (b) the concept of cooperative overlap (Tannen, 2010), and (c)
the analysis of narrative as involvement strategies (Tannen, 1984); and was
complemented with my reflection over excerpts selected from the e-mails and the
journal. The focus of the analysis was my process of gradual understanding and
growing conviction about the viability of the Exploratory Practice, which is a
teaching-learning philosophy that aims to stimulate critical-reflexive participation
by integrating questioning and pedagogic work, through Potentially Exploitable
Pedagogical Activities (PEPAs). In this process, Exploratory Practice integrates
people in this work and in the creation of opportunities to reflect about the
relationships between teacher and students as co-practitioners. With Exploratory
Practice, teachers and students are expected to become increasingly more
independent and reflexive, as they continue to develop linguistically, through
actions that prompt critical thinking, while enabling the teacher to carry out the
curriculum designed by the school or the government. Through an analytical reflection about the identities projected by Walewska Braga, together with the
dynamics of turn-taking, cooperative overlap and the analysis of narratives as
involvement strategies, together with the Principles and Propositions of the
Exploratory Practice, I looked for a better comprehension of Walewska’s
exploratory classroom, and how she incorporated Exploratory Practice in all
aspects of her life in and outside school. My search for a better understanding of
Exploratory Practice as a way of dealing with life, as a philosophy of life, resulted
in this paper, which also turned out to be a Potentially Exploitable Pedagogical Activity.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:21851 |
Date | 08 August 2013 |
Creators | VANESSA FLORENTINO MARCONDES DOS REIS |
Contributors | INES KAYON DE MILLER |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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