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Toxicidade da azatioprina no tratamento da doença de Crohn: frequência, abordagem e evolução

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Previous issue date: 2007-12-06 / A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal idiopática e de expressivo aumento em sua incidência nas últimas décadas. Apresenta manifestações clínicas proteiformes e potencial evolutivo incerto, muitas vezes fatal. Até o momento, não existe qualquer terapia curativa para esta afecção. A azatioprina (AZA) é uma medicação potente e eficaz, que tem sido largamente utilizada no tratamento de pacientes com DC que se tornam dependentes ou refratários aos corticosteróides. Entretanto, esta droga pode apresentar expressiva toxicidade. Para otimizar seus benefícios e minimizar os riscos, é importante que se conheça seu mecanismo de ação, o perfil de efeitos adversos, e como estes podem ser abordados. Objetivos: Avaliar a incidência, abordagem e evolução dos efeitos adversos da AZA no tratamento de pacientes com DC. Material e Métodos: Foram avaliados prospectivamente, de janeiro de 2002 a dezembro de 2006, 106 pacientes (45 homens e 61 mulheres, média de idade de 36,3 anos, variação 12-68 anos), portadores de DC em uso de AZA, atendidos no ambulatório de Doenças Inflamatórias Intestinais do Hospital Universitário da UFJF. Foram registrados por ocasião das visitas ambulatoriais, dados sóciodemográficos relevantes, características clínicas relacionadas à DC, dose e tempo de uso da AZA, e uso de drogas concomitantes direcionadas à DC. Todos os pacientes foram submetidos a rotinas laboratoriais para monitorização da toxicidade durante o tratamento. Assim, foram realizados hemogramas e dosagem de aminotransferases e amilase na inclusão ao estudo. A monitorização subseqüente envolveu hemograma a cada duas semanas durante oito semanas, e depois a cada um ou dois meses durante todo o período da terapia. Dosagem de aminotransferases foi realizada a cada três meses. Além disso, todos os pacientes foram alertados a retornarem prontamente em caso de dor faríngea ou qualquer outro sinal de infecção. Leucopenia foi definida pela contagem de leucócitos abaixo de 4.000 células/mm³ e leucopenia grave quando os mesmos estivessem abaixo de 2.000 células/mm3; trombocitopenia foi considerada quando a contagem de plaquetas foi inferior a 130.000 células/mm3. A AZA foi suspensa ou sua dose reduzida em caso de febre, doenças concomitantes ou toxicidade relacionada à droga. Para fins comparativos, os pacientes foram divididos em grupos com e sem a toxicidade a AZA. Resultados: 56 (52,7%) dos pacientes estudados apresentaram pelo menos um efeito adverso, requerendo redução transitória da dose da droga; 18 (17%) necessitaram suspender definitivamente o uso de AZA, geralmente devido a reações de hipersensibilidade. Náuseas e vômitos, frequentemente leves, ocorreram em 29 (27,4%); a raça negra e aqueles com comorbidades apresentaram mais intolerância gastrointestinal do que os brancos e aqueles sem outras doenças associadas (p=0,04). Leucopenia foi o efeito adverso mais freqüente, ocorrendo em 36 (34%). O tempo de uso de AZA foi maior em pacientes com leucopenia do que nos não leucopênicos (p=0,001), enquanto a dose média de AZA foi menor naqueles com leucopenia comparados aos não leucopênicos (p=0,005). Não houve infecções graves, neoplasias ou óbitos durante o tratamento com AZA. Conclusão: A AZA mostrou ser uma droga relativamente segura no tratamento da DC, desde que seja mantida supervisão clínica e laboratorial periódica durante todo o tratamento. / Crohn’s disease (CD) is an inflammatory bowel disease whose etiology is unknown and that has its incidence increasing significantly during the last decades. Polymorphous clinical manifestations and a doubtful evolution, sometimes fatal, are the more striking features of its natural history. Until nowadays, there is no curative therapy for CD. Azathioprine (AZA) is one of the most efficient and employed drugs in CD patients,especially those who became dependent or non-responders to corticosteroid treatment. However, AZA is a drug which has a potential toxicity and to try to reduce its side effects it is necessary to know its action mechanism as well the list of potential adverse reactions and how to manage them. Aims: To evaluate the incidence, approach and course of AZA side effects in the treatment of CD patients. Methods and Material: From January 2002 to December 2006 106 CD patients were followed prospectively (45 men and 61 women, with a mean age of 36,3 years – range 12-68) in the outpatient Service of Inflammatory Bowel Disease of Universitary Hospital of Federal University of Juiz de Fora, Brazil, and being treated with AZA. Socio-demographic, clinical features of CD patients, AZA doses and time of using, and concomitant other drugs used were registered. All patients were submitted to laboratorial routine for toxicity monitoring during the treatment. Thus, red and white blood cell count and measurement of aminotransferases and amilase levels were analysed at the study beginning; subsequent monitoring included red and white blood cell count at every two weeks for the first two months and lately every four to eight weeks. Aminotransferases levels were determinated every three months. Moreover, all the patients were instructed to search for medical assistance in case of any sign of infections as well as sore throat. Leucopoenia was defined as white blood cells count below 4.000/mm³, and severe as lower 2.000/mm³; trombocytopenia when platelets count were under 130.000/mm³. AZA was stopped or doses reduced when fever, adverse reactions or toxicity AZA-related and associated diseases occurred. In order to comparison, subgroups of patients were studied separately, those with and without AZA-toxicity. Results: 56 (52,7%) patients presented at least one side effect needing transient dose reduction; 18 (17%) had to interrupt definitively the AZA ministration, most of them in consequence of hypersensitivity reactions. Slight nausea and vomits occurred in 29 (27,4%); black race and those with co morbidities have had much more gastrointestinal intolerance than white and those without any other associated disease (p=0,04). Leucopoenia was the most frequent adverse reaction, observed in 36 (34%) and the time of AZA using was higher in patients with leucopoenia than in those nonleucopoenics (p=0,001). However, the mean dose of AZA was lower in patients with leucopoenia than in those non-leucopoenics (p=0,005). No one serious infection, malignant tumors or death occurred during AZA treatment. Conclusions: The AZA use showed to be a reasonable safe drug in CD treatment since that a clinical and laboratorial serious control is performed during all the time of therapy.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2889
Date06 December 2007
CreatorsColli, Márcia Valéria
ContributorsChebli, Júlio Maria Fonseca, Ferrari, Maria de Lourdes de Abreu, Pace, Fäbio Heleno de Lima
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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