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[en] RUINS: FROM THE WRITING TO THE BODY: INTERSECTIONS BETWEEN WALTER BENJAMIN AND SAMUEL BECKETT / [pt] RUÍNAS: DA ESCRITA AO CORPO: INTERCESSÕES ENTRE WALTER BENJAMIN E SAMUEL BECKETT

[pt] Esta dissertação propõe um diálogo da obra do crítico e filósofo Walter Benjamin com a obra do dramaturgo e romancista Samuel Beckett. Os dois escritores do século XX, embora tenham sido contemporâneos durante alguns anos de suas vidas e se afligido por questões em comum, não chegaram a comentar nada um sobre o outro. Isso talvez se explique pelo fato de que, na busca por fugir do regime nazista, sem visto para realizar a travessia da França para a Espanha, Benjamin comete suicídio em 1940, quando Beckett ainda estava no início de sua produção literária. Do contrário, possivelmente o crítico alemão teria pensado sobre a obra do autor irlandês, tantas são as afinidades entre eles. Para torná-las visíveis, esta dissertação se divide em três capítulos. O primeiro investiga, com base na teoria de Benjamin, o declínio das narrativas tradicionais que eram passadas oralmente entre as gerações e a ascensão de outras formas de comunicação possibilitadas pela escrita, como a informação e, sobretudo, o romance no âmbito da literatura. O segundo capítulo pretende explicitar a
diferença entre o silêncio involuntário, porque traumático, dos combatentes da Primeira Guerra Mundial, diagnosticado por Benjamin, e o deliberado gesto performativo de silenciar com o qual Beckett busca tornar a linguagem porosa. O terceiro capítulo propõe aproximações entre o corpo fragmentário da escrita ensaística, adotada por Benjamin, e a maneira como Beckett eleva a incompletude da ruína aos corpos de seus personagens, que enfrentam a decadência não apenas de seus membros, mas também de suas memórias e, mais radicalmente, de sua própria identidade. / [en] This dissertation proposes a dialogue between the works from the critic and philosopher Walter Benjamin and the dramatist and romancist Samuel Beckett. The two Twentieth-century writers, although have been contemporaries during some years and afflicted by common issues, didn t have the chance to comment anything one about the other. Maybe this could be explained giving the fact that,
in search for flee from the Nazi regime, without a visa to cross the border from France to Spain, Benjamin commited suicide in 1940, while Beckett was still starting his literary production. Otherwise, possibly the German critic would have thought about the work of the Irish author, given so many affinities between them. To make these apparent, this thesis is divided in three chapters: The first
investigates, according to Benjamin s theory, the decline of the traditional narratives passed orally between generations and the ascension of other ways of communication made possible by writing, as the press and, especially, the novel within the literature. The second chapter seeks to explain the difference between the involuntary silence, as a trauma, of the First World War combatants, diagnosed by Benjamin, and the deliberate and performative gesture of silencing with which Beckett pursue make the language porous. The third chapter proposes approximations between the fragmentary body of the essayistic writing, adopted by Benjamin, and the way Beckett elevates the incompleteness of ruin to the bodies of his characters, who face de decadence not only of their limbs, but also of their memories and, more radically, of their own identity.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:48042
Date13 May 2020
CreatorsLARISSA PRIMO
ContributorsPEDRO DUARTE DE ANDRADE, PEDRO DUARTE DE ANDRADE, PEDRO DUARTE DE ANDRADE, PEDRO DUARTE DE ANDRADE
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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