Return to search

Os Acordos de Roboré - Brasil, Bolívia e as questões do petróleo, desenvolvimento e dependência no final dos anos 1950

Made available in DSpace on 2016-04-26T14:55:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
CSO - Ramon Casas Vilarino.pdf: 1256017 bytes, checksum: ed435e55717153839e5fe7c8ac96e610 (MD5)
Previous issue date: 2006-10-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In 1958, Brazil and Bolivia signed the Robore Agreements, with
the purpose of exploiting oil and gas in Bolivian territory. As the Bolivian
government required the participation of Brazilian companies only, a
discussion was brought about on who was to extract the Bolivian oil:
Petrobras, which hold the monopoly in Brazil, private Brazilian companies
not allowed to exploit in Brazilian territory - or these last companies
associated with foreign capital, acting as spearhead of transnational
corporations, especially those in United States.
At the moment president Juscelino Kubitschek creates the OPA
(Operation Pan-American), civil bureaucrats and militaries, professional
politicians, and the unions disagree on the question, proposing alternative
solutions to the government policy. Meanwhile in Bolivia, social forces have
the negotiations under their spot, being many those who would notice traits of
an imperialist politics in Brazil s relation to the Andean country.
The Robore Agreements were updates of the Treaty of 1938,
signed between Brazil and Bolivia at a time when Petrobras still didn t exist in
Brazil while in Bolivia, as a consequence of the defeat in Chaco War, the
concessions of Standard Oil Co. had been taken away, and the state
company YPFB had been created. At that time, an approach with Brazil
seemed necessary and desirable to Bolivia as a way to stop other neighbors
to encroach the already threatened Bolivian sovereignty, once Bolivian
territory had been made smaller as a result of the voracity of border countries,
in a succession of conflicts which had been taking place since the XIXth
century.
Before tackling the Brazil-Bolivia relations, a study has been
conducted on the antecedents of the expansionist and imperialist politics in
South America, whose landmark can be identified with the so-called Paraguay
War. It s worth mentioning that during Paraguay War Bolivia and Brazil signed
their first treaty of borders, at a moment when Brazilian diplomacy tried to
consolidate the hegemony of the country in the region / Em 1958, Brasil e Bolívia assinaram os Acordos de Roboré, visando à exploração de petróleo e gás em território boliviano. Como o governo boliviano exigiu somente a participação de empresas brasileiras,
estabeleceu-se uma discussão acerca de quem deveria extrair petróleo no
país vizinho: a Petrobrás, que detinha o monopólio no Brasil, empresas
privadas brasileiras, proibidas de explorá-lo em território brasileiro, ou estas
últimas, associadas ao capital estrangeiro, servindo como ponta-de-lança de
transnacionais, sobretudo estadunidenses.
No momento em que o presidente Juscelino Kubitschek lança a
OPA (Operação Pan-Americana), burocratas civis e militares, políticos
profissionais, clubes e entidades sindicais dividem-se sobre a questão,
apontando caminhos possíveis para a política de governo. Por outro lado, na
Bolívia, diversas forças sociais estavam atentas às negociações, não faltando
quem percebesse o Brasil como portador de uma política imperialista em
relação ao país andino.
Os Acordos de Roboré foram atualizações do Tratado de 1938,
assinado pelos dois países quando, no Brasil, não havia a Petrobrás, e, na
Bolívia, como reação à derrota na Guerra do Chaco, as concessões da
Standard Oil Co. foram retiradas e se criou a empresa estatal YPFB. Para o
governo da Bolívia, a aproximação com o Brasil era necessária com vistas a
evitar que outros vizinhos usurpassem ainda mais a soberania boliviana, cujo
território foi diminuindo pela voracidade dos países fronteiriços, numa série de
conflitos ocorridos desde o século XIX.
Antes de abordar diretamente as relações entre Brasil e Bolívia,
se fez uma incursão pelos antecedentes das políticas expansionista e
imperialista na América do Sul, cujo marco pode ser identificado com o que
se convencionou chamar de Guerra do Paraguai. Em meio a esta guerra,
inclusive, Bolívia e Brasil assinaram seu primeiro tratado de fronteiras, num
momento em que a diplomacia brasileira tentava consolidar a hegemonia do
país na região

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/3743
Date18 October 2006
CreatorsVilarino, Ramon Casas
ContributorsAlmeida, Lúcio Flávio Rodrigues de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0034 seconds