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Avaliação da mineralização óssea em recém-nascidos pré-termo e termo adequados para a idade gestacional, alimentados com leite humano / Evaluation of bone mineralization in breastfed preterm and full-term newborns

INTRODUÇÃO: A Doença Metabólica Óssea é uma patologia caracterizada por alterações da mineralização esquelética decorrente do acréscimo deficiente do conteúdo mineral ósseo do recém-nascido pré-termo (RNPT). A densitometria óssea tem sido o método de escolha para avaliar o conteúdo mineral ósseo, particularmente no RNPT alimentado ou não com leite humano. OBJETIVOS: 1. Comparar os resultados do conteúdo e densidade minerais ósseos obtidos do corpo inteiro através da densitometria óssea em RNPT adequados para a idade gestacional (AIG) com os valores obtidos em recém-nascidos de termo (RNT), alimentados com leite humano exclusivo; 2. Comparar os parâmetros bioquímicos ósseos sanguíneos (cálcio, fósforo e fosfatase alcalina) entre os RNPT e RNTAIG; 3. Analisar a excreção urinária de cálcio e fósforo no RNPTAIG, alimentado com leite humano exclusivo. MÉTODOS: Estudo coorte prospectivo realizado na Unidade Neonatal da Divisão de Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). Durante o período de julho de 2006 a setembro de 2008 foram estudados 28 RN sendo 14 RNPT com idade gestacional inferior a 34 semanas e 14 RNT, em 3 momentos: 40 semanas de idade pósconcepcional corrigida, 3 e 6 meses de idade pós-natal corrigida, alimentados com leite humano exclusivo da própria mãe ou procedente do banco de leite. Foi realizada a densitometria óssea através da técnica de dupla emissão de fonte de Raio-X (DXA) em um aparelho da marca Hologic, modelo Discovery A, no laboratório de metabolismo ósseo da Faculdade de Medicina da USP, sendo avaliados: conteúdo mineral ósseo (BMC), densidade mineral óssea (BMD) e massa magra. Foram também realizados: cálcio, fósforo e fosfatase alcalina séricos nas idades de 40 semanas pósconcepcionais (RNPT e RNT) e com 6 meses de idade pós-natal corrigida (RNPT). Além disso, analisou-se a concentração de cálcio e fósforo na urina de 6 horas dos RNPT entre a 3ª e a 4ª semanas de vida. RESULTADOS: O BMC do RNPT foi inferior ao obtido no RNT na mesma idade de 40 semanas pós-concepcionais (p<0,001), o mesmo ocorreu com o BMD (p<0,001) e com a massa magra (p=0,047). Destacamos que houve uma importante aceleração para que os pré-termos atingissem os valores normais encontrados nos recém-nascidos de termo aos 6 meses de idade corrigida, ie, BMC (137,1422,46 vs. 152,8620,92 g, p=0,054), BMD (0,220,02 vs. 0,230,02 g/cm2, p=0,618) e massa magra (5.750,13765,11 vs. 5.745,88726,52g, p=1,00) que foram comparáveis nos dois grupos. Os parâmetros bioquímicos séricos foram semelhantes entre os RNPT e os RNT. Entre os RNPT, três (21,4%) apresentaram exames urinários sugestivos de Síndrome da Deficiência de Fósforo sendo indicado o uso da solução oral de cálcio e fósforo. CONCLUSÕES: A avaliação da mineralização óssea através da DXA do corpo inteiro pode ser utilizada em RNPT constituindo exame de excelência, com precisão elevada e exposição baixa à radiação para detecção de alterações ósseas quando há risco de Doença Metabólica Óssea. Neste estudo, a alimentação com leite humano seja da própria mãe ou do banco de leite pode proporcionar um crescimento ósseo adequado, no RNPT, semelhante ao do RNT nos primeiros 6 meses de vida. Os parâmetros bioquímicos urinários (cálcio e fósforo) foram de utilidade para detecção precoce de hipofosfatúria e risco de deficiência mineral nos RNPT, entretanto requerem coleta de urina de 6 horas, tornando difícil a investigação após a alta hospitalar. Mesmo os RNPT, com exames urinários normais, apresentaram na densitometria óssea um BMC inferior aos valores encontrados nos RNT mostrando que a DXA se constitui em um método sensível e que poderá ser utilizada para o seguimento destes RNPT. / BACKGROUND: Metabolic Bone Disease is a pathology characterized by skeletal mineralization changes resulting from insufficient increase of the bone mineral content in preterm newborns (PTNB). Bone densitometry has been the method of choice to evaluate the bone mineral content, particularly in the PTNB that is or is not fed with human milk. OBJECTIVES: 1. To compare the bone mineral content and density results obtained from the whole body using bone densitometry in appropriate-for-gestational-age (AGA) PTNB with the values obtained from full-term newborns (FTNB), exclusively fed with human milk; 2. To compare blood bone biochemical parameters (calcium, phosphorus, and alkaline phosphatase) obtained from PTNB and AGA FTNB; 3. To analyze calcium and phosphorus urinary excretion in AGA PTNB exclusively fed with human milk. METHODS: Prospective cohort study conducted at the University of Sao Paulo (USP) University Hospital Pediatric Clinic Neonatal Unit. From July 2006 to September 2008, 28 NB were studied, with 14 of them being PTNB of gestational age inferior to 34 weeks and 14 being FTNB, in 3 timepoints: 40 weeks of corrected post-conception age, and 3 and 6 months of corrected postnatal age, exclusively fed with human milk from their own mothers or from a human milk bank. Bone densitometry was performed by using the dual-energy X-ray absorption (DXA) technique in a Hologic device, Discovery A model, at USP Medical School bone metabolism laboratory, and the following were evaluated: bone mineral content (BMC), bone mineral density (BMD), and lean mass. Also, the following were performed: serum calcium, phosphorus, and alkaline phosphatase at 40 weeks post-conception (PTNB and FTNB) and 6 months of corrected postnatal age (PTNB). In addition, calcium and phosphorus concentrations in PTNBs 6-hour urine were analyzed at 3 and 4 weeks of life. RESULTS: The BMC of preterm newborn was lower than in fullterm at the same 40 weeks postconceptional age (p<0.001), the same occurred with the BMD (p<0.001) and the lean mass (p=0.047). Interestingly, there was an important acceleration to achieve the normal values seen in fullterm at six months age, ie, BMC (137.14+-22.46 vs. 152.86+-20.92 g, p=0.054), BMD (0.22+-0.02 vs. 0.23+-0.02 g/cm2, p=0.618) and lean mass (5,750.13+-765.11 vs. 5,745.88726.52g, p=1.00) were comparable in both groups. PTNB and FTNBs serum biochemical parameters were similar. Among PTNBs, three (21.4%) had urinary exams suggesting Phosphorus Deficiency Syndrome, with the use of oral calcium and phosphorus solution being indicated. CONCLUSIONS: The bone mineralization evaluation using whole-body DXA may be used in PTNBs, being an optimal exam of high precision and low radiation exposure to detect bone changes when there is a risk for MBD. In this study, being fed with human milk, either from the own mothers or from a human milk bank is able to provide appropriate bone growth in PTNBs, similar to that seen in FTNBs in the first 6 months of life. Urinary biochemical parameters (calcium and phosphorus) were useful for the early detection of hypophosphaturia and mineral deficiency risk in PTNBs; however, the collection of 6-hour urine is required, as the investigation becomes difficult after hospital discharge. Even PTNBs with normal urinary exams showed, upon bone densitometry, a BMC inferior to the values found in FTNBs, which supports that DXA presents a sensitive method that can be used to follow up these PTNBs.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-09112009-140732
Date18 August 2009
CreatorsVirginia Spinola Quintal
ContributorsEdna Maria de Albuquerque Diniz, Rubens Feferbaum, Clery Bernardi Gallacci, Rosa Maria Rodrigues Pereira, Gabriel Alberto Brasil Ventura
PublisherUniversidade de São Paulo, Medicina (Pediatria), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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