Made available in DSpace on 2014-06-12T16:30:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo4394_1.pdf: 7291661 bytes, checksum: f7881763f7e86a6f807dbb43f740737a (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2006 / Os registros oficiais de acidentes, sempre apontam para o humano como culpado ou como
fator contribuinte nos acidentes numa proporção próxima a oitenta por cento. Deve-se considerar
que o piloto recebe um artefato que iniciou seu projeto de fabricação alguns anos antes de ser
entregue a este profissional. Ele agora é o responsável por mantê-la no ar, com segurança, que pesa
50.000 quilos ou mais e que transporta, cinco toneladas de combustível altamente inflamável e cerca
de duzentos passageiros a bordo. Este máquina complexa depende das perfeitas condições de
funcionamento. Mas o ser humano é falível e a história da aviação mostra que estes equipamentos
apresentam defeitos e ainda continuarão apresentando problemas. Porém, inserido neste caminho
para a busca da perfeição técnica e operacional da aeronave, está invariavelmente o piloto, que no
final, é quem está sempre dentro do artefato quando este se acidenta e paga o mais alto preço, que,
muitas vezes, é a própria vida.
Os erros dos pilotos certamente ocorrem, mas é preciso analisar suas origens que se devem
também, às falhas de projeto, aos erros de manutenção, à falta de capacitação, que freqüentemente
lhe foi negada, a turnos de trabalho mal planejados onde foi negligenciado o seu ciclo circadiano, à
má comunicação das torres de controle, às informações erradas ou desatualizadas de cartas de
navegação, aos erros de outros pilotos, a suas próprias falhas e a outros condicionantes.
Foi feito um estudo crítico nos registros oficiais dos acidentes com aeronaves através da
releitura de uma amostra selecionada disponibilizada por órgãos nacionais e internacionais de
controle e prevenção de acidentes, preservando e não contestando seus diagnósticos. Foi realizado
um correlacionamento dos condicionantes, prospectando indícios de origens cognitivas e outros
fatores ergonômicos que podem ter contribuído com as causalidades. Para isto foi desenvolvido um
sistema em computador para implantar um banco de dados de acidentes aeronáuticos com
informações extraídas destes registros, que permitiu o tratamento de um grande número de
variáveis. Uma ampla análise através de listas e mapas estatísticos gerados por este sistema
apontou para a possibilidade da participação de uma contribuição de erros de origem cognitiva em
cerca de 42% dos acidentes na amostra analisada.
Por fim, são indicadas as recomendações sobre treinamento e comunicação, novos sistemas
de proteção de fogo, referenciais para classificação de erros pelos órgãos encarregados de
investigação de acidentes aéreos, perfil do pessoal encarregado de investigação de acidentes e
critérios de homologação de aeronaves de treinamento básico. Encerramos com as conclusões
sobre a culpabilidade e a incapacitação dos pilotos, vôos noturnos ou sem visibilidade, erros devido à desinformação e sobre a avaliação da dinâmica de vôo das aeronaves como um componente
integrante do processo de homologação
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3419 |
Date | January 2006 |
Creators | Thomas Martins, Edgard |
Contributors | Marcio Soares, Marcelo |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0019 seconds