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O Heitor de Homero e as diversas faces do medo /Fortuna, Gabriel Galdino. January 2015 (has links)
Orientador: Maria Celeste Consolin Dezotti / Banca: Luiz Carlos André Mangia Silva / Banca: Fernando Brandão dos Santos / Resumo: Este trabalho tem por objetivo expor os elementos culturais responsáveis por construir e delimitar a figura do herói homérico. Para tanto, selecionou-se uma das personagens mais importantes da Ilíada, Heitor, um guerreiro que por atuar em vários âmbitos torna-se capaz de representar o maior número possível de personagens presentes no épico. Para que este estudo atinja tais objetivos, investiu-se em uma análise que investigasse a personagem citada baseada em suas reações primeiras e mais sinceras, ou seja, àquelas relacionadas ao medo. Optou-se pelo medo devido a sua constante e destacada presença no contexto bélico em que a Ilíada é trabalhada, além disso, a interação que esta emoção possui com o herói homérico foi capaz de compilar todos os elementos motivadores de Heitor e, consequentemente, funcionar como um recurso para a compreensão do herói. Esta função "catalisadora" de valores que o medo possui surgiu por intermédio da visão aristotélica e socrática que possibilitou a distinção e compreensão dos demais conceitos que são indissociáveis a esta emoção, como a coragem, a confiança, a covardia e a alienação. A combinação entre Heitor e o medo foi uma escolha que provou ser fundamental para executar o estudo analítico do herói homérico, visto que não há nada mais coerente para se compreender o herói do que confrontar a emoção capaz de reunir o maior número de valores possíveis com a personagem capaz de atuar em várias situações distintas, constituindo um perfeito modelo que pudesse ser usado como reflexo dos demais heróis da narrativa. A exposição de como o medo se articula com o herói levou ao esclarecimento de que esta emoção é capaz de atuar paradoxalmente, pois assim como pode levar o guerreiro ao caminho da desonra, sem ela, não existiria coragem para que a glória pudesse ser atingida. Diante destas indagações, afirma-se que o texto a seguir trabalhará com uma... / Abstract: This work aims to expose the cultural elements responsible for constructing and defining the figure of the Homeric hero. Therefore, it was selected one of the most important characters in the Iliad, Hector, a warrior who, by acting in various ambits, becomes able to represent as many characters as possible present in the epic. In order that the study reach these goals, we have invested in an analysis to investigate the quoted character based on his first and most sincere reactions, that is, those related to fear. We chose fear because of its constant and detached presence in the bellicose context in which the Iliad is worked, moreover, the interaction this emotion owns with the Homeric hero was able to compile all the motivator elements of Hector and, consequently, works as a resource for understanding of the hero. This "catalyst" function of values that fear has, emerged through the Aristotelian and Socratic views, that enabled the distinction and understanding of other concepts that are inextricably linked to that emotion, such as courage, confidence, cowardice and alienation. The combination between Hector and fear was a choice that was fundamental to execute the analytical study of the Homeric hero, since there is nothing more coherent to understand the hero than to confront the emotion able to gather as much values as possible with the character, able to act in several different situations, becoming a perfect model that could be used as a reflection of the other heroes of the narrative. The exposition of how fear becomes linked to the hero led to the clarification that this emotion is able to act paradoxically, since as well as it can take the warrior to path of dishonor, without it, there would not be courage in order that glory could be achieved. Toward these questions, we affirm that the following text will work with an ambiguous emotion related to a paradoxical character, after all, the Homeric hero is a mythical and... / Mestre
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O medo e a política antiterror do ocidente no processo de globalização /Barreto, Olavo Negrão Pereira. January 2017 (has links)
Orientador: João Carlos Soares Zuin / Resumo: O presente trabalho tem por objetivo contemplar uma análise sociológico histórica sobre o fenômeno do terrorismo. Focalizando o espaço temporal no cenário de globalização pós-fim da Guerra Fria, seguindo-se da reconfiguração da geopolítica global, até os dias atuais onde o terrorismo, assim como a guerra, se fazem presentes na vida de todos os cidadãos, direta ou indiretamente, cotidianamente. Buscou-se uma reconstituição histórica do fenômeno, assim como os processos que foram transformando o terrorismo em um instrumento de manipulação de massa através da dispersão do medo global. Medo este que possibilitou um contexto de militarização da vida social e da desconstrução da soberania nacional e do universo do Direito. / Abstract: The present work aims to contemplate a historical sociological analysis of the phenomenon of terrorism. Focusing the temporal space in the scenario of globalization after the end of the Cold War, followed by the reconfiguration of global geopolitics, to the present day where terrorism, as well as war, are present in the lives of all citizens, directly or indirectly, every day. We sought a reconstruction of the history of the phenomenon, as well as the processes that were transforming terrorism into an instrument of mass manipulation through the dispersion of global. Fear this that allowed a context of militarization of social life and deconstruction of national sovereignty and of the universe of the Right. / Mestre
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Efeito do pentilenotetrazol e do midazolam na aquisição e na expressão da resposta defensiva de ratos submetidos ao condicionamento olfatório de medoCavalli, Juliana January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T09:32:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
263760.pdf: 1306286 bytes, checksum: ed664dbd1ce23bca1a3dfc7f051b847f (MD5) / O condicionamento Pavloviano de medo ou condicionamento de medo de primeira ordem tem sido amplamente utilizado para o estudo das bases neuroanatômicas, celulares e moleculares do medo. Este paradigma é fundamentado na associação entre um estímulo emocionalmente neutro e um estímulo incondicionado aversivo (EI). Após uma ou mais associações ao EI, o estímulo inicialmente neutro adquire caráter aversivo, tornando-se o primeiro estímulo condicionado (EC1) capaz de evocar respostas de medo que anteriormente ao condicionamento ocorriam apenas na presença do EI. Neste contexto, a magnitude do EI é um dos parâmetros mais importantes no estudo do condicionamento de medo por ser determinante na taxa de aprendizado e afetar indiretamente o estabelecimento do condicionamento de medo de segunda ordem. O EI pode ser aplicado a partir de fontes exteroceptivas (ex. estimulo elétrico, odor de predador etc.) ou interoceptivas (ex. efeito de drogas ansiogênicas). Neste estudo confirmou-se, em ratos Wistar machos, o efeito ansiogênico do pentilenotetrazol (PTZ), um antagonista GABAA, na dose de 15 mg/kg, permitindo a utilização do PTZ como EI interoceptivo. Dados prévios obtidos neste laboratório, demonstraram que o condicionamento olfatório de medo (COM) ocorre após a associação de 5 choques elétricos nas patas (EI exteroceptivo) com um odor neutro (odor de café - EC1). No presente estudo, observamos que o efeito ansiogênico do PTZ (EI interoceptivo) associado a apenas 3 choques nas patas foi capaz de produzir um aumento no tempo de congelamento contextual na presença do EC1 semelhante ao observado nos animais pareados com 5 choques não injetados com PTZ. Esses dados permitiram sugerir que a associação de estímulos (PTZ + 3 choques) seria suficiente para a promoção do COM. No teste desta hipótese observou-se que esta associação resultou na resposta defensiva mais expressiva, aumentando a eficiência do estabelecimento do COM. No entanto, o comportamento defensivo exibido pelos animais pareados ao odor apenas com o efeito ansiogênico advindo da administração de PTZ (PTZ sem choque) também evidenciou o estabelecimento do COM. Além disso, observou-se através dos resultados obtidos que o caráter aversivo adquirido do EC1, após o condicionamento, foi capaz de promover um condicionamento contextual de medo de segunda ordem, que ocorreu através da re-exposição ao odor de café na sessão de teste EC1. A ocorrência deste segundo condicionamento foi visualizada através das respostas defensivas exibidas na re-exposição ao contexto (EC2) na sessão de teste EC2. Com o objetivo de avaliar o efeito de um agonista GABAA na expressão do COM e na aquisição do condicionamento contextual de segunda ordem, 0,5 mg/kg de midazolam (MDZ) foi administrado previamente à sessão de teste EC1. Os resultados demonstraram uma reversão na expressão das respostas de medo condicionadas frente ao EC1 em ambos os grupos previamente pareados ao odor (PTZ + 3 choques e PTZ sem choque). Com relação à aquisição do segundo condicionamento de medo observou-se a reversão das respostas defensivas somente no grupo previamente pareados ao odor com a associação de EIs (PTZ + 3 choques). Esses resultados sugerem que além do efeito ansiolítico, o midazolam exerce um efeito mnemônico na aquisição do condicionamento de segunda ordem de acordo com a força com que o primeiro condicionamento de medo se estabeleceu.
Pavlovian fear conditioning or first-order fear conditioning has been widely used to study the neuroanatomical, cellular and molecular basis of fear. This paradigm occurs when an emotionally neutral stimulus is presented in conjunction with an aversive unconditioned stimulus (US). After one or several pairings the stimulus, previously neutral, acquires the aversive character becoming the first conditioned stimulus (CS1), capable to produce fear responses that typically occur only in the US presence. The aversive character of CS1 is able to act as US in the second-order fear conditioning due the CS1 acquired an aversive motivational value as relevant as the intrinsic (US). In this context, the magnitude of the US is one of the most important parameters in the study of fear conditioning because this magnitude determinates the learning rates and, indirectly, the second-order conditioning establishment. The US could be applied using exteroceptive (e.g. electric stimulus, predator odor etc.) or interoceptive sources (e.g. anxiogenic drugs effects). Here, we confirm the anxiogenic effect of the pentylenetetrazole (PTZ), GABAA antagonist, on 15 mg/kg allows using it as an interoceptive US in this study. Previous dados acquired in this laboratory, demonstrated that the olfactory fear conditioning (OFC) occurs after the association of 5 mild footshocks (exteroceptive US) with a neutral odor (coffee odor - CS1). In the present study, we observed that anxiogenic effect (interoceptive US) resulted from PTZ administration associated to only 3 mild footshocks was able to produce an increase in the contextual freezing time (in the presence of the CS1), similar to that observed in the animals paired with 5 footshocks not injected with PTZ. These data suggested that this association of stimulus (PTZ + 3 footshocks) were sufficient to promote the OFC. In the test of the hypothesis, we observed that this association increased the efficiency of the OFC, generating the greater defensive response. However, the defensive behavior exhibited by the subjects previously paired to the odor just with the anxiogenic effect of the PTZ (PTZ without footshocks) was also able to establish the OFC. Moreover, the results demonstrated that the aversive character acquired by the CS1 was sufficient to promote the second-order contextual fear conditioning, occurred in the re-exposure to the coffee odor (CS1) in the CS1 test session. The occurrence of the second conditioning was visualized by the defensive responses emitted in the re-exposure to the context (CS2) in the CS2 test session. In the aim of evaluate the GABAA agonist effect in the expression of the OFC and in the acquisition of the second-order fear conditioning, 0,5 mg/kg of MDZ was administrated previously the CS1 test session. The results demonstrate that MDZ counteract the expression of the conditioned fear responses in the re-exposure to CS1 in both paired groups (PTZ without footshocks and PTZ + 3 footshocks). In relation to the acquisition of the second-order fear conditioning, we observed the reversion in the fear responses only in the group previously paired to the odor with association of stimuli (PTZ + 3 footshocks). Together the results suggest that, beyond the anxiolytic-like effect, the MDZ generates a mnemonic effect in the acquisition of the second-order fear conditioning according to the strength of the first conditioning establishment.
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Efeito de intervenções farmacológicas antes e/ou após a expressão generalizada de medo sobre a memória aversiva original em ratosMarin, Fernanda Navarro January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-07-04T04:04:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / A generalização do medo é descrita como a tendência de um estímulo não-associado ao evento aversivo original gerar uma resposta condicionada. Para memórias aversivas é comum haver certo grau de generalização, ou seja, as respostas defensivas raramente são limitadas a situações ou estímulos relacionados ao evento aversivo, o que, por sua vez, permite aos indivíduos reagir apropriadamente ao ambiente dinâmico a que estão rotineiramente expostos. Assim, a generalização pode ser interpretada como um processo natural e adaptativo do ponto de vista evolutivo. Por outro lado, no caso de alguns transtornos psiquiátricos, por exemplo, a generalização pode resultar na expressão de respostas defensivas inapropriadas, tornando este fenômeno de tamanha importância clinica. Apesar de não se tratar de um tema recente, grande atenção tem se voltado na compreensão de mecanismos envolvidos, os quais destacam a natureza complexa deste fenômeno. O que se especula é que a expressão generalizada de medo se dá pela evocação da memória original em um contexto diferente. Assim, o objetivo do presente estudo foi o de investigar os efeitos de intervenções farmacológicas antes e/ou após a expressão generalizada de medo sobre a resposta de medo condicionada ao contexto pareado. Para este fim, ratos Wistar machos foram submetidos ao protocolo de condicionamento aversivo contextual (contexto A pareado com 3 choques de 0,7 mA) seguido da administração sistêmica de ioimbina (i.p. 2,0 mg/kg - antagonista de receptores a2-adrenérgicos) para indução da generalização das respostas defensivas. Demonstramos que duas, mas não uma, exposições ao contexto não-pareado (contexto B), seguidas da administração de clonidina (i.p. 0,3 mg/kg - agonista de receptores a2-adrenérgicos) atenuam a expressão de congelamento no contexto pareado (contexto A) no dia seguinte à última manipulação. A administração de D-cicloserina (i.p. 15 mg/kg ? agonista parcial de receptores glutamatérgicos NMDA) previamente a uma única exposição ao contexto não-pareado seguida da administração de clonidina tornou a memória original mais susceptível à ação amnésica da clonidina após a exposição ao contexto pareado. O tratamento prévio com ifenprodil (1 mg/ml ? antagonista da sub-unidade GluN2B do receptor glutamatérgico NMDA) no hipocampo dorsal bloqueou parcialmente os efeitos da clonidina após reativação no contexto pareado, indicando que os efeitos observados estão relacionados, pelo menos em parte, à alteração do perfil de labilização da memória potencializada e que o hipocampo pode ser um sítio de grande interesse para investigações futuras. Juntos, estes dados indicam a possibilidade de atenuar uma memória aversiva a partir de um contexto não associado ao evento aversivo original, sugerindo que, nesta ocasião a memória pode ser reativada, desestabilizada e até mesmo modulada com o uso de drogas amnésicas.<br> / Abstract : The fear generalization is described as a tendency of a similar stimulus to the original aversive one in generate conditioned responses. It is common aversive memories have a certain degree of generalization. Defensive responses are rarely limited to situations or stimuli related to the aversive event, which in turn, allow individuals to react appropriately to the dynamic environment where they are routinely exposed. Thus, fear generalization can be interpreted as a natural and adaptive process from the evolutionary point of view. On the other hand, in the case of some psychiatric disorders, for example, the generalization may result in the expression of inappropriate defensive responses, making this phenomenon of such clinical importance. Great focus has been placed on understanding the involved mechanisms, which highlights the complex nature of this phenomenon. The hypothesis of this work is that the expression of generalized fear is related to the retrieval of the original memory in a different context. Consequently, the aim of the present study was to investigate the effect of pharmacological intervention around the exposure to a novel context on the fear response to a familiar one (paired context). To achieve this goal, male Wistar rats were subjected to contextual fear conditioning (context A paired with 3 footshocks of 0.7mA) followed by systemic injection of yohimbine (i.p. 2.0 mg/kg - a2-adrenoceptor antagonist), which leads to an expression of generalized response of fear. We have shown that two, and not one, exposures to the novel context (context B), followed by administration of clonidine (i.p. 0.3 mg/kg - a2-adrenoceptor agonist) attenuated freezing expression in the paired context (context A) on the day after the last manipulation. D-cycloserine injection (i.p. 15 mg/kg - a partial agonist of the glutamatergic NMDA receptor) before a single context B exposure followed by systemic administration of clonidine rendered the original memory more susceptible to reconsolidation disruption by clonidine after paired context exposure. The previous administration of ifenprodil (an specific GluN2B-containing NMDA receptor antagonist) in the dorsal hippocampus partially blocked the effects of clonidine after retrieval in the paired context, what indicates that the clonidine effects are in part due to a change in the memory destabilization into hippocampus and it can be a site of great interest for future investigations. Altogether, these results indicate the possibility of attenuating traumatic-like memory after the exposure to a context not associated with the original aversive event, suggesting that, in this situation, memory would be retrieved, destabilized and further impaired by reconsolidation blockers.
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Efeito da administração de tamoxifeno na reconsolidação da memória aversiva no condicionamento do medo contextual em ratosSilva, Thiago Rodrigues da January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Roberto Andreatini / Coorientadora : Profª Drª Cristina A. J. Stern / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 14/04/2016 / Inclui referências : f. 44-48 / Área de concentração / Resumo: A recuperação da memória pode torná-la lábil deixando-a vulnerável a interrupções uma vez que este evento é seguido por uma fase de estabilização. Estudos mostram que esta vulnerabilidade é reduzida ao longo do tempo, como ocorre na consolidação. A proteína quinase C (PKC), e a sua isoforma específica do cérebro PKM? parece ser essenciais para a manutenção da potenciação a longo prazo e a persistência da memória ao longo do tempo. O tamoxifeno (TMX) é um inibidor não-selectivo da PKC utilizado no tratamento clínico de câncer de mama e episódios maníacos do transtorno bipolar. O presente estudo avaliou o efeito da administração sistêmica de TMX (1, 10 ou 50 mg / kg) imediatamente, 6, 9 e 12 horas após a reativação da memória em ratos submetidos ao condicionamento do medo contextual. Os animais foram familiarizados no contexto A durante 3 minutos, após 24 horas foram condicionados na sessão de condicionamento ao medo contextual (3 choques nas patas de 0,6 mA, 3 s, 30 s de intervalo entre os choques), 24 horas mais tarde foram submetidos a sessão de recuperação de memórias (3 min), teste A1 e teste A2, durante 3 min no contexto A, 24 horas e 7 dias após a recuperação da memória, respectivamente. Um contexto neutro (contexto B) foi usado para evitar a recuperação da memória. A memória do medo foi mensurada a partir da percentagem do comportamento de congelamento. Os animais tratados com TMX (50 mg / kg), não mostrou nenhuma mudança no comportamento de congelamento durante o ensaio A1, mas apresentou menos tempo de congelamento do que os controles durante Teste A2, sugerindo que as manipulações farmacológicas durante a fase de reconsolidação podem prejudicar a persistência da memória. Não houve diferença quando os animais foram expostos ao teste B. O efeito induzido TMX é dependente de recuperação da memória. O efeito de TMX prejudica a memória a longo prazo em animais que foram expostos ao contexto A 23 dias após o condicionamento do medo contextual. Considerando que TMX é um modulador de estrogênio, também testamos o seu efeito em fêmeas. O TMX prejudicou a persistência da memória aversiva semelhante ao observado nos ratos machos. No entanto, este efeito, só foi observado em fêmeas na fase não estro do ciclo estral. As fêmeas na fase estro do ciclo estral não eram suscetíveis ao prejuízo na persistência da memória. O presente trabalho proporciona a evidência de que TMX atenua a persistência da memória do medo de uma maneira duradoura e pode ser usado como uma potencial estratégia terapêutica em transtornos mentais como o TEPT. Palavras-Chave: Reconsolidação da memória. Memória de medo. PKC. Tamoxifeno. / Abstract: The retrieval of memory may render it labile turning it vulnerable to disruptions since this event is followed by a stabilization phase. Studies show that this vulnerability is reduced over time as occurs in the consolidation. The kinase C (PKC) protein, and its specific isoform of PKM? brain appears to be essential for the maintenance of long-term potentiation and memory persistence over time. Tamoxifen (TMX) is a non-selective inhibitor of PKC used in the clinical treatment of breast cancer and manic episodes of bipolar disorder. This study evaluated the systemic administration of the effect of TMX (1, 10 or 50 mg / kg) immediately, 6, 9 and 12 hours after the reactivation of memory in rats submitted to the contextual fear conditioning. The animals were familiarized in Context for 3 minutes, after 24 hours conditioning session the contextual fear (3 footshocks of 0.6 mA, 3 s, 30 s intervals between shocks), 24 hours later submitted to memory retrieval session (3 min), test A1 and test A2, for 3 min in the context A, 24 hours and 7 days after memory retrieval, respectively. A neutral context (context B) was used to prevent the retrieval of memory. The fear memory was measured as percentage of freezing behavior. The animals treated with TMX (50mg / kg) showed no change in freezing behavior during the test A1, but showed less freezing time than controls during Test A2, suggesting that pharmacological manipulation during reconsolidation phase can undermine the persistence of memory. No difference was observed when the animals were exposed in test B. The TMX effect is dependent on memory retrieval. The TMX effect impairs the long-term memory in animals that were exposed to context A 23 days after contextual fear conditioning. Considering TMX is an estrogen modulator, also tested the effect in females. The TMX detracted the persistence of aversive memory similar to that observed in male rats. However, this effect was only seen in females in non-estrus fase of estrous cycle. Females in estrus phase of estrous cycle were not susceptible to damage in the persistence of memory. This study provides evidence that TMX attenuates the persistent memory of fear of a lasting way and can be used as a potential therapeutic strategy in mental disorders such as PTSD. Keywords: Memory reconsolidation. Fear memory. PKC. Tamoxifen.
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O grande medo de 1987 : uma releitura do acidente com o Césio-137 em GoiâniaOliveira Júnior, Eurípedes Monteiro de 06 July 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas,
Programa de Pós-Graduação em História, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-22T21:02:33Z
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2016_EurípedesMonteirodeOliveiraJunior.pdf: 5763313 bytes, checksum: e41532fa93bee1249baa025061116696 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2016-10-04T17:48:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2016_EurípedesMonteirodeOliveiraJunior.pdf: 5763313 bytes, checksum: e41532fa93bee1249baa025061116696 (MD5) / Os trabalhos que tomam como objeto de estudo o acidente radioativo em Goiânia, e que tenho encontrado até o momento, têm procurado dar especial relevância aos seus aspectos jurídicos, psicossociais e clínicos dos radioacidentados. Aqui neste texto, tentarei compreender esse acontecimento a partir de sua dimensão histórica do medo, enfatizando sua historicidade a partir das práticas sociais e culturais de algumas pessoas, grupos e entidades envolvidas com a questão. Em outras palavras, o foco deste estudo estará nas memórias dessas relações sociais que foram construídas enquanto desdobramentos do evento, tanto no passado quanto no presente. Nesse sentido, encontrei minhas principais inquietações contidas numa série de questões que são permanentemente aludidas por discussões nas quais os conceitos centrais se referem ao acontecimento, memória e narrativa que, nesse caso, serão trabalhados através da construção do medo contido na memória das pessoas, nos grupos envolvidos no evento, bem como nas narrativas construídas pelos órgãos oficiais envolvidos no acidente juntamente com o cinema e a mídia jornalística. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The works that take as an object of study the radioactive accident in Goiânia, and I have found so far, have tried to give special importance to its legal, psychosocial and clinical trials of radioacidentados. Here in this text, I try to understand this event from its historical dimension of fear, emphasizing their historicity from the social and cultural practices of some people, groups and entities involved in the issue. In other words, the focus of this study will be in the memories of those social relations that were built while unfolding the event, both past and present. In this sense, I found my main concerns contained in a number of issues that are constantly alluded to discussions in which the central concepts refer to the event, memory and narrative, in this case, will be worked out by building the fear contained in the memory of people in groups involved in the event, as well as in the narratives constructed by official bodies involved in the accident along with the film and the news media.
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Construções do medo : a ameaça comunista em Garannhuns PE (1958 1964)Vicente Cavalcanti, Erinaldo 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho versa sobre as inúmeras construções acerca da ameaça comunista elaboradas
na cidade de Garanhuns PE entre os anos de 1958 a 1964. A Secretaria de Segurança do
estado de Pernambuco, fez um levantamento minucioso sobre os comunistas que residiam
na cidade nas décadas de 1950 e 1960. Vigiando, controlando, espancando e prendendo as
pessoas consideradas comunistas, a polícia local fez uma cartografia das atividades
comunistas desenvolvidas em Garanhuns, no período em tela. Ajudando a sedimentar essa
atmosfera de medo, diversos jornais contribuíram para a construção da ameaça comunista
na cidade. O Diario de Pernambuco, o Jornal do Commercio e, principalmente, o periódico
local, O Monitor, publicaram diversas reportagens alertando a sociedade dos perigos que os
comunistas representavam para a sociedade, segundo conceitos e preconceitos daqueles
órgãos da imprensa. Perigo esse, que foi vivenciado, debatido e combatido no Legislativo
Municipal. Por meio das atas dos trabalhos diários daquele poder, foi possível acompanhar
as estratégias desenvolvidas por uma significativa parcela da edilidade de Garanhuns, no
combate aos projetos e propostas dos vereadores do PCB, evitando assim que as ideias
comunistas fossem disseminadas na cidade
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Avaliação da ansiedade e medo do tratamento odontológico em usuários de serviço públicoLira do Nascimento, Daniella January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O presente artigo teve como objetivo fazer uma revisão da literatura a respeito
da ansiedade e o medo em relação ao tratamento odontológico, abordando
conceitos desses temas, medidas terapêuticas a serem tomadas durante o
tratamento, além da abordagem encontrada na literatura. A ansiedade é
entendida como uma resposta às situações na qual a fonte de ameaça não
está objetivamente presente e o medo pode ter diversas origens sendo que as
mais freqüentes são as experiências vivenciadas pelo próprio paciente ou
transmitidas por outras pessoas. A ansiedade e o medo estão diretamente
associados à dor, sendo assim, uma das maiores dificuldades encontradas
pelo clínico durante o atendimento odontológico é o medo que alguns pacientes
demonstram ter, em relação aos procedimentos que terão curso durante a
sessão e que podem representar uma situação de perigo para estes pacientes.
Vários estudos já foram desenvolvidos, a fim de avaliar o grau de ansiedade e
medo odontológicos, bem como as medidas clínicas a serem tomadas para
esse tipo de paciente. Mediante tal descrição, este estudo revisional pode
constar que é importante para o cirurgião-dentista ter conhecimentos
suficientes a fim de identificar pacientes com alto grau de ansiedade e medo,
bem como adotar as melhores manobras clínicas durante o tratamento
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As linguagens do medo : suas configurações na contemporaneidadeLuciana Oliveira dos Santos 27 July 2001 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho tem o objetivo de descrever as fisionomias que o medo adquire no cenário contemporâneo. A partir de uma perspectiva não-essencialista, de inspiração historicista. O medo é abarcado como um termo polissêmico, adquirindo assim diferentes faces de acordo com o contexto histórico-cultural em que emerge. Embora esteja entre as emoções consideradas básicas no homem, o medo é tomado aqui como uma emoção que é também socialmente construída (Solomon, 1995, Costa, 1998). A análise vincula o medo ao processo de subjetivação do indivíduo, caracterizando, assim, as transformações por que passou ao longo da história. Estudamos como o medo passou por um processo de internalização, e na atualidade pode ser descrito a partir de algumas configurações características: o medo patologizado, como na chamada síndrome do pânico e as precauções em torno da segurança pessoal. Constatamos assim, diferenças nas formas de pensar e experienciar o medo, sinalizando sentidos diversos que a palavra pode ter. Propomos pensar o medo a partir de um par em que se opõem medo x coragem, predominantemente em um contexto da antiguidade, principalmente, em contraste com um par que reflete a atualidade, pensada em torno do binômio medo x segurança. Tais modalidades de medo são associadas ao chamado mal-estar contemporâneo, relacionados aos traços da cultura em que vivemos.
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As linguagens do medo : suas configurações na contemporaneidadeLuciana Oliveira dos Santos 27 July 2001 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho tem o objetivo de descrever as fisionomias que o medo adquire no cenário contemporâneo. A partir de uma perspectiva não-essencialista, de inspiração historicista. O medo é abarcado como um termo polissêmico, adquirindo assim diferentes faces de acordo com o contexto histórico-cultural em que emerge. Embora esteja entre as emoções consideradas básicas no homem, o medo é tomado aqui como uma emoção que é também socialmente construída (Solomon, 1995, Costa, 1998). A análise vincula o medo ao processo de subjetivação do indivíduo, caracterizando, assim, as transformações por que passou ao longo da história. Estudamos como o medo passou por um processo de internalização, e na atualidade pode ser descrito a partir de algumas configurações características: o medo patologizado, como na chamada síndrome do pânico e as precauções em torno da segurança pessoal. Constatamos assim, diferenças nas formas de pensar e experienciar o medo, sinalizando sentidos diversos que a palavra pode ter. Propomos pensar o medo a partir de um par em que se opõem medo x coragem, predominantemente em um contexto da antiguidade, principalmente, em contraste com um par que reflete a atualidade, pensada em torno do binômio medo x segurança. Tais modalidades de medo são associadas ao chamado mal-estar contemporâneo, relacionados aos traços da cultura em que vivemos.
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