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A (mal) dita maternidade: a maternidade e o feminino entre os ideais sociais e o silenciado

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-29T04:07:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Esta tese destaca as histórias de mulheres e suas maternidades. O tema da maternidade é inesgotável no viver de cada mulher. Mesmo cada uma tendo uma história para contar como sua, ela nunca será a mesma a cada dia e nem com o passar dos anos. A mulher e a maternidade se recriam, se contam e se recontam a cada novo episódio, a cada novo filho(a), a cada novo encontro entre mulheres, a cada novidade que o imprevisto da vida apresenta. Bem como cada uma tem sua trajetória, seus enredos, seus desejos, seus afetos. O objetivo geral desta pesquisa foi o de problematizar a maternidade para as mulheres-mães considerando a maternidade dita e a silenciada. A escolha por esse enfoque diz respeito a como a mulher-mãe, a partir das marcas de sua história, pensa e sente a maternidade dita e compartilhada e a maternidade mal(dita), ou seja, aquela que não pode ser falada, sendo silenciada quando não confirma ou não mantém os valores e padrões sociais/culturais preponderantes. Utilizou-se de aportes teóricos da psicanálise, considerando-se a psicanálise extramuros, e aportes teóricos de disciplinas como a história e a filosofia. Utilizou-se de entrevistas com mulheres-mães as quais foram realizadas considerando-se a ética e os conceitos da psicanálise: inconsciente, livre associação, transferência. Na análise do material das entrevistadas se destacaram modos de expressão no falar e esse material foi organizado em eixos denominados: não dito, é dito, dito não reconhecido, dito falho e dito pelo corpo - sem palavras. Esses eixos dizem respeito às manifestações afetivas e suas organizações psíquicas, evidenciando que de acordo com a história de cada uma há um trabalho psíquico que aciona diferentes recursos; evidenciando os ditos que sustentam ou alteram os parâmetros que a cultura atribui para as mulheres-mães, mobilizando-as para falar ou silenciar. O trabalho psíquico apresenta-se mais intenso de acordo com a proximidade ou distanciamento dos afetos de cada entrevistada em relação aos ideais sociais sobre o feminino e a maternidade.<br> / Abstract : This dissertation highlights the stories of women and their motherhood experiences. The theme of maternity is inexhaustible in the life of every woman, and although each one has their own story to tell, it is never the same now and then. Women and motherhood are recreated, told and retold every new episode, every time a new child is born, every new encounter between women or every novelty brought by the unforeseen of life. Moreover, each one of them has their own life story, plots, desires, and affections. The general goal of this research was to address the problem of motherhood for women-mothers, taking into account both the spoken and the silenced motherhood. This approach concerns how women-mothers, based on the singularities of their story, think and feel about the spoken and shared motherhood versus the (ill)spoken motherhood , that is, the one that cannot be spoken and is silenced when it does not confirm or maintain prevailing values or social and cultural patterns. This work was supported by psychoanalytical theories, particularly the extramural psychoanalysis, as well as by theoretical contributions from disciplines such as history and philosophy. Women-mothers were interviewed in accordance with the ethics and concepts found in psychoanalysis: the unconscious, free association, and transference. An analysis of the respondents material revealed ways of expression in their speech and this material was organized in the following categories: the unspoken, the spoken, the unrecognized spoken, the misspoken and the spoken by the body - without words. These categories relate to displays of affection and their psychic organizations, showing that there is a psychic work that triggers different resources depending on each one s story. Ultimately, they stress the sayings that sustain or alter the parameters assigned by culture to women-mothers, causing them to speak or to silence. This psychic work will be more intense depending on the closeness or distance of the affections nurtured by each interviewed woman towards the social ideals of feminine and motherhood.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/135263
Date January 2015
CreatorsClemens, Juçara
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Souza, Mériti de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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