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[en] INVISIBLE WOMEN: AN ANALYSIS OF THE INFLUENCE OF GENDER STEREOTYPES ON INCARCERATED WOMEN S LIFE / [pt] MULHERES INVISÍVEIS: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO NA VIDA DE MULHERES ENCARCERADAS

[pt] Estereótipos são generalizações sobre atributos, características e comportamentos possuídos por um grupo. Embora se possa reconhecer a sua utilidade na praticidade da vida social, eles podem gerar distorções da realidade e consequentemente ocasionar prejuízos, quando, ao não considerar as
especificidades de determinadas pessoas ou grupos, age para lhes negar direitos. Em uma sociedade patriarcal em que as imagens de mulher foram construídas de forma relacional ao homem, os estereótipos de gênero contribuem para a criação e para o reforço de hierarquias de gênero que operam em detrimento das mulheres. No caso das mulheres encarceradas brasileiras, é possível enxergar a forma como
os estereótipos agem para criminalizá-las duplamente observando as condições de encarceramento a que estão submetidas. A realidade das presidiárias demonstra que o estereótipo da mulher como frágil e passiva, quando rompido, gera uma reprovação social maior, de modo que sua criminalidade parece ser mais grave que a do homem. Há dois aspectos que devem necessariamente ser levados em consideração no estudo do encarceramento feminino: a custódia da mulher anterior ao sistema penal, materializada por uma política de controle informal posta em prática pela família; e a interseção entre os múltiplos focos de discriminação que sofre a mulher presa. Se o direito é certamente uma instituição através da qual os estereótipos de gênero são reproduzidos, este trabalho pretende questionar em que medida ele pode também ser um instrumento de luta por igualdade, reconhecendo a urgência na construção e valorização de criminologias feministas aptas a transformar as práticas de gênero que vem impedindo a mulher
presa de receber tratamento adequado. / [en] Stereotypes are generalizations about attributes, traits and behaviors which belong to a group. Although it is accepted their usefulness in practical social life, they can create distortions and consequently lead to damage when, on failing to consider the specificities of certain persons or groups, support the denial of their rights. In a patriarchal society where woman was constructed in relation to men, gender stereotypes contribute to create and reinforce gender hierarchies that operate against women. In the case of Brazilian women prisoners, we can see how stereotypes act to criminalize them twice by observing the prisons conditions to which they are subjected. The reality of prisoners shows that the stereotype of women as weak and passive when broken generates greater social disapproval, so their criminality seems to be more severe than that of men. There are two aspects that must necessarily be regarded in the study of women s imprisonment: women s custody prior to the penal system, embodied by a policy of informal control implemented by the family, and the intersection between the multiple focuses of discrimination that women in prison suffer. Being Law an institution where gender stereotypes are reproduced, this work aims at questioning to what extent it can be an instrument of struggle for equality, recognizing the urgency in
building and enhancing some feminist criminology that can transform the practices of gender that have prevented incarcerated woman to receive adequate treatment.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:35084
Date14 September 2018
CreatorsDEBORA CHESKYS
ContributorsMARCIA NINA BERNARDES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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