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Previous issue date: 2016-03-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A HAS é considerada um dos mais importantes problemas de saúde pública por sua alta prevalência, baixas taxas de controle e elevado custo econômico e social. A HAS é, na maioria das vezes, assintomática e seu controle requer mudanças de comportamento e de estilo de vida, o que está diretamente relacionado ao grau de adesão do portador ao tratamento. A relevância das ações educativas em saúde é reconhecida pelo seu potencial para a redução dos custos sociosanitáros, por favorecer a promoção do autocuidado e o desenvolvimento da corresponsabilidade do indivíduo sobre as decisões relacionadas à saúde. Objetivo: avaliar a adesão dos portadores de HAS às intervenções realizadas na de Atenção Primária à Saúde após a implementação de estratégias de educação alimentar e nutricional visando o estímulo à incorporação de hábitos de vida saudáveis. Métodos: estudo de intervenção, do tipo ensaio comunitário, não cego, de abordagem quantitativa. Os participantes foram alocados em três grupos, de forma a comparar diferentes modalidades de intervenção educativa em saúde. Os grupos foram comparados quanto à adesão ao tratamento não farmacológico. A amostra foi constituída de indivíduos com diagnóstico médico de HAS acompanhados pela Estratégia Saúde da Família (n=212) do município de Porto Firme, MG, que atenderam aos critérios de inclusão/exclusão e aceitaram participar do estudo. As intervenções foram realizadas ao longo de doze meses e constaram das seguintes estratégias, de acordo com cada grupo. No Grupo 1 foram realizadas oficinas mensais, visando à educação e prevenção de agravos, com ênfase na terapêutica dietética da HAS por meio de atividades educativas participativas e dialógicas. Esse grupo foi composto pelos indivíduos que participaram de, pelo menos, 8 oficinas em grupo (n=101). O Grupo 2 recebeu oficinas e visitas domiciliares (VD) mensais. As VD foram realizadas no horário da principal refeição do dia e seguiram um plano sistemático de educação nutricional. O grupo foi composto por 21 indivíduos, escolhidos de forma aleatória, sendo que o tamanho da amostra foi previamente definido de forma a viabilizar a operacionalização das VD mensais. O Grupo 3 recebeu oficinas mensais visando, da mesma forma que no Grupo 1, a educação e prevenção de agravos. O grupo foi composto pelos indivíduos que participaram de menos de 8 oficinas em grupo por livre vontade (n=90). Os participantes foram alocados nestes três grupos de acordo com a frequência nas oficinas e/ou recebimento de VD. O número mínimo de frequência nas atividades em grupo (N=8) foi definido com base no cálculo da mediana da frequência dos participantes nas oficinas. Com base nesse critério, após o período de intervenção, foi determinada a alocação dos indivíduos no Grupo 1 ou 3. Os dados sobre o perfil socioeconômico e hábitos de vida foram coletados em entrevistas individuais antes do início da intervenção. As variáveis antropométricas, bioquímicas, pressão arterial, atividade física e as informações sobre o consumo de alimentos foram coletadas antes e depois das intervenções. Para a análise dos dados foi utilizada estatística descritiva com medida de tendência central (média). A normalidade e homogeneidade dos dados foram verificadas por meio do uso dos testes de Kolmogorov-Smirnov e Levene. A ANOVA ou Kruskal-Wallis foram adotadas para a análise das diferenças entre as variáveis mensuradas nas pré e pós-intervenções e, quando necessário, foi utilizado o Pos Hoc de Bonferroni ou Mann-Whitney de acordo com anormalidade dos dados. Foi adotado o nível de significância p<0,05, e o pacote estatístico utilizado foi o SPSS 20.0. Resultados: os dados foram apresentados e analisados em forma de 5 artigos científicos, sendo dois artigos de revisão bibliográfica e três originais. A análise comparativa de antes e depois das três estratégias de educação em saúde e nutrição, revelou que houve melhorias estatisticamente significantes mais efetivas nos grupos 1 e 2, nos parâmetros antropométricos (Peso, IMC e CC), bioquímicos (Glicemia de jejum, Colesterol Total e LDL colesterol) e dietéticos (óleo, açúcar e sal, aumento do consumo de alimentos protetores e redução do consumo de alimentos do grupo de risco). No parâmetro de atividade física não houve melhora, continuando abaixo do recomendado mesmo após as intervenções. A análise comparativa das diferentes intervenções educativas mostrou resultados positivos sobre os fatores de risco modificáveis: estado nutricional, colesterol total e LDL colesterol e consumo alimentar. A melhora encontrada nesses parâmetros foi diferenciada em relação ao tipo de intervenção, sendo mais eficaz no Grupo 1. No Grupo 1, a longitudinalidade e constância das atividades realizadas, por um período de 12 meses de intervenção, apontam para uma contribuição para os melhores efeitos. Já os resultados do Grupo 2, se justificam pela participação dos indivíduos nas oficinas educativas associada ao recebimento das visitas domiciliares, que torna a intervenção mais intensiva. Constatou-se que as intervenções foram capazes de promover alterações favoráveis no consumo médio per capita de óleo, açúcar e sal em todos os grupos. Porém, os valores de consumo per capita desses alimentos ainda estão acima do recomendado para a população brasileira. Embora não se possa afirmar que essas mudanças no consumo tenham ocorrido estritamente por conta das intervenções educativas, pode-se inferir que estes resultados revelaram uma tendência favorável na modificação da dieta em decorrência desta ação. Conclusões: As intervenções educativas propiciaram resultados positivos sobre a adesão ao tratamento não farmacológico da HAS, considerando os parâmetros antropométricos, bioquímicos, clínicos e dietéticos. Enfatiza a importância da educação em saúde no contexto da APS, para a prevenção e tratamento das DCNT. Para tal, é imprescindível uma proposta educacional na qual tenha a participação ativa da comunidade, fundamentada no diálogo entre usuários e profissionais de saúde, que proporcione reflexão, informação, educação sanitária, empoderamento e aperfeiçoe as atitudes indispensáveis para a vida. / Introduction; SAH is considered one of the most important public health problems for its high prevalence, low rates and high economic and social cost. SAH is most often asymptomatic and your control requires changes in behavior and lifestyle, which is directly related to the degree of adherence to the treatment. The relevance of educative actions in health is recognized by its potential for cost reductions along the various contexts of assistance, by encouraging the promotion of self-care and the development of individual responsibility on the health-related decisions. Objective: To evaluate the adherence of SAH to interventions in primary health care (PHC) level after implementation of food and nutritional education strategies aimed at stimulating the incorporation of healthy lifestyle habits. Methods: It was an intervention study, community test type, not blind, quantitative approach. Participants were allocated in three groups, in order to compare different methods of intervention in health, before and after interventions. The groups were compared with respect to adherence to the non-pharmacological treatment. The sample was composed of individuals with SAH medical diagnosis accompanied by the family health strategy (n = 212), who met the inclusion/exclusion criteria and agreed to participate in the study. Group 1 sample was composed by registered individuals who participated in at least 8 group activities. The sample of Group 2 was composed by 21 individuals, chosen at random. The sample of Group 3 was composed by individuals registered who don‟t attend at least 8 group activities by free will. The data on the social and economic profile and life habits were collected in individual interviews before the intervention start. Anthropometric and biochemical variables, blood pressure, physical activity and food consumption informations were collected before and after the intervention. For the data analysis was used descriptive statistics with measurement of central tendency (mean). The normality and homogeneity of the data was verified through the use of Kolmogorov-Smirnov and Levene tests. The ANOVA Kruskal-Wallis or were adopted for the analysis of differences between the variables measured before and after interventions, when necessary, used the post Hoc Bonferroni or Mann-Whitney according to data abnormality. It was adopted the p significance level < 0.05, and package statistician used was SPSS 20.0. Results: The data were presented and analyzed in the form of article, being the first two articles of review and three original articles. The comparative analysis before and after the three strategies of health education and nutrition, revealed that there were statistically significant improvements more effective in groups 1 and 2, anthropometric parameters (weight, BMI and WC), biochemical (fasting blood glucose, total cholesterol and LDL cholesterol) and dietetic (oil, sugar and salt, increased consumption of protectors food and reduction consumption of the risk group food). In the physical activity there was no improvement, continuing below the recommended even after interventions. The comparative analysis of different educational interventions showed positive results on the modifiable risk factors: nutritional status, total cholesterol and LDL cholesterol and food consumption. The improvement found in these parameters was differentiated in relation to the type of intervention, being more effective in Group 1. In Group 1, the longitude and constancy of activities carried out, for a period of 12 months, seem to have contributed to the best effects. Already the results of Group 2, justified by the participation of individuals in educational workshops associated with the receipt the home visits, which makes the more intensive intervention. It was noted that the interventions were able to promote favorable changes in average per capita consumption of oil, sugar and salt in all groups. However, the values in the per capita consumption of these foods are still above the recommended for the Brazilian population. Although it cannot be said that these changes in consumption occurred strictly because of educational interventions, one can infer that these results showed a favorable trend in diet modification as a result of this action. Conclusions: Educational interventions provided positive results on adherence to non-pharmacological treatment of SAH, considering anthropometric, biochemical parameters, dietary and clinical. Emphasizes the importance of health education in the context of PHC, for the prevention and NCD treatment. To this end, it is imperative that an educational proposal in which the active participation of the community, based on the dialogue between users and healthcare professionals, providing reflection information, health education, empowerment and improve the attitudes essential for life.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/11174 |
Date | 11 March 2016 |
Creators | Machado, Juliana Costa |
Contributors | Ribeiro, Andréia Queiros, Rosa, Carla de Oliveira Barbosa, Cotta, Rosângela Minardi Mitre |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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