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Efeitos de anestésicos gerais utilizados em cirurgias experimentais em ratos submetidos a testes preditivos de efeito ansiolítico e antidepressivo

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Previous issue date: 2017-03-27 / Na psicofarmacologia, cirurgias estereotáxicas para implantação de cânulas ou eletrodos no sistema nervoso central (SNC) são comumente empregadas antes da avaliação comportamental em modelos animais. Dessa forma, a anestesia e analgesia se fazem necessárias. Estudos prévios mostraram que anestésicos gerais como a cetamina induziram efeito antidepressivo rápido e persistente e efeito ansiolítico. Assim, foi avaliado se outros anestésicos gerais frequentemente utilizados em estudos de psicofarmacologia podem afetar comportamentos em testes preditivos de efeito antidepressivo ou ansiolítico, comprometendo a interpretação de dados experimentais de outros estudos. Diante disso, um dos objetivos do estudo foi avaliar possíveis alterações comportamentais induzidas pelo tribromoetanol, hidrato de cloral, tiopental e isoflurano em ratos submetidos ao Teste do Nado Forçado (TNF) e ao Labirinto em Cruz Elevado (LCE). Em um segundo grupo de experimentos, investigamos se a dose anestésica dos anestésicos que não afetaram o comportamento no primeiro experimento poderia interferir na detecção do efeito antidepressivo da imipramina ou do efeito ansiolítico do diazepam em ratos submetidos ao TNF ou ao LCE, respectivamente. Ratos Wistar machos receberam uma única injeção por via intraperitoneal de doses subanestésicas ou anestésica de hidrato de cloral (50, 150 e 400 mg/kg); de tribromoetanol (40, 90 e 250 mg/kg) e de tiopental (05,10 e 40mg/kg), enquanto os grupos controle receberam salina. O isoflurano foi administrado por via inalatória em concentrações anestésicas (4% para indução e 2% para manutenção) ou subanestésicas (0,5 ou 1,5%) e o respectivo grupo controle recebeu ar. Os animais foram testados no TNF 2 horas e 7 dias após a injeção. Grupos independentes de animais foram testados no LCE e no Campo Aberto (CA) 2 horas ou 7 dias após a administração dos anestésicos. Nenhuma das doses de tribromoetanol afetou o comportamento de forma aguda (2h) ou persistente (7 dias) no TNF. A dose subanestésica de tribromoetanol (90mg/kg) aumentou a exploração dos braços abertos no LCE, indicando um efeito ansiolítico agudo, enquanto a dose anestésica (250mg/kg) diminuiu a exploração nos braços abertos 7 dias após o tratamento, sugerindo um efeito ansiogênico tardio. A dose subanestésica do hidrato de cloral (150mg/kg)
reduziu o tempo de imobilidade no TNF de forma aguda, sugerindo um efeito tipo-antidepressivo. Já a dose anestésica do hidrato de cloral (400mg/kg) aumentou a exploração dos braços abertos do LCE 2 horas e 7 dias após o tratamento, sugerindo um efeito ansiolítico agudo e persistente. A dose anestésica do tiopental (40mg/kg) reduziu agudamente o tempo e a frequência de imobilidade e aumentou a natação no TNF, sugerindo um efeito tipo-antidepressivo agudo. O tiopental não apresentou efeito em animais testados no LCE. Ainda, o isoflurano não apresentou efeito no TNF ou no LCE. O tribromoetanol, o hidrato de cloral, o tiopental e o isoflurano, administrados 7 dias antes do TNF, não interferiram na detecção do efeito antidepressivo da imipramina. O tiopental ou o isoflurano também não interferiram da detecção do efeito ansiolítico do diazepam. Assim, os resultados obtidos sugerem que o tribromoetanol e o hidrato de cloral são anestésicos impróprios para utilização em cirurgias que precedem testes comportamentais relacionados com ansiedade, enquanto o isoflurano e o tiopental se mostraram adequados para a utilização em testes preditivos para drogas com efeito na depressão ou ansiedade. As doses subanestésicas do Tribromoetanol (90mg/Kg) e do Hidrato de Cloral (150mg/kg) mostraram um possível efeito ansiolítico agudo e antidepressivo agudo, respectivamente,, sugerindo que essas drogas podem ser alvo de futuros estudos para o desenvolvimento de potenciais novos fármacos para o tratamento de depressão e de transtornos de ansiedade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/8361
Date27 March 2017
CreatorsPAULA, L. S. H.
ContributorsNATALINI, C. C., JOCA, S. R. L., BEIJAMINI, V.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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