Return to search

Estudo sobre os fatores de medo e os fatores de proteção na infância em uma visão junguiana: criação de Instrumento para Avaliar Medo e Proteção na Infância / Study on fear factors and protective factors in childhood in a Jungian view: creation of an Instrument to assess fear and protection in childhood

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-01-10T11:29:32Z
No. of bitstreams: 1
Carla Ribeiro do Lago Storch.pdf: 2009716 bytes, checksum: 42d3eed3ba5849ade175aa2028c247ca (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-10T11:29:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Carla Ribeiro do Lago Storch.pdf: 2009716 bytes, checksum: 42d3eed3ba5849ade175aa2028c247ca (MD5)
Previous issue date: 2017-12-15 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Children have shown interest in the mysteries of existence, asking, "Why do we have so many fears? Witches, fairies, vampires, dragons, angels: do they exist? "Fear is one of the main motivating forces of human conduct; it is necessary to protect against dangers, but not always the same for all children. Talking about fear is a very complex thing, given the individual and cultural singularities of children and the myriad of psychological factors that can trigger it. The objective of this research was to study the perception and manifestation of fear factors and protection factors in children aged 6 to 10 years, as well as to verify if there are differences in gender and type of school (public or private) in the perception and manifestation These factors. For this research, a "Picture Pack" instrument was composed of 24 figures, 12 fear figures and 12 protection figures, consisting of 4 categories: 1) Fantastic fear figures: Ogre, Vampire, Dragon, Death, Devil and Witch. 2) Figures of concrete fear: Couple fighting, Thief, Plane crashing, Lightning, Boys fighting and Accident of transit. 3) Fantastic Protection Figures: Santa Claus, Fairy, Angel, Wizard, Spiderman and Bear. 4) Concrete protective figures: Grandparents, Father / Son, Mother / Daughter, Family, Churches and Friends. The sample consisted of 400 children between 6 and 10 years old, 50% male and 50% female, from two schools, one public and one private from the city of São Paulo. The research has a descriptive quantitative nature, the discussion of the results and the symbolic analysis of the figures of the deck are based on the theoretical framework of Analytical Psychology. In this research we sought the validation of the instrument created "Deck of Figures". In order to understand the perception and manifestation of fear factors and protection factors, two hypotheses were considered: 1) fear is more fantastic in early childhood and becomes more and more concrete; 2) Protection figures, on the other hand, are more concrete in the beginning of life and then become more fantastic. It was possible to observe that, with respect to the figures of fear, the fantastic figures were chosen more in relation to the concrete ones, by the boys as by the girls, in all the ages, which shows the prevalence of the fantasy world in childhood. As for the gender differences, it was observed that in the total sample boys choose more fantastic protective figures and girls choose more concrete ones, which may be related to the different forms of play. As far as age is concerned, fantastic fear figures decrease with age, while concrete figures of fear increase, which is in accordance with the first hypothesis. In relation to protection figures, children, even the older ones, remain closely linked to concrete family protection figures, and these data contradict the second hypothesis. However, the angel fantastic protection figure was the most chosen by all children, and that choice increased with age. As for differences in educational institutions, one can observe the choice of figures of concrete fear: thief and couple fighting were more chosen by the public school children, which may be related to the greater violence of the environment in which they live. The larger choice of the Fairy (fantastic protection figure) by the public school can be understood as compensation in the imaginary world for a reality that is not good for the child. It is concluded, therefore, that fear is a factor related to survival and that learning to manage situations that cause fear is a necessity for the psychological development of the child. By choosing the children in this sample, it can be seen that the security that the family can bring is a preponderant protection factor / As crianças têm demonstrado interesse nos mistérios da existência, perguntando: “Por que temos tantos medos? Bruxas, fadas, vampiros, dragões, anjos: eles existem?” O medo é uma das principais forças motivadoras da conduta humana, ele é necessário para proteger dos perigos, mas nem sempre são os mesmos para todas as crianças. Falar sobre o medo é algo muito complexo, tendo em vista as singularidades individuais e culturais das crianças e a infinidade de fatores psicológicos capazes de desencadeá-lo. Esta pesquisa teve como objetivo estudar a percepção e a manifestação dos fatores medo e dos fatores de proteção em crianças de 6 a 10 anos, bem como verificar se existem diferenças quanto ao gênero e o tipo de escola (pública ou particular) na percepção e manifestação desses fatores. Foi criado para esta pesquisa um instrumento “Baralho de Figuras” composto por 24 figuras, sendo 12 figuras de medo e 12 figuras de proteção, constituído por 4 categorias: 1) Figuras de medo fantásticas: Ogro, Vampiro, Dragão, Morte, Diabo e Bruxa. 2) Figuras de medo concretas: Casal brigando, Ladrão, Avião caindo, Raio, Meninos brigando e Acidente de trânsito. 3) Figuras de proteção fantásticas: Papai Noel, Fada, Anjo, Mago, Homem Aranha e Urso. 4) Figuras de proteção concretas: Avós, Pai/Filho, Mãe/Filha, Família, Igrejas e Amigos. A amostra foi constituída por 400 crianças entre 6 e 10 anos, sendo 50% do sexo masculino e 50% do sexo feminino, de duas escolas, uma pública e uma particular da cidade de São Paulo. A pesquisa tem natureza quantitativa descritiva, a discussão dos resultados e a análise simbólica das figuras do baralho se encontram embasadas no referencial teórico da Psicologia Analítica. Nesta pesquisa buscou-se a validação do instrumento criado “Baralho de Figuras”. A fim de entender a percepção e a manifestação dos fatores de medo e dos fatores de proteção, foram consideradas duas hipóteses: 1) o medo é mais fantástico no início da infância e vai se tornando cada vez mais concreto; 2) as figuras de proteção, ao inverso, são mais concretas no início da vida e depois vão se tornando mais fantásticas. Foi possível constatar que no que se refere às figuras de medo, as figuras fantásticas foram mais escolhidas em relação às concretas, tanto pelos meninos como pelas meninas, em todas as idades, o que mostra a prevalência do mundo da fantasia na infância. Quanto às diferenças de gênero, observou-se que, na amostra total, os meninos escolhem mais as figuras de proteção fantásticas e as meninas escolhem mais as concretas, o que pode estar ligado às formas diferentes do brincar. No que diz respeito à idade, as figuras de medo fantásticas diminuem com a idade, enquanto que as figuras de medo concretas aumentam, o que está de acordo com a primeira hipótese. Em relação às figuras de proteção, as crianças, mesmo as mais velhas, permanecem muito ligadas às figuras de proteção concretas familiares, sendo que esses dados contrariam a segunda hipótese. Porém, a figura de proteção fantástica anjo foi a mais escolhida por todas as crianças, sendo que essa escolha aumentou com a idade. Quanto às diferenças de instituições de ensino, observa-se a escolha das figuras de medo concreto: ladrão e casal brigando foram mais escolhidas pelas crianças de escola pública, o que pode estar relacionado à violência maior do ambiente em que vivem. A escolha maior da Fada (figura de proteção fantástica) pela escola pública pode ser compreendida como uma compensação no mundo do imaginário para uma realidade que não está boa para a criança. Conclui-se, portanto, que o medo é um fator relacionado à sobrevivência e que o aprender a administrar situações que ocasionam medo é uma necessidade ao desenvolvimento psicológico da criança. Pela escolha das crianças dessa amostra, pode ser visto que a segurança que o núcleo familiar pode trazer é um fator de proteção preponderante

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19597
Date15 December 2016
CreatorsStorch, Carla Ribeiro do Lago
ContributorsAraújo, Ceres Alves de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds