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De conjuntos habitacionais a bairros : a construção e o desmonte das vilas de Itaipu (1974-2012)

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Previous issue date: 2013-03-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A construção de grandes obras sempre movimentaram milhares de trabalhadores para que o objetivo fosse alcançado. O objetivo desta dissertação é discutir como funcionavam as relações de sociabilidades dentro do espaço das Vilas de Itaipu, buscando perceber em dois momentos distintos a composição e a relação para com a cidade de Foz do Iguaçu, município no qual se localiza a hidrelétrica. Estes dois momentos seriam primeiramente o processo de formação destes conjuntos habitacionais durante a década de 1970 e 1980 e o segundo momento é o processo de desmonte dessa estrutura, principalmente nas décadas de 1990 e 2000. Para tal a dissertação é fundamentada nos relatos orais de residentes dos três conjuntos habitacionais que viveram ao menos parcialmente os dois momentos. No caso especifico de usinas hidrelétricas surgiu uma categoria especializada na construção de barragens e na montagem do equipamento, chamados de barrageiros. Esse grupo é necessariamente itinerante já que o trabalho depende da duração das obras da usina, que não era superior a 10 anos na grande maioria dos casos. Assim sendo existia uma migração constante em busca de novos locais de trabalho.Dentre estes barrageiros, existiam os solteiros e os que possuíam família. Os que eram solteiros acabavam encontrando uma relação estável entre os moradores nativos das cidades das obras ou então entre os familiares de outros barrageiros. Essa população de trabalhadores era quase que majoritariamente masculina, com os serviços que envolviam a presença física no canteiro de obras exclusivamente reservado para homens. Essa divisão entre solteiros e casados tinha o propósito de definir o modelo de habitação dos trabalhadores: solteiros iriam residir nos alojamentos enquanto as mulheres e os casados residiriam nas casas de conjuntos habitacionais. Estes conjuntos residenciais eram baseados em vilas operárias, carregando um sentido de dominação das suas forças produtivas e era um atrativo e uma alternativa para a alocação dos trabalhadores.As pessoas nestas vilas eram divididas de acordo com seu nível empregatício, seja nos diversos modelos de casas presentes em um conjunto habitacional ou então em conjuntos diferentes. No caso específico de Itaipu Binacional foram construídas 3 vilas residenciais: uma temporária voltada para os trabalhadores casados com nível mais baixo, contratados pelas empreiteiras e duas vilas permanentes, que seriam utilizadas para operação da hidrelétrica e serviram para abrigar os funcionários contratados pela binacional e os cargos mais altos das empreiteiras. É sobre essas vilas e, principalmente, de seus moradores que a presente dissertação se debruça, pensando como eram as mesmas no momento de sua criação e no que se transformaram, trabalhando a percepção das pessoas sobre estes diferentes períodos e temas.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/1447
Date15 March 2013
CreatorsAranha, Renato Muchiuti
ContributorsCampos, Emerson César de
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em História, UDESC, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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