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[en] HAITIANISM: COLONIALITY AND BIOPOWER IN BRAZILIAN POLITICAL DISCOURSE / [pt] HAITIANISMO: COLONIALIDADE E BIOPODER NO DISCURSO POLÍTICO BRASILEIRO

[pt] Esta tese investiga os modos em que o Haiti é evocado no discurso político brasileiro em diferentes contextos. Usufruindo de enquadramentos analíticos pós-coloniais e foucaultianos, foca-se em duas grandes emergências desta prática discursiva: primeiro, com o inovador léxico do Haitianismo, durante os debates políticos do Império Brasileiro, no século XIX; depois, no âmbito do envolvimento brasileiro com a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH), de 2004 a 2017. O estudo mostra que as atuais narrativas que celebram o sucesso de um Jeito Brasileiro de construção da paz falham em notar como noções problemáticas de hierarquias raciais e tecnologias mais eficientes de poder governamental são desenvolvidas e exercidas sobre as populações-alvo. Argumenta-se que, sob o prisma do Haitianismo, tais discursos celebratórios das intervenções militares Sul-Sul perdem seu apelo político e consistência teórica, já que a colonialidade e o biopoder que os informam são expostos e sua originalidade questionada. Conclui-se notando que o estudo do Haitianismo permite seguir descolonizando e resistindo à autoridade dos modos emergentes de complexos de poder-saber humanitários, incluindo aqueles que estão além do modelo tradicional da Paz Liberal. / [en] This doctoral dissertation investigates the modes in which Haiti is invoked in Brazilian political discourse in different contexts. Drawing on post-colonial and Foucauldian frameworks of analysis, it focuses on two major emergences of such discursive practice: first, with the innovative lexicon of Haitianism, during 19th century Brazilian Imperial political debates; then, alongside Brazilian involvement with the United Nations Stabilization Mission in Haiti (MINUSTAH), from 2004 to 2017. The study shows that current narratives that celebrate a Brazilian way of peacebuilding fail to notice how problematic accounts of racial hierarchies and more efficient governmental technologies of power are developed and exercised upon target populations. It argues that through the prism of Haitianism such celebratory discourses regarding South-South military interventions lose their political appeal, as the coloniality and biopower that inform them are exposed and their originality questioned. It concludes by noticing that the study of Haitianism permits to further decolonize and resist the authority of emerging humanitarian power-knowledge complexes beyond the traditional Liberal Peace model.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:37787
Date17 April 2019
CreatorsMIGUEL BORBA DE SA
ContributorsJOAO FRANKLIN ABELARDO PONTES NOGUEIRA
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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