Mesmo sendo uma condição indispensável para que ocorra o desenvolvimento humano, o crescimento econômico nem sempre é convertido eficientemente em qualidade de vida pelos Estados-nação. Deste modo, o presente trabalho teve o objetivo de mensurar a eficiência social dos países, que expressa à capacidade de um Estado-nação converter sua riqueza produzida em qualidade de vida, e de determinar fatores que possam explicá-la. Como hipóteses de pesquisa para esses fatores, foram considerados: (i) a atuação do Estado, do Mercado e da Sociedade Civil; (ii) o estoque de capital físico, natural, humano, cultural, social e institucional; (iii) a presença de liberdades política, econômica e de expressão; (iv) o efeito do próprio desenvolvimento humano; e (v) outras características socioeconômicas dos países. Para que esse objetivo fosse alcançado, foram utilizadas as técnicas: (a) Análise Envoltória de Dados (DEA), em sua forma padrão, cruzada, invertida e tripla; (b) regressão linear simples; (c) clusterização por eficiência; (d) método k-means; e (e) testes estatísticos de diferença entre médias. Os principais resultados obtidos indicaram que as ex-repúblicas soviéticas e os países de passado socialista foram os que mais se destacaram na eficiência social; já os países desenvolvidos, apesar de apresentarem elevados indicadores sociais, sendo altamente eficazes, não se destacaram na eficiência; os países do sul da África, por sua vez, além de possuírem a pior condição social, foram também os mais ineficientes. Quanto aos fatores explicativos da eficiência social, concluiu-se que possuem impacto positivo: (1) a taxa básica de juros; (2) a taxa bruta de investimentos; (3) a taxa de estradas pavimentadas; (4) a taxa de alfabetização; (5) o número de médicos per capita; (6) a liberdade fiscal; (7) além de quase todos os outputs sociais utilizados na análise de eficiência, com exceção da inflação. Por outro lado, os fatores que se relacionam negativamente com a eficiência são: (a) o saldo da balança corrente; (b) a quantidade de reservas de petróleo; (c) o PIB per capita; (d) o nível de caridade; (e) a ausência de corrupção; (f) a liberdade de investimento e financeira; (g) a liberdade política e de expressão; (h) a taxa de fecundidade na adolescência; (i) a taxa de infectados com HIV; e (j) o nível de emissões de \'CO IND.2\'. Apesar de alguns resultados encontrados terem sido bastante polêmicos, afastando-se tanto do senso comum quanto de teorias estabelecidas, acredita-se que o presente trabalho contribuiu para lançar luz sobre um novo e fértil campo de pesquisa, denominado eficiência social. / Despite being a prerequisite for occurring development, economic growth is not always fully converted into welfare or quality of life, since countries have different levels of efficiency in carrying out this conversion. Thus, this study aimed to determine the efficiency of Nation-states to convert their wealth produced in quality of life (social efficiency) and, subsequently, to investigate the impact in this efficiency of the factors: (i) performance of the State, Market and Civil Society; (ii) stock of physical , natural, human, cultural, social and institutional capital; (iii) political , economic and expression freedoms; (iv) human development itself; and (v) other socioeconomic characteristics of the countries. To accomplish this goal, we have used: (a) Data Envelopment Analysis (DEA) in its standard, cross, reversed and triple form; (b) simple linear regression; (c) clustering for efficiency; (d) k-means method; and (e) statistical tests of differences between means. The main results indicate that the ex-Soviet republics and the countries of the socialist past were most outstanding in social efficiency; whereas the developed countries, although having high social indicators, i.e., high efficacy, not were excelled in efficiency; the countries of southern Africa, in turn, have the worst social condition, and were also the most inefficient. As for the explanatory factors of social efficiency, it was concluded that had positive impact the variables: (1) prime rate; (2) gross rate of investment; (3) rate of paved roads; (4) literacy rate; (5) number of doctors per capita; (6) fiscal freedom; (7) and the most social indicators that were used in the analysis of efficiency, with the exception of inflation. On the other hand, the factors that are negatively related to efficiency are: (a) current account balance; (b) amount of oil reserves; (c) GDP per capita; (d) level of charity; (e) corruption absence; (f) freedom of investment and financing; (g) political freedom and expression; (h) adolescent fertility rate; (i) the rate of HIV-infected; and (j) level of \'CO IND.2\' emissions. Although some results have been quite controversial, away from both common sense and established theories, it is believed that this work has helped to shed light on a new and fertile field of research called social efficiency.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-24082012-142856 |
Date | 02 July 2012 |
Creators | Mariano, Enzo Barberio |
Contributors | Rebelatto, Daisy Aparecida do Nascimento |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0027 seconds