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Vendedoras de sentidos: entre trajetórias de trabalhadoras e a comunicação institucional / Sellers of senses: between trajectories of female workers and institutional communication

A partir da aproximação entre a linha da comunicação institucional e os estudos de recepção, analisase como vendedoras informais de cosméticos produzem sentido para o discurso da empresa que representam, segundo sua classe social, sua identidade de gênero e sua situação de trabalho informal. A origem social é vista como mediação fundamental no processo conflituoso que se estabelece entre a instituição e o meio cultural em que vivem três mulheres acompanhadas na pesquisa de campo. A investigação extrapola o ambiente da fábrica e busca relacionar as estratégias de produção da empresa para seu programa próprio de televisão com as lógicas de uso das trabalhadoras. Esses dois lados se chocam no cotidiano, que é o espaço onde se desenvolve a trama de relações sociais existentes entre a organização e seus públicos. Ao privilegiar o desenrolar diário da vida das receptoras, valorizase a perspectiva do sujeito, em sua unicidade, como produtor de significado. Para tanto, foram realizadas entrevistas em profundidade. Na negociação entre a empresa de cosméticos e suas colaboradorasvendedoras pela produção de sentido em torno das práticas e marcas corporativas, revelase a falta de aderência entre as mensagens institucionais e a realidade dessas mulheres. Dessa forma, é tênue o sentimento de pertença real das trabalhadoras informais com a organização, ao mesmo tempo em que elas expressam no próprio consumo da comunicação suas diferentes formas de demanda por reconhecimento. Entre o discurso oficial e a trajetória de vida das receptoras, novos sentidos são gerados, indicando que já mais produção que passividade na ligação com a comunicação da empresa. / Starting from the approach between institutional communication and reception studies, it analyses how informal female sellers of cosmetics produces sense for the speech expressed by the company they represent, according to their social class, genders identity and informal labor situation. Social origin is seen as the basic mediation in the full of conflict process that is set up between institution and culture amid three women´s lives, who were followed in the fieldwork. The research goes over the factory environment and tries to connect the company´s strategies of production for its own television program and female workers´s logics of using it. These both sides collide in everyday life, which is the space where social relations development of these female receiver´s lives, the subject perspective, as an unique individual, is valorized as meaning producer. In order that, interviews in depth were applied. In the negotiation that proceeds between the cosmetics company and its employeessellers for the meaning production around corporative practices and brands, there´s a lack of adhesion from the institutional messages and these women reality. In this way, the real feeling of belonging to the company is tenuous, meanwhile the sellers express in communication consumption different ways of ordering recognition. Between official speech and receivers´s trajectories of life, new senses are produced, indicating that there is more production than passivity in the connection to institutional communication.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-05072009-184055
Date17 April 2006
CreatorsGil, Patrícia Guimarães
ContributorsRoque, Mauren Leni de
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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