[pt] O presente trabalho tem por objetivo investigar o conceito de silêncio na história da psicanálise, analisando os vários sentidos que lhe foram atribuídos na medida em que as teorias e técnicas analíticas foram se sobrescrevendo umas às outras. Para se alcançar esse objetivo, o silêncio foi analisado a partir de duas correntes teóricas distintas, a saber, a psicanálise clássica ou tradicional, centrada nos escritos de Sigmund Freud, Sándor Ferenczi e Karl Abraham e seus interlocutores, e a Escola Inglesa de Psicanálise, centrada no grupo independente e representada pelo pensamento de Donald W. Winnicott e seus herdeiros teóricos. Na primeira parte do trabalho, buscou-se encontrar os referentes do silêncio em sua vertente clássica compreendendo-o como resistência, censura, recalcamento, transferência e ontratransferência, pulsão de vida e pulsão de morte, defesas do ego, elaboração, perlaboração e os tipos libidinais. Na segunda parte do trabalho, buscou-se os referentes do silêncio através das contribuições de Donald W. Winnicott e a partir da sua teoria do desenvolvimento emocional primitivo, mostrando como a mãe se constitui como um primeiro continente no qual o bebê precisa mergulhar para o desenvolvimento do seu psiquismo, de um inconsciente, de um self e do seu mundo interno. Ao final, apresentamos quatro proposições do silêncio na clínica psicanalítica atual: o silêncio que surge nos fenômenos de retraimento e regressão; o silêncio como forma de o analista se oferecer como um continente para o seu paciente; o silêncio como forma de segredo no
desenvolvimento do pensamento; e, por fim, o silêncio como interpretação e como holding. / [en] The present work aims to investigate the concept of silence in the history of psychoanalysis, analyzing the various meanings assigned to it in that the theories and analytical techniques were up overwriting each other. To achieve this goal, the silence was analyzed from two different theoretical perspectives, namely the classical or traditional psychoanalysis, centered in the writings of Sigmund Freud, Sándor Ferenczi and Karl Abraham and his interlocutors, and the English School of Psychoanalysis, centered the independent group and represented by the thought of Donald W. Winnicott and their theoretical heirs. At first, we attempted to find the referents of silence in his classic strand comprising it as resistance, censorship, repression, transference and countertransference, life and death drives, ego defenses, working through and the libidinal types. In the second part of this study, we sought the referent of silence through the contributions of Donald W. Winnicott from his theory of emotional development, to show how the mother is constituted as a first continent in which the baby must plunge into to development of his psyche, unconscious, self and your inner world. At the end we present four propositions of silence in current psychoanalytic practice: the silence that arises in the phenomena of withdrawal and regression, the silence of the analyst as a way to offer himself as a continent for your patient; silence as a secret in the development of thought and finally silence as interpretation and as holding.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:29122 |
Date | 13 February 2017 |
Creators | SERGIO GOMES DA SILVA |
Contributors | CARLOS AUGUSTO PEIXOTO JUNIOR |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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