Alitocoris Sailer, 1950 possui quatro espécies válidas, descritas da América Central, sendo A. schraderi Sailer, 1950 a espécie tipo. O gênero foi reconhecido como parafilético na filogenia de Ochlerini, e o encontro de espécies não descritas das Américas Central e do Sul, supostamente pertencentes a Alitocoris, torna necessária a identificação e caracterização dos grupos monofiléticos. Para tanto foi feita, no software TNT, uma análise cladística de 40 táxons e 88 caracteres morfológicos, incluindo as espécies de Alitocoris e 16 espécies novas. Utilizou-se comparação com grupo externo, buscas heurísticas com o algoritmo TBR, retenção de 100 árvores e 1000 aleatorizações, cálculo de consenso estrito, índice de consistência (CI), de retenção (RI) e suporte de Bremer. O enraizamento dos cladogramas foi feito no grupo externo, Adoxoplatys Breddin, 1903. A análise resultou em 48 cladogramas de 264 passos, CI=39 e RI=64; e consenso com 285 passos, CI=36 e RI=59. Confirmou-se o parafiletismo de Alitocoris, com suas espécies distribuídas em quatro clados distintos. Alitocoris brunneus Sailer, 1950 formou uma politomia com sp. n. 15 e sp. n. 17, clado suportado por uma sinapomorfia exclusiva (Bremer=1) e irmão de sp. n. 5+sp. n. 10, este suportado por sete sinapomorfias sendo uma exclusiva (Bremer=2). Alitocoris schraderi é grupo irmão de sp. n. 11 com suporte de três sinapomorfias homoplásticas (Bremer=1) e A. maculosus Sailer, 1950 irmão de sp. 09, suportado por uma sinapomorfia exclusiva e uma homplástica (Bremer=1), ambos os grupos posicionados em uma politomia. Alitocoris parvus (Distant, 1880) agrupou com as demais nove espécies novas no clado apical sp. n. 07+, com suporte de três sinapomorfias homoplásticas (Bremer=1). Os resultados implicam em modificações na classificação de Alitocoris, que passa a ser composto por A. schraderi e seu grupo irmão sp. n. 11, além de A. maculosus e das espécies novas 6 e 9 que serão mantidas no gênero até que seja possível o esclarescimento de suas relações, com o acrécimo de mais espécimes. As espécies A. brunneus e A. parvus são transferidas a novos gêneros, propostos para os clados a que pertencem, respectivamente A. brunneus* e sp. 07+. O clado sp. n. 5+sp. n. 10 também comporá um novo gênero. Os novos táxons são propostos com base nas sinapomorfias que suportam cada ramo.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/30204 |
Date | January 2011 |
Creators | Garbelotto, Thereza de Almeida |
Contributors | Campos, Luiz Alexandre, Grazia, Jocelia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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