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[en] COMPLEMENTS AND ADJUNCTS OF THE VERB: ATTEMPT OF ORGANISING THE CHAOS / [pt] COMPLEMENTOS E ADJUNTOS DO VERBO: TENTATIVA DE ORGANIZAÇÃO DO CAOS

[pt] Neste trabalho, foi realizada uma revisão crítica do tema na gramática de modelo
tradicional, especificamente nas gramáticas de Cunha e Cintra (2001) e de Rocha Lima
(2007). Através dessas análises, buscamos comprovar que o modo como o conceito de
complementação verbal, bem como as noções de termo complementar e acessório e de
transitividade, vêm sendo apresentados tradicionalmente em gramáticas e livros didáticos
tem demonstrado algumas lacunas e incoerências que vem causando dificuldades ao
ensino/aprendizagem da língua materna. Costuma-se relacionar a transitividade verbal à
ideia de completude ou não da informação transmitida pelo verbo, sem levar em
consideração a circunstância e o sentido nos quais o verbo está sendo empregado,
tampouco a natureza do(s) elemento(s) a ele ligado(s). Observa-se, portanto, que aquilo
que se apresenta aos estudantes como a gramática da língua portuguesa é um conjunto de
regras que nem sempre leva em consideração a realidade dos fatos linguísticos. Com o
propósito de encontrar um caminho de análise que ajudasse a solucionar o problema,
foram examinados alguns trabalhos mais recentes que fogem em parte ou totalmente à
orientação tradicional, como a Moderna Gramática Portuguesa de Bechara (edição a
partir de 1999), a Gramática de usos do português de Moura Neves (2000), a dissertação
de Mestrado de Maria Eliana Duarte Alves de Brito (1986) e a Gramática de Valências
de Busse e Vilela (1986). Partindo de uma orientação funcionalista e tomando como base
os princípios da Gramática de Valências, este trabalho tem por objetivo demonstrar que,
no estudo das orações, é preciso que se levem em consideração dois pólos de análise: a
sintaxe e a semântica. Sendo o verbo o elemento central da oração, é ele que determina o
número de lugares-vazios, além das propriedades morfo-sintáticas e semânticas dos
actantes que realizam esses lugares-vazios. Desse modo, a distinção entre objeto direto e
objeto indireto da gramática tradicional mostra-se insuficiente, sendo necessário
distinguir um número maior de tipos de actantes. Além disso, foi possível detectar,
através da análise do verbo como elemento central, quais termos devem ser considerados
como actantes (complementos) ou como circunstantes (adjuntos). / [en] This work carries a critical review of the traditional model of grammar,
specifically the Grammars by Cunha e Cintra (2001) and Rocha Lima (2007). Through
these analysis, we seek to prove that the manner how the concept of verb
complementation, as well as the notions of complementary and accessory terms and of
transitivity, have been traditionally presented in grammar and didactic books present a
number of gaps and incoherencies that have been causing difficulties in the
teaching/learning of our mother tongue [Portuguese]. Usually verbal transitivity is related
to the idea if there is or not a completion of the information transmitted by the verb,
without considering the circumstances and meaning in which the verb is being used or the
nature of the element(s) connected to it. We can thus state that which is being presented
to students as the grammar of the Portuguese language is a set of rules that often doesn’t
take into consideration the reality of linguistic facts. Aiming to find an analytical way that
could help us to solve the problem, we studied some more recent works that partially or
totally escape from the traditional orientation, such as Moderna Gramática Portuguesa
by Bechara (the 1999 edition onwards), Gramática de usos do português by Moura Neves
(2000), the Master’s thesis by Maria Eliana Duarte Alves de Brito (1986) and Gramática
de Valências by Busse e Vilela (1986). Departing from a functionalist orientation and
taking as basis the principle of dependency grammar, the goal of this work is to
demonstrate that two poles of analysis must be taken into consideration in the study of
phrases: syntax and semantic. Being the verb the central element of a phrase, it’s the verb
that determines the number of empty-spaces, besides of the morphosyntatic and semantic
properties of the actants that convey these empty-spaces. In this way, the distinction
between direct and indirect object of traditional grammar comes up as insufficient, being
thus necessary to identify a greater number of types of actant. Besides, we were able to
distinguish, through the analysis of the verb as central element, which terms must be
considered actants (complements) or circumstantial (adjuncts).

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:17547
Date26 May 2011
CreatorsTHAIS TIBURCIO DUQUE
ContributorsENEIDA DO REGO MONTEIRO BOMFIM
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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