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Alfabetização: evolução de habilidades cognitivas envolvidas na aprendizagem do sistema de escrita alfabética e sua relação com concepções e práticas de professores

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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esse trabalho buscou analisar a evolução de habilidades cognitivas envolvidas na
aprendizagem do sistema de escrita alfabética e sua relação com concepções e
práticas de professores. Como objetivos específicos, nos propusemos a analisar: a)
como as professoras alfabetizadoras realizam sua atuação docente, frente às
estratégias orientadas para o trabalho de apropriação do sistema de escrita; b)
como a compreensão do funcionamento do alfabeto evolui ao longo do ano letivo
(estágio de escrita) entre os alunos de duas turmas de alfabetização; c) como as
habilidades fonológicas evoluem ao longo do ano letivo e identificar como se
relacionam à evolução dos estágios de escrita e ao conhecimento do nome das
letras; d) como o conhecimento do nome das letras evolui ao longo do ano letivo e
como se relaciona à evolução dos estágios de escrita e das habilidades de reflexão
fonológica; e) como práticas pedagógicas diferentes de duas professoras de Rede
Pública de Ensino influenciariam o desenvolvimento da psicogênese (compreensão
da escrita alfabética), das habilidades de reflexão fonológica e o conhecimento do
nome das letras, durante a aprendizagem da leitura e da escrita. Nos apoiamos,
sobretudo, nos estudos sobre consciência fonológica, na teoria da psicogênese da
língua escrita, nos estudos sobre o papel do conhecimento do nome das letras na
alfabetização, bem como nas contribuições da teoria da fabricação do cotidiano
escolar e da perspectiva da apropriação dos saberes da ação docente. Em três
ocasiões, durante o ano letivo de 2008, examinamos 40 crianças, alunos do 1º ano
do 1º ciclo de duas escolas da Rede Pública Municipal de Recife, oriundos de grupo
sociocultural desfavorecido. Em cada ocasião, estes sujeitos respondiam a: I)
atividades de escrita espontânea, para identificar o nível de compreensão da escrita
alfabética, II) três atividades de conhecimento de letras (nomeação, identificação e
produção; III) doze diferentes atividades de reflexão metafonológica. O
acompanhamento das duas professoras foi realizado no período de fevereiro a
dezembro de 2008, correspondendo ao total de 40 observações (20 dias para cada
professora) durante todo o ano letivo. Esse universo nos permitiu apreender certas
variações e especificidades das concepções e práticas das docentes, a partir de
alguns eixos do ensino de língua (Sistema de Escrita Alfabética, Leitura e Produção
de textos). Os resultados mostraram que: 1) com relação à evolução da
compreensão do sistema de escrita alfabética, as crianças de ambas as escolas, de
um modo geral, evoluíram consideravelmente da primeira à última coleta, não
ocorrendo nenhuma regressão; 2) as crianças de ambas as escolas, em todas as
três coletas, tiveram rendimentos mais altos na tarefa de Nomeação que nas
demais tarefas sobre letras. Por sua vez, a tarefa de Identificação foi menos
complexa que a tarefa de Produção de letras e não foram significativas as
diferenças das duas turmas, nas três tarefas de conhecimentos de letras, durante
quase todo o ano letivo; 3) os níveis de escrita estiveram correlacionados
significativamente com os resultados nas tarefas sobre conhecimentos de letras, em
todas as etapas do ano letivo. À medida que as crianças avançavam em seus
diferentes níveis de escrita, a tendência era crescer o número de acertos, mas não
parecia haver nenhuma relação causal direta entre conhecer letras e ter
desenvolvido hipóteses mais avançadas de escrita. 4) No tocante à dificuldade das
diferentes tarefas de CF, esta se apresentou em vários níveis, partindo de alguns
muito simples (por exemplo, na separação oral e contagem de sílabas) para outros
muito complexos, como verificado nas habilidades das crianças em analisar e segmentar fonemas. Quanto à relação entre o desempenho nas habilidades
fonológicas e a evolução das hipóteses de escrita, os resultados nos mostraram que
as crianças com níveis mais avançados de compreensão do sistema de escrita
alfabética de ambas as escolas tendiam a apresentar melhores desempenhos na
maioria das tarefas metafonológicas, embora alguns sujeitos ainda sem hipótese
alfabética também se saíssem bem naquelas tarefas. Também verificou-se que o
conhecimento de letras correlacionou-se positivamente com todas as tarefas de
consciência fonológica, durante todo o ano letivo e que as práticas pedagógicas nas
duas escolas não teriam produzido diferenças significativas nos desempenhos das
crianças nas tarefas metafonológicas. 5) Finalmente, encontramos, algumas
similaridades na prática das docentes, mas, também, diferenças nas soluções
didáticas fabricadas para ensinar a notação alfabética. Cada docente encaminhava
diferentemente o processo de alfabetização, não só no que concerne ao ensino das
correspondências grafofônicas, mas, também, quanto às relações que estabeleciam
entre o ensino da escrita alfabética e a realização de práticas de leitura e produção
de textos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3816
Date31 January 2011
CreatorsMaria Soares Bezerra Rios Leite, Tânia
ContributorsGomes de Morais, Artur
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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