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[en] CONCEIVABILITY, POSSIBILITY AND LOGIC / [pt] CONCEPTIVIDADE, POSSIBILIDADE E LÓGICA

[pt] A Lógica é hoje em dia vista como uma ciência matemática
fundamentalmente ligada à faculdade do entendimento, e
pouco relacionada com
nossa capacidade de imaginar ou conceber. Desta forma, sob
a alcunha de
psicologismo, costuma-se descartar qualquer associação da
lógica à
conceptividade ou à imaginação como espúria e mal
colocada. Esta tese de
doutorado tem como objetivo mostrar que, contrariamente ao
que se costuma crer,
há na lógica, tomada como uma ciência, um inegável emprego
metodológico da
faculdade da conceptividade ou da imaginação. Para mostrar
isto, primeiramente
examinamos sobre bases autônomas o princípio da
conceptividade, segundo o
qual a proposição p é concebível se e semente se p é
possível. Investigamos as
principais posições contemporâneas contra e a favor deste
princípio e chegamos a
uma versão qualificada do princípio, que defendemos ser
livre de contraexemplos.
Terá sido mostrado, portanto, que, sob certas condições,
há uma
relação essencial entre conceitos modais aléticos
(possibilidade, necessidade,
contingência, impossibilidade) e nossa faculdade de
conceber ou imaginar: o que
é concebível é possível - ainda que nem sempre o que é
inconcebível seja
impossível. Em seguida, mostramos como o princípio da
conceptividade foi um
instrumento insubstituível, nas mãos dos grandes pioneiros
da lógica, em uma
tarefa muito bem delimitada: a codificação de novas
linguagens lógicas.
Defendemos, por conseguinte, que Aristóteles, quando
primeiramente codificou a
lógica de proposições categóricas, e Frege, quando
elaborou a lógica funcional e
quantificada, foram obrigados a recorrer à conceptividade
como parâmetro básico
para examinar a correção expressiva da linguagem que
estavam codificando e para
aferir a validade lógica de diversas proposições e
argumentos. Com vistas a tornar
claro o lugar da noção de conceptividade dentro da lógica,
examinamos a lógica e
a epistemologia de Aristóteles e, sobretudo, de Frege, nas
quais encontramos
elementos concretos que apontam para o emprego desta noção
dentro do contexto primitivo de codificação lógica a que
nos reportamos. Enfatizamos que, no
contexto em que estes autores se encontravam, não havia
opções epistemológicas
para examinar e avaliar sua lógica a não ser o recurso
princípio da conceptividade. / [en] Logic is seen today as a mathematical science
fundamentally linked to the faculty
of understanding, unrelated to our capacity of imagining
or conceiving. Under the
label psychologism, one usually considers any association
between logic and
conceivability (or imagination) as spurious and misled.
This doctoral thesis has as
its goal showing that, contrarily to what is ordinarily
thought, there is in logic,
understood as a science, an undeniable methodological
employment of the faculty
of conceivability or imagination. In order to show this,
we firstly examine the
conceivability principle (the proposition p is conceivable
if and only if p is
possible) on autonomous basis. We examine the main
contemporary positions
against and in favor of this principle and come to a
qualified version of the
principle, which we purport to be free of counterexamples;
it will have been
shown, therefore, that, under certain circumstances, there
is an essential relation
between modal concepts (possibility, necessity,
contingency, impossibility) and
our faculty of conceiving or imagining: whatever is
conceivable is possible - even
though it is not always true that whatever is
inconceivable is impossible.
Secondly, we show how the conceivability principle was an
irreplaceable tool in
the hands of the great pioneers of logic, in a very well
delimited task: codifying
new logical languages. Therefore, we hold that Aristotle,
as he firstly codified the
logic of categorical propositions, and Frege, as he
elaborated quantified functional
logic, were bound to employ conceivability as a basic
parameter so as to examine
the expressive correctness of the language they were
codifying and determine the
validity of various propositions and arguments. In order
to make clear the place of
conceivability in logic, we examine Aristotle´s Frege´s
logic and epistemology
and find concrete elements indicating the employment of
this notion in the
primitive context of logical codification we have
mentioned. We emphasize that,
in the context in which these authors were working, there
were no epistemological
options other than the resource to the conceivability
principle.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:7389
Date31 October 2005
CreatorsOCTAVIO MOREIRA GUIMARAES LOPES
ContributorsOSWALDO CHATEAUBRIAND FILHO
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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