FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / A modernidade possibilita uma compreensÃo da experiÃncia do sujeito a partir de regularidades dos modos de ser, agir, julgar etc. Hà uma normatividade que regula a vida social, e o sujeito existe enquanto essa possibilidade de fundar seu prÃprio campo de experiÃncia. Uma teoria do sujeito, a partir dessa perspectiva, corresponde a uma elaboraÃÃo do modo como o humano funda seu lugar enquanto processo de unidade e autoidentidade, estando aà o cerne de normatividade que organiza a vida social. Diante desse problema, criticar a categoria de sujeito corresponde a fundamentar uma teorizaÃÃo que nÃo se comprometa com modos de determinaÃÃo identitÃria do sujeito, mas que compreenda como o campo de experiÃncia se estrutura atravÃs de acontecimentos a partir de uma negatividade. Em ÅiÅek, podemos encontrar o problema do sujeito como o nÃcleo central de seu pensamento, mas esse realiza uma inversÃo da tradiÃÃo que articula a passagem fundamental de uma metafÃsica da identidade para uma ontologia negativa. Dessa forma, o problema fundamental desse trabalho à desenvolver alternativas em relaÃÃo a uma teoria do sujeito comprometida com a ideia de finitude humana, atrelada a um princÃpio identitÃrio: pensar modos de compreensÃo do humano para alÃm dos reconhecidos pela representaÃÃo. Em contraponto a uma filosofia da identidade, o trabalho de ÅiÅek tem se direcionado sobre a questÃo do excesso/falta na ordem do Ser, e à pela relaÃÃo entre idealismo alemÃo e psicanÃlise que ele elabora suas reflexÃes. Essa perspectiva abre um campo polÃtico fundamental, pois a potÃncia de desligamento de modos estruturais de subjetivaÃÃo guarda a possibilidade de novas formas de subjetivaÃÃo. Assim, o sujeito à isso que carrega a condiÃÃo transcendental de possibilidade e impossibilidade dos modos de ser. Uma polÃtica que tem por horizonte a emancipaÃÃo deve fazer um tipo de ruptura na compreensÃo do homem a partir de figuras identitÃrias. Diante desses problemas, à necessÃrio estabelecer uma humanidade liberada da categoria "humano" e que possibilite novos rearranjos polÃticos. O âinumanoâ, entÃo, seria precisamente essa dimensÃo do impessoal e do despersonalizado, o que nÃo pode ser singularizado atravÃs do reconhecimento dos processos psicolÃgicos individuais. A partir dessas reflexÃes sobre processos que acontecem para alÃm dessa categoria de humano, o ato polÃtico-pedagÃgico crÃtico instaura sua prÃpria legalidade, suspendendo a Lei do poder, abrindo espaÃos para a criatividade e a instauraÃÃo de um processo de emancipaÃÃo econÃmico-social, cultural e polÃtico. / The experience of modernity enables a comprehension of the subject based on regularities on the way of being, acting, judging and so on. There is a normativity that regulates social life, and the subject exists as this possibility of setting up its own field of experience. A theory of the subject, from this perspective, corresponds to an understanding that the human founds his ground of experience as a process of unity and self-identity, lying there the core of normativity that organizes social life. Criticising the category of the subject corresponds to grounding a theorisation that is not compromised with identitary modes of determination of the subject, but that understands how the field of experience structures itself through events from a negativity. In ÅiÅek, we can find the problem of the subject as the main core of his thought, but he operates an inversion from the tradition that contains a fundamental passage from a metaphysics of identity to a negative ontology. This way, the main problem of this paper is to develop alternatives in relation to a theory of the subject committed with the idea of human finitude, chained to an identitary principle: thinking the ways of comprehending the humane beyond representation. In opposition to a philosophy of identity, ÅiÅekâs work has been directed on the problem of excess/lack in the order of being, and it is through the relation between German idealism and psychoanalysis that he developed his reflections. This perspective opens a fundamental political field, because the power of dismission of structural modes of subjetivation guards the possibility of new modes of subjectivation. Thus, the subject is the one who carries the transcendental condition of possibility and impossibility of the ways of being. A politics aiming at emancipation must break with the comprehension of man based on identitary figures. In face of these problemes, it is necessary to establish an humanity freed from the category of the âhumanâ, that allows new political arrangements. The âinhumanâ, then, would be precisely this dimension of the impersonal and depersonalized, that which cannot be singled out through the recognition of individual psychological processes. Thus, the critical pedagogical-political act institutes its own legality, suspending the Law of the prevailing oppressive power, opening up spaces for creativity and the establishment of a process of socioeconomic, cultural and political emancipation.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:9517 |
Date | 30 July 2015 |
Creators | Mayara Pinho de Carvalho |
Contributors | Hildemar Luiz Rech, AluÃsio Ferreira de Lima, Leonardo Josà Barreira Danziato |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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