[pt] O presente trabalho discute o processo da Reforma Urbana no contexto dos megaeventos sediados na cidade do Rio de Janeiro – a Copa do Mundo FIFA de 2014 e os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, pelo prisma da exceção. As intervenções praticadas no espaço urbano com vistas à realização dos eventos esportivos negligenciam os desejos e necessidades da população local, sobretudo dos oprimidos. A revitalização, as obras de mobilidade, a construção de equipamentos urbanos de esporte e lazer arregimentam interesses do capital por meio de remoções, demolições e aberturas de vias possibilitadas por um esquema de exceção urbana que conta com a coincidência de programas assistenciais, de segurança e de moradia, que se complementam, no âmbito dos executivos municipal, estadual e federal. O legado da Copa e das Olimpíadas propagandeado pelo partido da ordem pela teia ideológica não atinge a realidade dos oprimidos, que constroem sua própria narrativa da Reforma em seus círculos de memória. O encontro de múltiplas faces da opressão nas vidas ao mesmo tempo que subtrai permite a resistência. As redes de militância articuladas estão presentes na insurgência que retoma as ruas com grandes protestos. As heranças de opressões e lutas se encontram na construção de temporalidade que extrapola a linearidade da história do progresso. Através de metodologia benjaminiana essa investigação compara as construções de narrativa de Reformadores e oprimidos para compreender e criticar as estruturas específicas da exceção urbana na cidade do Rio de Janeiro no século XXI. / [en] This present work discusses the process of Urban Reform in the context of mega-events hosted in Rio de Janeiro – the 2014 FIFA World Cup and the 2016 Summer Olympics, within the scope of exception. The interventions made in the urban area aiming at the accomplishment of sports events neglects the desires and needs of the local population, especially the ones of the oppressed. The revitalization, the mobility works, building urban equipment for sports and leisure regiments the interests of capital through removals, demolitions and construction of routes made enabled by urban exception negotiations along with the help from security and housing assistance programs that complement each other, at municipal, state and federal extent. The legacy from the World Cup and the Olympics Games advertising for the Party of Order and for the ideological network does not reach the situation of the oppressed, who built their own narrative of reform in their own memory circles. The gathering of multiple facets of oppression on lives as it takes so much away from them allows resistance. The organized networks of militancy are present in the insurgency that takes over the streets with great protests. The heritage from oppressions and struggles are found in the making of temporality that extrapolates the straightness in the history of progress. Through a Benjaminian methodology this investigation compares the construction of narratives of Reformers and oppressed in order to comprehend and criticize specific structures of urban exception in the city of Rio de Janeiro in the 21 st century.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:26461 |
Date | 24 May 2016 |
Creators | FATIMA GABRIELA SOARES DE AZEVEDO |
Contributors | BETHANIA DE ALBUQUERQUE ASSY |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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