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Política de distribuição massiva de laptops educacionais no Brasil (2005-2013): contextos, agentes e disputas / Massive distribuition policy of educational laaptops in Brasil (2005-2013): contexts, agents and disputes

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Viviane Grimm.pdf: 4548594 bytes, checksum: bebd544f0e27bd905c3de351dd137c3e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-01T18:01:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017-08-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis has as objective to investigate the Brazilian policy of massive distribution of
educational laptops in the “one for one” format, developed from 2005 to 2013. This policy
emerged from the idea “US$ 100 laptop”, created by Nicholas Negroponte at the World
Economic Forum in 2005, and adopted by several countries. In light of the theoreticalmethodological
referential of the sociology of education, specially of the concepts field of
Pierre Bourdieu, the policies cycle, of Stephen Ball, and the globally structured agenda for
education, of Roger Dale, we understand that the educational policies of a country are object
of dispute between agents and institutions by the capitals at stake and the symbolic power to
impose their worldviews as legitimate, built in different contexts and conditioned by a set of
ideas, values and guidelines for states created by political networks with power for global
influence. Therefore, we sought to comprehend the relations of power that marked the
development of the Brazilian policy of massive distribution of educational laptops. More
specifically, we analyze the agents and the institutions that participated in the policy: source,
stages, disputes and the market around it, by the means of documental research. To sum it up,
we defend in this thesis the following arguments: a) in the macrostructural plan, we believe
that the policies of laptops distribution in the 1:1 format demand a set of agents and global
institutions that see education as a “great business” and the states as its consumers, making
the market of educational products and the policy a negotiable merchandise; b) we consider
the laptops as goods belonging to the well-attended market for educational products
consumed on a large scale, conditioned to the operating logic of the capitalist market, in
which consumption is embedded in a system of global meanings; c) in the national context,
we believe that the appropriation of the 1:1 format has passed through different mediation
processes, dependent of the position occupied by the country at the global market, of disputes
and of the interests of different agents and institutions involved and the role of the state face
to internal and external demands. We use as investigation source a set of governmental
documents related to the One Computer by Student Project (UCA) (2005-2009) and to the
One Computer by Student Program (ProUCA) (2009-2013), data from companies that are
laptops suppliers, publications from international organisms that financed studies and policies
about the 1:1 format and news from online papers about the policy. Based on the analysis, we
observe that the appropriation of the 1:1 idea by the policy developed in Brazil passed
through several mediations in the national context, with highlighted participation of the state
and of agents and institutions from the political, academic and economic fields, that disputed
the senses of the policy and legitimated determined education concepts, pedagogical practices
and world points of view, almost always linked to the imaginary around digital technologies
on the “society of information”, “knowledge economics” and “constructivist pedagogies”. In
turn, the market opened with the massive selling of laptops to the federal government
generated a fierce competition to explore this business opportunity opened at the educational
policy framework, contributing to intensify the commodification of the educational sector. / Esta tese tem como objeto de investigação a política brasileira de distribuição massiva de
laptops educacionais no formato ?um para um?, desenvolvida entre 2005 e 2013. Trata-se de
uma política que surgiu da ideia do ?laptop de US$ 100? lançada por Nicholas Negroponte no
Fórum Econômico Mundial de 2005 e adotada por diversos países. À luz do referencial
teórico-metodológico da sociologia da educação, sobretudo dos conceitos de campo de Pierre
Bourdieu, ciclo de políticas, de Stephen Ball, e agenda globalmente estruturada para a
educação, de Roger Dale, entende-se que as políticas educacionais de um país são objeto de
disputa entre agentes e instituições pelos capitais em jogo e pelo poder simbólico de impor
suas visões de mundo como legítimas, construídas em diferentes contextos e condicionadas
por um conjunto de ideias, valores e pautas direcionados aos Estados por redes políticas com
poder de influência global. Assim, buscou-se compreender as relações de poder que marcaram
o desenvolvimento da política brasileira de distribuição massiva de laptops educacionais.
Mais especificamente, analisaram-se os agentes e as instituições que participaram da política:
origem, etapas, disputas, interesses e o mercado em torno disso, por meio de uma pesquisa
documental. Em suma, defendem-se nesta tese os seguintes argumentos: a) no plano
macroestrutural, crê-se que as políticas de distribuição de laptops no formato 1:1 demandam
de um conjunto de agentes e instituições globais que veem a educação como um ?grande
negócio? e os Estados seus consumidores, tornando o mercado de produtos educacionais e a
política um produto comercializável; b) consideram-se os laptops como uma mercadoria
pertencente ao concorrido mercado de produtos educacionais consumidos em larga escala,
condicionados à lógica de funcionamento do mercado capitalista, em que o consumo se insere
num sistema de significados globais; c) no contexto nacional, acredita-se que a apropriação do
formato 1:1 passou por diferentes processos de mediação, dependente da posição ocupada
pelo país no mercado global, das disputas e dos interesses dos diferentes agentes e instituições
envolvidos e do papel do Estado diante de demandas internas e externas. Utilizou-se como
fonte de investigação um conjunto de documentos governamentais relativos ao Projeto Um
Computador por Aluno (UCA) (2005-2009) e ao Programa Um Computador por Aluno
(ProUCA) (2009-2013), dados de empresas fornecedoras dos laptops, publicações de
organismos internacionais que financiaram estudos e políticas sobre o formato 1:1 e notícias
de jornais online sobre a política. Com base na análise, observou-se que a apropriação da
ideia do 1:1 na política desenvolvida no Brasil passou por diversas mediações no contexto
nacional, com destacada participação do Estado e de agentes e instituições dos campos
político, acadêmico e econômico, que disputaram os sentidos da política e legitimaram
determinadas concepções de educação, práticas pedagógicas e visões de mundo, quase sempre
vinculadas ao imaginário em torno das tecnologias digitais na ?sociedade da informação?, na
?economia do conhecimento? e nas ?pedagogias construtivistas?. Por sua vez, o mercado
aberto com a venda em massa de laptops para o governo federal gerou uma acirrada
concorrência para explorar essa oportunidade de negócio criada no marco dessa política
educacional, contribuindo para intensificar a mercantilização do setor educacional.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/2413
Date08 August 2017
CreatorsGrimm, Viviane
ContributorsMendes, Geovana Mendonça Lunardi
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Doutorado, UDESC, Brasil, UDESC::FAED
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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