[pt] O presente estudo tem como objetivo analisar a percepção
dos terapeutas de família do Rio de Janeiro a respeito do
recasamento, assim como as abordagens teórico-práticas,
preferencialmente, utilizadas no atendimento a membros de
famílias recasadas.
A complexidade e a diversidade presentes na estrutura das
famílias recasadas, assim como o aumento constante dessa
configuração familiar, indica que o modelo de família
nuclear, determinante na formulação inicial de algumas
abordagens de terapia de família, e ao qual as famílias
recasadas são comparadas, não é um parâmetro adequado. A
literatura especializada ressalta que as diferenças
essenciais entre esses formatos de família devem ser
consideradas pelas diferentes abordagens psicoterápicas.
Foi realizada uma pesquisa de campo, fundamentada na
revisão da literatura, na qual foram entrevistados dez
terapeutas de família do Rio de Janeiro. O grupo de
entrevistados foi constituído por seis sujeitos do sexo
feminino e quatro sujeitos do sexo masculino, todos com
mais de quatorze anos de experiência clínica na área de
terapia de família, inicialmente de orientação sistêmica. A
partir da fundamentação teórica e do discurso dos sujeitos
entrevistados, foram propostas cinco categorias de análise.
A avaliação do material obtido mostra a influência
significativa do modelo de família nuclear nas formulações
da maioria dos entrevistados sobre relações familiares,
assim como sobre as abordagens teórico-práticas utilizadas.
A maioria dos entrevistados não pareceu considerar
relevante para o seu trabalho o conhecimento acerca das
especificidades das famílias recasadas. Observamos, através
das palavras da maioria dos entrevistados, um
distanciamento entre a clínica e as pesquisas atuais sobre
o tema. / [en] The purpose of the present study is to analyze the
perception of the family therapists from Rio de Janeiro in
relation to remarriage, and the theoretical and clinical
approaches preferentially used to treat members of
remarried families.
The complexity and diversity present in the structure of
remarried families, as well as the increase of this family
form, indicate that the nuclear family model, determinant
in the formulation of the initial approaches of family
therapy, and to which remarried families are compared, is
not an adequate parameter. The specialized literature
points out that the different psychotherapeutic approaches
should consider the essential differences between these two
family forms.
A field study based upon the review of the specialized
literature was conducted. Ten family therapists from Rio de
Janeiro were interviewed. The group was formed by six
female and four male subjects. All of the subjects had
more than fourteen years of clinical experience as family
therapists, and initially followed a systemic orientation.
Based on the theoretical framework and on the analysis of
the subjects discourse, five categories were proposed.
The final evaluation of the data demonstrates the
significant influence of the nuclear family model in the
formulations made by the subjects about family relations,
as well as those made about the theoretical and clinical
approaches used. Most of the subjects did not seem to
consider the specific knowledge about remarried families
relevant to his/her practice. It was possible to observe,
through the words of most subjects, a distance between
their clinical work and current researches on the matter.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:3651 |
Date | 24 June 2003 |
Creators | SUSAN TRAVIS |
Contributors | TEREZINHA FERES CARNEIRO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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