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Camelos também Dançam: Movimento corporal e processos de subjetivação contemporâneos: um olhar através da dança

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Previous issue date: 2006-10-10 / This work looks for to supply a perspective about the body and its relations to the process
of subjectivity and culture. From the definition of the body as a device, it is possible to
visualize its historical inscriptions and its possibilities to resist. Beyond the contemporary understanding
of the body, this research seeks to understand its deeper potentiality and effects.
Thus, some ways of existence, which are referred to distinct periods of occidental history, are
discussed in this work. The focus searches the body s experimentations, and its strength to create,
by drawing a path that shows to us its potentiality and its losses. It also searches for the
body s captures and lines of escape, reaching the corporality of the 1980-90 generation. For this
generation, the body s experimentation seamed to be reduced, during an increasing omnipresence
of an image-body.
This research tries to give a perspective about the contemporaneity, without denying the
perception of certain emptiness that affected the public life (our desert). It is still pointing out
to possibilities of a present s affirmation (and its political dimension) that takes place through
the body s experimentations. And, even if it recognizes the contemporary image-body, with all
its spectacularly, it focuses on the multiplicity in which the body opens up, by some expression
qualities and, particularly, though movement, especially the contemporary dance.
From the every-days life body to those lines of escape, there is an important passage, in
which many characters, which compose the desert, introduce themselves as attempts of their
model image. By these characters, the show of contemporary life is build, in its way of living, its
inheritance, its comfort and its unsatisfactoriness. Finally, there is the desertion, played by a
specific character: the Deserter. He is the one who guides us through the dance territory, within
his pain, his muteness and his stammering, and it is inside of it that we are presented to the procedures
of desertion and affirmation. The dance is as a field of possibilities to a body that, beyond
its evidence, can find itself a devenir: corporar / Este trabalho procura fornecer uma perspectiva sobre o corpo em suas relações com os
processos de subjetivação e a cultura. Partindo da definição de corpo como dispositivo, torna-se
possível visualizar tanto suas inscrições históricas, quanto suas possibilidades de resistência.
Para além da evidência que o corpo assumiu em nossa contemporaneidade, buscam-se suas
condições de possibilidade e seus desdobramentos. Neste sentido, são abordados alguns modos
de existência referentes a distintos períodos da nossa história ocidental. O foco recai sobre as
experimentações do corpo, na sua força de criação, traçando um percurso que nos mostra potências
e despotencializações, capturas e linhas de fuga, e que culmina com as corporeidades
referentes à geração dos anos 1980-90, para a qual o corpo como experimentação parece ter
sido reduzido, na mesma medida em que ascendia a onipresença de um corpo-imagem, que se
faz presente até hoje.
De um modo geral, procura-se oferecer uma perspectiva da contemporaneidade que não
nega a percepção de um certo vazio que tomou conta da vida pública (nosso deserto), mas que
aponta para possibilidades de afirmação do presente (e de uma dimensão política deste), através
das experimentações corporais. E mesmo que se parta do corpo-imagem, reconhecendo toda a
espetacularização que dele é feita, procura-se ressaltar a multiplicidade para a qual os corpos se
abrem, através de determinadas qualidades de expressão, principalmente no movimento corporal
(em especial a dança contemporânea).
Do corpo cotidiano às linhas de fuga, há aí um importante percurso, no qual muitos personagens,
que compõem o deserto, apresentam-se como tentativas de encarnar as imagens que
lhes servem de modelo. Com estes personagens assiste-se à configuração do espetáculo da contemporaneidade,
seus modos de vida, sua herança, seu conforto e suas insatisfações. Chega-se,
afinal, à deserção, encarnada por um personagem específico: o Desertor. É ele que nos guia
pelo território da dança, com sua dor, sua mudez e sua gagueira, no interior deste deserto, apresentando-
nos procedimentos de deserção e de afirmação. Descobre-se a dança como campo de
possibilidades a um corpo que, para além da sua evidência, encontra um devir-corpo, um corporar

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15539
Date10 October 2006
CreatorsSilva, Jardel Sander da
ContributorsRolnik, Suely Belinha
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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