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Diversidade e distribuição de trepadeiras em um mosaico de ambientes florestais de um morro granítico subtropical

Com o objetivo de descrever a composição florística e avaliar a estrutura das comunidades de trepadeiras e os fatores ambientais que influenciam sua distribuição em escalas locais, foram realizadas análises qualitativas e quantitativas em um mosaico de ambientes florestais na região subtropical do Brasil. O estudo foi desenvolvido em um remanescente florestal com cerca de 100 ha que recobre as encostas de um morro granítico e está situado na porção centro-oeste do Rio Grande do Sul, no município de Guaíba. A área compreende quatro ambientes com fisionomias florestais distintas, dois deles situados na borda e, os outros dois, no interior. Os ambientes de borda se diferenciam principalmente pelo tipo de formação campestre do entorno em: borda com campo limpo e borda com campo rupestre, enquanto que os ambientes de interior apresentam distintas condições de drenagem: interior mal drenado e interior bem drenado. Para a análise biogeográfica, a partir da lista de espécies obtida no levantamento florístico, foram registradas a presença e ausência das mesmas em três áreas gradualmente mais distantes da área de estudo, ao longo de quatro linhas de expansão divergentes: nordeste, noroeste, centro-oeste e sudoeste. Já a variação das comunidades nos quatro ambientes característicos da área de estudo foi avaliada através da amostragem de 0,24 ha, com seis parcelas alocadas em cada ambiente. A flora total do remanescente compreendeu oitenta e duas espécies de trepadeiras, distribuídas em cinquenta e cinco gêneros e trinta e três famílias. O grande número de espécies compartilhadas com as linhas de expansão tropicais, em detrimento das subtropicais e temperadas, mostra que, mesmo situada fora dos trópicos, em uma região de transição climática e biogeográfica, a área de estudo apresenta muitos elementos de origem tropical. Quanto à distribuição nos quatro ambientes, as comunidades ocorrentes na borda e no interior se diferenciaram em relação à composição, riqueza , abundância e à proporção de indivíduos em cada modo de ascensão. Além disso, a borda e o interior demonstraram ser internamente heterogêneos, principalmente quanto à composição. As características químicas e disponibilidade de água do solo, a luminosidade e o tipo de ecótono nas áreas de borda se mostraram importantes fatores na diferenciação de comunidades de trepadeiras em escalas locais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/26285
Date January 2010
CreatorsDurigon, Jaqueline
ContributorsWaechter, Jorge Luiz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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