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Evolução da força de mordida, encefalização e socialidade em canídeos (Carnívora: Mammalia)

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Previous issue date: 2011 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / As formas em que as diferenças taxonômicas na morfologia, comportamento ou
história de vida se relacionam uns com os outros têm sido usadas regularmente para
testar idéias sobre forças seletivas envolvidas na sua evolução. A comparação entre
espécies é a técnica mais utilizada para examinar como os organismos estão adaptados
aos seus ambientes. Os objetivos deste trabalho são: testar a correlação entre força de
mordida e volume encefálico a reconstruir os estados ancestrais para estes caracteres e
para a dieta e para a socialidade nos canídeos. Para isso foi calculada a força de
mordida bruta e seu quociente, baseada na teoria de vigas e o volume encefálico e seu
quociente baseado em três medidas cranianas. As espécies que apresentaram o maior
quociente de força de mordida (QFM) foram Speothos venaticus (155,89), Cuon alpinus
(148,24), Lycalopex fulvipes (147,61) e Lycaon pictus (144,07) devido a várias
adaptações adquiridas com a hipercarnivoria. As espécies com os maiores valores de
quociente de volume encefálico (QVE) foram S. venaticus, C. alpinus e L. pictus com
respectivamente 141,35; 139,01 e 131,61 possivelmente devido às mesmas adaptações
que os fizeram possuir os maiores valores de QFM. Os maiores valores de força de
mordida pertencem a Canis lupus (830,51Pa), Lycaon pictus (719,03Pa) e C. rufus
(530,52Pa); e os menores a Urocyon littoralis (98,14Pa), Vulpes macrotis (92,53Pa) e
Vulpes zerda (72,6Pa). Canis lupus (159,29mm3), Lycaon pictus (146,94mm3) e
Chrysocyon brachyurus (120,84mm3) possuem os maiores volumes encefálicos brutos e
Nyctereutes procyonoides (28,2mm3), Vulpes rueppelli (27,86mm3) e Vulpes zerda
(20,65mm3). Tanto o volume encefálico quanto a força de mordida estão intimamente
ligados ao tamanho corpóreo. A correlação dos contrastes independentes mostrou que
não há correlação entre o QVE e o QFM (r=0,049) nem entre o QVE e o VE bruto
(r=0,076), e uma correlação fraca entre QFM e FM (r=0,37), o que mostra eficácia na
correção para o tamanho. A reconstrução dos estados ancestrais mostrou uma maior
força de mordida no clado dos canídeos sul-americanos+Canis (130,86) e menor no
clado das raposas (126,82). O ancestral com o maior valor de quociente do volume
encefálico é o ancestral de Speothos+Chrysocyon (111,78) seguido do ancestral do clado
Canis+Cuon (111,74) e Lycaon+Canis+Cuon (110,37). Já o QVE do ancestral das
raposas (Vulpes e Alopex) é de 101,5 e do clado Nyctereutes+Otocyon é 100,34. Osresultados mostram que há uma relação entre a especialização dietária e a encefalização
além da co-evolução do QVE e a socialidade, mas não há correlação entre QFM e QVE.
Os maiores valores de QFM e QVE, assim como a hipercarnivoria e a socialidade
obrigatória surgem apenas nos ramos terminais

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1086
Date31 January 2011
CreatorsSILVA, Elis Marina Damasceno
ContributorsMORAES, Diego Astúa de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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