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Respostas cinemáticas e neuromusculares de diferentes estratégias de treinamento de força em dois exercícios de hidroginástica realizados por mulheres jovens

A hidroginástica tem sido indicada para melhora em diversas capacidades físicas. Nesta modalidade podem ser realizados exercícios aeróbios, de força, além da combinação de exercícios aeróbios e de força para a adaptação em ambas as capacidades. No entanto, sobre o treinamento de força na hidroginástica, poucos são os estudos que avaliam as respostas agudas em relação aos modelos de treinamento utilizados e nenhum analisou a teoria da prescrição do treinamento de força no meio aquático baseada nos princípios das rotas metabólicas. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi comparar as respostas cinemáticas e neuromusculares entre diferentes estratégias de treinamento de força em dois exercícios de hidroginástica realizados por mulheres jovens. Quinze mulheres (23,13±3,04 anos) realizaram os exercícios de flexão e extensão de joelho e cotovelo nas três estratégias de treinamento de força no meio aquático: duas séries de 30 segundos, três séries de 20 segundos e seis séries de 10 segundos, cuja a ordem foi randomizada. A análise cinemática foi realizada através de uma filmagem subaquática e a atividade neuromuscular através da eletromiografia de superfície, durante toda a execução dos exercícios. Além disso, foi realizado o teste de contração isométrica voluntária máxima (CVM) antes e depois do protocolo de exercícios para obter um valor de referência da amplitude do sinal eletromiográfico e para verificar se houve fadiga muscular. O teste ANOVA para medidas repetidas com post-hoc de Bonferroni foi utilizado para a comparação das variáveis cinemáticas e neuromusculares entre as diferentes estratégias e para as comparações entre as séries de 20 segundos e 10 segundos. Foi utilizado um teste t pareado para as comparações das variáveis cinemáticas e neuromusculares entre as séries de 30 segundos e para a comparação da CVM pré e pós protocolo (α=0,05). Os resultados da CVM realizadas antes e após o protocolo de exercícios não apresentaram diferença significativa, somente para a força do músculo reto femoral que demonstrou uma queda nos valores. Em relação a velocidade angular média (VAM) na comparação entre as estratégias, a estratégia 2x30s demonstrou valores significativamente menores que a estratégia 6x10s, tanto no exercício de membro superior como no de membro inferior. Já na comparação entre as séries não houve diferença significativa em nenhuma das estratégias em ambos exercícios. A velocidade angular de pico (VAP) também apresentou diferença significativa entre as estratégias no exercício de membro superior, no entanto, o post hoc de Bonferroni não identificou onde foi essa diferença. Já para o membro inferior não houve diferença entre as estratégias. Na comparação entre as séries, a VAP apresentou uma manutenção dos valores ao longo das séries. A amplitude de movimento (ADM) apresentou uma manutenção dos valores tanto no exercício de membro superior como no de membro inferior em todas as comparações. O número de repetições apresentou diferença significativa entre as estratégias: a estratégia 2x30s apresentou valores significativamente menores que a estratégia 6x10s no exercício de membro superior. Já para o membro inferior não houve diferença entre as estratégias. Na comparação entre as séries, o número de repetições apresentou uma manutenção dos valores ao longo das séries. Para as variáveis neuromusculares, não foi encontrado diferença significativa em nenhum músculo analisado tanto na comparação entre as estratégias, como na comparação entre as séries nos dois exercícios realizados. Conclui-se que com o fracionamento das séries é possível alcançar maiores velocidades de execução e desta forma o presente estudo serve como base para a teoria da prescrição do treinamento de força no meio aquático baseada nos princípios das rotas metabólicas. / Water-based physical training has been indicated for the improvement of several physical abilities. In this modality, many aerobic and resistance exercises can be performed, as also a combination of both aerobic and resistance exercises can be performed for the adaptation in both abilities. However, regarding water-based resistance training, there are few studies evaluating the acute responses in relation to the models of physical training used, and none has analyzed the theory of resistance exercise prescription in the aquatic environment based on the principles of the metabolic routes. In this way, the aim of the present study was to compare the kinematic and neuromuscular responses between different strategies of resistance training in two water-based exercises in young women. Fifteen women (23.13±3.04 years) performed the exercises knee and elbow flexion and extension in three strategies of water-based resistance training: two series of 30 seconds, three series of 20 seconds and six series of 10 seconds, in a randomized order. The kinematic analysis was conducted with an underwater filming and the neuromuscular activity was performed through surface electromyography during the whole execution of the exercises. In addition, the maximal voluntary isometric contraction (MVC) test was performed before and after the exercises protocol for obtaining a reference value of the electomyography signal amplitude and to verify if there was muscle fatigue. ANOVA for repeated measures test with post-hoc of Bonferroni were used for the comparison of the kinematic and neuromuscular variables between the different strategies and for the comparisons between 20 and 10 seconds. Paired t test was used for the comparisons of the kinematic and neuromuscular variables between the series of 30 seconds and for the comparison of the MVC before and after the protocol (α=0.05). The results of the MVC performed before and after the exercises protocol did not show a significant difference, only for the strength of the rectus femoris muscle, which demonstrated lower values. In relation to the mean angular velocity (MAV), in the comparison between strategies, the 2x30s strategy demonstrated significantly lower values than the 6x10s strategy for both upper and lower limbs exercises. On the other hand, in the comparison between series there was no significant difference in none of the strategies for both exercises. Peak angular velocity (PAV) also presented significant difference between the strategies in the upper limb exercise, however, the Bonferroni post hoc test did not identify were this difference was. Regarding lower limb, there was no difference between strategies. In the comparison between series, the PAV presented maintenance of the values throughout the series. The amplitude of movement (AOM) showed maintenance of the values in both upper and lower limbs exercises in all comparisons. The number of repetitions presented significant difference between the strategies: 2x30s strategy showed significantly lower values than 6x10s strategy for the upper limb exercise. For the lower limb, there was no difference between strategies. In the comparison between series, the number of repetitions presented maintenance of the values throughout the series. For the neuromuscular variables, a significant difference was not found in none of the muscles analyzed in the comparison between strategies, as in the comparison between sets in the two exercises analyzed. It is concluded that, with the fractionation of exercise series, it is possible to accomplish higher velocities of execution and thus the present study serves as basis for the theory of water-based resistance exercise prescription in aquatic environment based on the metabolic routes principles.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/185995
Date January 2018
CreatorsBarroso, Bruna Machado
ContributorsKruel, Luiz Fernando Martins
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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