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Ser mãe na adolescencia : uma reflexão sobre o cuidado do recem-nascido

Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Maria Helena Baena de Moraes Lopes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T20:29:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: A gravidez na adolescência vem, nas últimas décadas, tornando-se um problema de Saúde Pública, tanto pelo aumento da fertilidade nesta faixa de idade quanto pela observada inadequação da assistência prestada na gestação, no parto, à mãe e à criança, em períodos posteriores. Em Campinas, em média, 20% dos nascidos vivos são filhos de mães adolescentes. O objetivo central do trabalho é analisar a estrutura de apoio familiar, social (escola, trabalho) e de saúde à mãe adolescente (13 a 19 anos) para realizar o cuidado em geral do recém-nascido, avaliando o impacto das ações de saúde prestadas na gestação, parto e puerpério, assim como de outras variáveis maternas, antecedentes à prática do aleitamento matemo exclusivo. A amostra (164) de mães adolescentes foi identificada por meio das declarações de nascidos vivos e as entrevistas realizadas no domicílio das mesmas seis meses após o parto. A idade média das mães era de 17 anos no nascimento do bebê, morando com seus companheiros ou outros familiares, em domicílios pequenos e com boas condições de saneamento. Foram não planejadas 78,7% das gestações e 49611> não desejadas, entretanto, no momento da entrevista, 44,5% não utilizavam nenhum método anticoncepcional. A maioria fez pré-natal, em média oito consultas, porém não receberam orientações que fossem efetivas à manutenção do aleitamento matemo exclusivo (AMEX) até o 60mês. Quanto à presença de apoio familiar, 9,1%relataram não ter recebido.ajuda no pós-parto, 63,4% não consideraram seus companheiros colaborativos com aos afazeres domésticos e 51,8% quanto ao cuidado do recém-nascido. Grande parte das adolescentes já havia interrompido os estudos antes de engravidar, e, das estudantes, metade perdeu o ano escolar. O modelo de regressão logística obtido permitiu considerar como associações significativas ao AMEX mais prolongado as seguintes variáveis: fazer uso de método anticoncepcional no momento da entrevista (OR=O,24;IC=95%: 0,07 - 0,81), a adolescente sentir-se preparada para ter o bebê (OR=0,30; IC=95%: 0,09 - 1,00) e sentir necessidade de conversar com alguém diante de alguma dificuldade (OR=0,29; IC=95%: 0,10 - 0,87). Intervalo superior a 2 horas entre parto e a primeira mamada (OR=3,45; 95% de IC: 1,08 - 11,05) esteve associado à interrupção precoce do aleitamento matemo exclusivo. Conclui-se que as adolescentes, apesar de morarem com seus companheiros ou outros parentes, não estão recebendo apoio suficiente e adequado para o êxito do AMEX. As adolescentes estudantes não tiveram garantido seu direito ao exercício domiciliar e, em muitos casos, perderam o ano escolar. Entre aquelas que realizavam alguma atividade remunerada, algumas foram despedidas ainda durante a gravidez e às outras não foram assegurados seus direitos como mães traballiadoras. A assistência prestada durante os períodos pré e pós-natal foi inadequada, incentivando o desmame precoce, além de não estar garantindo a estas adolescentes um suporte que as resguardasse de uma nova gestação não planejada / Abstract: Teenage pregnancy. during the last decades. has become a serious public health problem, not only due to the increasing of fertility among teenagers. but also because of the inadequate assistance given to mothers during pregnancy carriage and labor and to their children after birth. In the city ofCampinas. in average, 20% ofthe live bombabies are the children of adolescent mothers. This work aims the analysis of family, social (from school and job) and health structures in support of adolescent mothers (from 13 to 19 years of age), structures that help with general cares for the new bom babies, evaluating the impact of the health services during pregnancy carriage, labor ánd puerperium, as well as other maternal variables prior to exc1usive breast feeding. The sample of 164 teenage mothers was identified through live bom declarations and interviews carried out at these women's homes six months after labor. The standard age ofthe mothers was of 17 years at the time ofthe baby's birth. They usually lived with their partners or other family members, in small households with conditions of sanitation. The research showed tOOt 78.7% of the pregnancies had not been planed and 49% were undesired. However, at the time of interviews, 44,5% ofthe women weren't making use of some contraceptive method. Most ofthem had gone through pre-natal practices, eight appointments in average. Nevertheless, they did not receive effective orientations as to the maintenance of exc1usivebreastfeeding up to the child's 6thmonth. Regarding the presence of family support, 9.1% stated tOOtthey received no help during post-labor, 63,4% did not consider their partners collaborative with domestic duties and 51,8 did not consider them collaborative with cares for the new bom baby. Most of the teenagers had already interrupted their studies before getting pregnánt. and half of those that were studying lost their school year. The logistic regression model obtained allowed us to consider as significant associations to longer periods of exc1usive breastfeeding the following variables: the use of contraceptive methods at the time of the interview (OR=0,24; IC=95%: 0,07 - 0,81), the adolescent feeling prepared to have the baby (OR=0,30; IC=95%: 0.09 - 1,00) and feeling the need to talk to someone due to any difficulty (OR=O,29; IC=95%: 0,10 - 0,87). The time laps superior to 2 hours between labor and the fust breastfeeding (OR=3,45; 95% de IC: 1,08 - 11,05) was associated to premature interruption of exc1usive breastfeeding. The drawn conclusion is that the adolescents, even though living with partners or family members, are not receiving enough nor adequate support to the success of exc1usivebreastfeeding. The teenagers that were still studying did not have the right home schooling guaranteed and, in many cases, 1081their scho01year. As to those who had jobs, some were dismissed during pregnancy and others did not have their rights assured as working mothers. The assi81ancegiven during pre and po81-natal periods was inadequate, encouraging premature weaning as well as not guaranteeing a kind of support to these mothers that would prevent other non p1aned pregnancies / Mestrado / Mestre em Saude Coletiva

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313844
Date27 August 2003
CreatorsPaixão, Erika Cristina Jacob Guimarães
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Lopes, Maria Helena Baena de Moraes, 1959-, Corrêa, Ana Maria Segall, 1946-, Rea, Marina Ferreira, Santiago, Silvia Maria
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format166p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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