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Previous issue date: 2012-07-06 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This paper starts from the assumption that there is a disharmony between speech (meaning) and language (form) in the stuttered discursive functioning. Based on discursive linguistics we understand that in a fluent in position, the speaker slides along the meaning of speech without any attention to the form of language; yet in a stuttered position he reminds occupied in trying to avoid stuttering and by acting like that he remains subdued to the form of language and looses the discursive position that would guarantee his fluency. Objective: To develop the understanding about disharmony between speech and language via the speech of adult stutterers. Method: Prospective qualitative research conducted through semi-structured interviews with six adults, following the key questions: what comes to mind when I say - speech ; to speak with fluency ; public speaking ; talking to myself ; what helps fluency ; what do you makes to not stutter or what helps you not to stutter ; do you know if you will stutter?, and what makes you know that you will stutter . After the speech transcription, the notion of discursive practices and production of meaning (Spink and Medrado, 2004) allowed us to define three categories that organized the results and guided the discussion: Sense Speech composed by the sub-categories: Positive and Negative; Context of Speech, composed by the sub-categories The Effect of Others and The Effect of Being Alone; and Anticipation of Stuttering. Results and Discussion: In Sense Speech-Positive respondents reported how they feel when they flow better in speech and when they allow themselves to stutter. Theirs vision of speech is the one that circulates in common sense. The respondents had an idealized view of fluency as absolute. In Sense of Speech-Negative respondents reported feeling dissimilar and marginalized by his manner of speaking, also reported emotions and feelings related to stuttering. We emphasize the importance of
understanding the relationship between the production of stuttering and the subjective position of a stigmatized speaker, to build up therapeutic approaches to overcome this position. In Context of Speech-The Effect of Others, respondents discriminated types of speakers and of discursive contexts that favored fluency or stuttering. They showed negative marks on subjectivity, because when they feel like stutterers they imagine the others monitoring their speech and able to reject or disapprove them. In Context of Speech-The Effect Alone respondents reported that when they are alone they can flow freely, which reiterates the stuttering as a manifestation strongly linked to the presence of others. In Anticipation of Stuttering respondents reveal the ways in which stuttering is expected subjectively before it is materialized in their speech: thoughts or views; emotions or feelings; actions of the body or linguistic strategies. Conclusion: The reports of the respondents indicates that the disharmony between speech and language, in stuttered speech, is related to a speaker who feels stigmatized in his subjectivity in face of certain conditions of discursive production; also indicates the different ways in which this disharmony is materialized in order to avoid the provided stuttering. These characteristics indicate some elements that seem important to the targeting of a therapeutic approach of stutter speech wishing to overcome the subjective/discursive functioning that sustains it / Este trabalho parte da hipótese de que no funcionamento discursivo gaguejante há uma desarmonia entre fala (sentido do dizer) e língua (forma do dizer). Com base na linguística discursiva temos que, na posição fluente, o falante desliza pelo sentido do dizer esquecido da forma; na posição gaguejante, ocupado em evitar essa forma de falar, permanece submetido à forma e perde a posição discursiva que lhe garantiria a fluência. Objetivo: Desenvolver a compreensão sobre a desarmonia entre fala e língua a partir do discurso de pessoas adultas com gagueira. Método: Pesquisa qualitativa prospectiva realizadas por meio de entrevistas semi-estruturadas com 6 adultos, a partir das perguntas-chave: o que vem à sua cabeça quando eu digo - falar ; falar com fluência ; falar em público ; falar sozinho ; o que o ajuda a fluir ; o que faz para não gaguejar ou o que o ajuda a não gaguejar ; se sabe que vai gaguejar ; e o que o faz saber que vai gaguejar . Após a transcrição do discurso a noção de práticas discursivas e produção de sentidos (Spink e Medrado, 2004) permitiu que se definissem três categorias analíticas que organizaram os resultados e guiaram a discussão: Sentido da Fala composta pelas sub-categorias Positivo e Negativo; Contexto de Fala, composta pelas sub-categorias Efeito Outro e Efeito Sozinho e Antecipação da Gagueira. Resultados e Discussão: Em Sentido da Fala Positivo os entrevistados relataram os modos de se sentir relacionados a fluir melhor na fala e a permitir-se gaguejar. Sua visão de fala é a que circula no senso comum e corresponde a uma visão idealizada da fluência como absoluta. Em Sentido da Fala Negativo os entrevistados relataram sentir-se dessemelhantes e marginalizados por seu modo de falar, relataram também emoções e sentimentos relacionados à gagueira. Destaca-se a importância de compreender a relação entre a produção da gagueira e a posição subjetiva de falante estigmatizado, para construir os caminhos terapêuticos de sua
superação. Em Contexto de Fala Efeito Outro, os entrevistados discriminaram os tipos de interlocutores e de contextos discursivos que lhes favorecem a fluência ou a gagueira. Revelam marcas negativas na subjetividade, porque ao ocuparem a posição de falantes gagos imaginam o outro na posição daquele que fiscalizará seu dizer e poderá rejeitá-los ou reprová-los. Em Contexto de Fala Efeito Sozinho relataram que na condição sozinhos podem fluir livremente, o que reitera a gagueira como uma manifestação fortemente atrelada à presença do outro. Em Antecipação da Gagueira os entrevistados revelam os modos como a gagueira é prevista subjetivamente antes de materializar-se na fala: pensamentos ou visualizações; emoções ou sentimentos; ações do corpo ou estratégias linguísticas. Conclusão: Os relatos dos entrevistados indicam que a desarmonia entre fala e língua, no discurso gaguejante, relaciona-se a um falante que, na subjetividade, se sente estigmatizado diante de certas condições de produção discursiva; indicam ainda os diferentes modos pelos quais essa desarmonia se materializa com a finalidade de evitar a gagueira prevista. Tais características assinalam alguns elementos que parecem importantes ao direcionamento de uma abordagem terapêutica fonoaudiológica da gagueira que pretenda superar o modo de funcionamento subjetivo/discursivo que a sustenta
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11929 |
Date | 06 July 2012 |
Creators | Damasceno, Wladimir Alberti Pascoal de Lima |
Contributors | Friedman, Silvia |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia, PUC-SP, BR, Fonoaudiologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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