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Interface da caracterização morfológica de lesões causadas por larvas de Taenia saginata com o diagnóstico da cisticercose bovina / Interface of the morphological characterization of lesions caused by Taenia saginata larvae with the diagnosis of bovine cysticercosis

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Previous issue date: 2012-05-29 / The bovine cysticercosis is a zoonotic disease that causes damage both in terms of health and in terms of economy. This research was developed in order to better understand the anatomical and microscopic characteristics related to the implantation of cysticerci and the immune evolution of the disease, and evaluate the performance of the immunoassay ELISA in the diagnosis of nine experimentally infected animals by oral administration of Taenia saginata eggs. Field work with the animals included the monthly collection of blood every 30 days, being that from 120 days post-infection an animal was slaugthered every 30 days to perform the anatomic-pathological examination and proceed with the collection of cysticerci. The samples from naturally infected animals were obtained by collecting in commercial slaughterhouse. Regarding muscular location of cysticercus in Group 1, the sites routinely inspected with predominance of occurrence were the heart (37.7%), head muscles (17.1%) and the tongue (2.3%). In relation to the assessed commercial cuts, 8.2% of cysticerci were found in the sparerib, 6.6% in the shoulder, 6.2% in the tenderloin and 5.8 in the rump. Other not-routinely inspected tissues that presented cysticerci were the diaphragm, the liver and the esophagus with 2.7%, 12.0% and 1.2% of the total cysticerci. Not viable cysticercus was the majority in head muscles (77.3%), followed by 76.3% in heart muscle and 71.0% in the liver and tongue (50%). Concerning viability, liver presented 87.5% of the not viable cysticerci, followed by the tongue 66.7%, and the heart with 63.2%, but the highest frequency of viable cysticerci was found in the head muscles (68.3%). Of the nine animals studied, five had the kinetics of antibody production against the cysticerci in a similar way when measured the production of antibodies of the IgM and IgG classes, once the peak of antibody production occurred in the period of 0-30 days post-infection followed by a natural decline and maintained detectable until the end of the study. However, the other two groups, each containing two animals, showed the kinetics of antibody production different from most animals, being that one group had a delayed response to the presence of cysticerci and the other group showed no immune response against antigens secreted by cysticerci. For the production of IgG1, it was possible to detect increased levels of antibodies from 30 days post-infection, having the production peak at 270 days, and IgG2 at 60 days. Regarding the cellular response observed against the cysticerci, it was possible to observe that in the case of viable cysticerci, inflammatory cells were present in the major part; and in the case of unviable cysticerci, the presence of repairing tissue cells, being also correlated the amount of calcareous corpuscles with the parasite's stage of death. With regard to the performance of the ELISA test against experimentally and naturally infected animals using a cut-off 1 and 2 added with 2 standard-deviation (SD), it was of 12% and 24.4%, respectively; and when using the cut-off 1 and 2 added with 3 SD the test sensitivity was at 1.99% and 14.4%, respectively. As for the samples from experimentally infected animals using the cut point 1 and 2 added with 2 SD the sensitivity was at 55.9% and 92.5%; and adding 3 SD the values found were 31.2% and 86%, respectively; the specificity of the test in all situations tested was at 100%. The combination of these results should be considered for diagnosis of bovine cysticercosis through the ELISA test, suggesting its use in combination with the anatomic-pathological test routinely performed in slaughterhouses. / A cisticercose bovina é uma doença de caráter zoonótico que acarreta prejuízos tanto de ordem sanitária quanto de ordem econômica. Essa pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de conhecer melhor as características macroscópicas e microscópicas relacionadas à implantação dos cisticercos e a evolução imunológica da doença, bem como avaliar o desempenho do imunoensaio ELISA no diagnóstico de bovinos com infecção natural e experimental, através da administração oral de ovos de Taenia saginata. Os trabalhos de campo com os nove animais infectados experimentalmente envolveram coleta mensal de sangue nos intervalos de 30 dias, sendo que a partir de 120 dias pós-infecção um animal era abatido a cada 30 dias para realizar o exame anátomo-patológico e proceder com a coleta de cisticercos. As amostras dos animais naturalmente infectados foram obtidas através da coleta em matadouro-frigorífico comercial. Com relação à localização muscular dos cisticercos no grupo 1 (animais experimentalmente infectados), os sítios inspecionados rotineiramente predominantes de ocorrência foram o coração (37,7%), músculos mastigatórios (17,1%) e língua (2,3%). Em relação aos cortes comerciais estudados, foram encontrados os valores de 8,2% de cisticercos no acém, 6,6% na paleta, 6,2% no contra-filé e 5,8% na alcatra. Os outros tecidos não inspecionados rotineiramente que apresentaram cisticercos foram o diafragma, fígado e o esôfago, com 2,7%, 12,0% e 1,2% dos cisticercos totais. Houve predominância de cisticercos inviáveis nos músculos mastigatórios (77,3%), seguidos de 76,3% na musculatura do coração e 71,0% do fígado e na língua (50%). Os cisticercos viáveis predominaram na alcatra (80,0%), diafragma (71,4%) e esôfago (66,7%). Nos sítios de predileção dos animais naturalmente infectados, foram encontrados 61,78% dos cisticercos totais no coração, seguido dos músculos mastigatórios (38,21%) e fígado (10,19%). Em relação à viabilidade, o fígado apresentou 87,5% de cisticercos inviáveis, seguidos da língua com 66,7%, coração 63,2%, entretanto nos tecidos mastigatórios foi encontrada a maior frequência de cisticercos viáveis (68,3%). Dos nove animais estudados, cinco apresentaram a cinética de produção de anticorpos contra os cisticercos de forma semelhante quando mensurados a produção de anticorpos da classe IgM e IgG, constituindo-se o grupo 1. O pico de produção de anticorpos do grupo 1 ocorreu no período de 0-30 dias pós-infecção seguido de um declínio natural, mantendo-se detectável até o final do estudo, no entanto os outros dois grupos contendo dois animais cada apresentaram a cinética de produção de anticorpos diferente do grupo 1, sendo que, o grupo 2 não apresentou resposta imunológica contra os antígenos secretados pelos cisticercos e o grupo 3 apresentou resposta tardia à presença dos cisticercos. Em relação à produção média de IgG1 para todos os grupos, foi possível detectar elevação dos níveis de anticorpos a partir de 30 dias pós-infecção, tendo-se o pico de produção aos 270 dias e IgG2 aos 60 dias. Já em relação à resposta celular hospedeiro-parasito, foi possível observar que no caso de cisticercos viáveis estavam presentes em sua maioria células inflamatórias, e no caso de cisticercos inviáveis a presença de células reparadoras de tecido, sendo também correlacionada a quantidade de corpúsculos calcáreos com o estádio de morte do parasito. Com relação ao desempenho do teste ELISA frente a animais infectados naturalmente e experimentalmente utilizando o ponto de corte 1 (calculado a partir de amostras de animais negativos para a cisticercose durante inspeção de rotina em matadouro-frigorífico) e ponto de corte 2 (amostras de animais negativos para a cisticercose criados em isolamento) adicionados de 2 desvios-padrão (SD), a sensibilidade do teste foi de 12% e 24,4%. Ao utilizar o ponto de corte 1 e 2 adicionados de 3 SD a sensibilidade ficou em 1,99% e 14,4%, respectivamente. Já para as amostras de animais experimentalmente infectados utilizando o ponto de corte 1 e 2 adicionados de 2 SD a sensibilidade ficou em 55,9% e 92,5% e, adicionando 3 SD foram encontrados os valores de 31,2% e 86%. A especificidade do teste em todas as situações testadas ficou em 100%. A combinação desses resultados deve ser valorizada no diagnóstico da cisticercose bovina por meio do teste ELISA sugerindo sua utilização em associação com o teste anátomo-patológico realizado rotineiramente em matadouros-frigoríficos.

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Date29 May 2012
CreatorsPeixoto, Rafaella Paola Meneguete dos Guimarães
ContributorsBenjamin, Laércio dos Anjos, Nero, Luís Augusto, Pinto, Paulo Sérgio de Arruda, Lago, Ernani Paulino do
PublisherUniversidade Federal de Viçosa, Mestrado em Medicina Veterinária, UFV, BR, Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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