Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / âA mancha visÃvel e o nervo sentidoâ - representaÃÃo social da hansenÃase para agentes comunitÃrios de saÃde objetiva compreender as representaÃÃes sociais sobre a hansenÃase/lepra na prÃtica discursiva das/dos Agentes ComunitÃrios de SaÃde (ACS), identificando crenÃas, valores e tabus que possam estar imbricados no trabalho. Por ser a hansenÃase uma doenÃa mÃtica e estigmatizada, envolta de saberes e prÃticas construÃdas historicamente, acreditamos que as prÃticas da/do ACS tÃm representaÃÃes que, sÃo incorporadas ao seu trabalho. Contextualizamos a evoluÃÃo sÃcio-histÃrica do adoecimento, bem como a elaboraÃÃo ideolÃgica presente no imaginÃrio coletivo dos ACS. Com suporte nos conceitos de ideologia, discurso e poder, verificamos como as representaÃÃes sociais que os sujeitos da pesquisa tÃm acerca da hansenÃase afetam a sua vida. Duas questÃes nortearam este estudo: que representaÃÃes sociais as/os ACS tÃm sobre a hansenÃase/ lepra? E como estas representaÃÃes se imbricam em seu trabalho? Participaram 91 ACS que atuam na EstratÃgia SaÃde da FamÃlia dos MunicÃpios de SÃo Josà de Ribamar (MA), Paragominas (PA), AraguaÃna (TO) e Floriano (PI). A metodologia consistiu na anÃlise temÃtica. Utilizamos a tÃcnica do grupo focal. Do material produzido em campo, estabelecemos o corpus empÃrico, de onde emergiram as categorias/temas (conceitos-imagens). Em cada tema foram divisadas as subcategorias, que se denominou Unidade Representacional (UR). Os conceitos-imagens emergidos foram: 1) lepra X hansenÃase - significados e sentidos; 2) Estigma - a marca do preconceito e da discriminaÃÃo nas prÃticas discursivas; 3) MicropolÃtica na produÃÃo de cuidado a pessoa com hansenÃase; 4) Envolvimento das famÃlias no processo de cuidado; 5) Vivendo/convivendo com a hansenÃase. A pesquisa revelou, dentre outras representaÃÃes, que as/os ACS acreditam na existÃncia de alimentos âreimososâ. Evidenciou-se, tambÃm, culpabilizaÃÃo, do uso de Ãlcool como determinante para o prolongamento da terapia. Constatamos que a lepra e a hansenÃase nÃo se configuram como sinÃnimos, mas sim como duas entidades distintas. Ao termo lepra, cabe o sentido de medo, vergonha e exclusÃo, enquanto hansenÃase adquire o sentido de doenÃa curÃvel. Evidenciamos nos discursos preconceito e prÃticas discriminatÃrias vivenciadas pelas pessoas com hansenÃase, configurando-se em legitimaÃÃo do estigma.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:5486 |
Date | 29 February 2012 |
Creators | Olga Maria de Alencar |
Contributors | Jaqueline Caracas Barbosa, Maria Leite Wand Del Rey de Oliveira, Maria LÃcia Duarte Pereira, Jorg Heukelbach |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblica, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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