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Gênero, desenvolvimento e Programa Bolsa Família : direitos reprodutivos, trabalho e projetos de vida de mulheres do Coque

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Previous issue date: 2014 / A presente tese situa-se no campo de Gênero e Desenvolvimento, abordando a
titularidade feminina no Programa Bolsa Família (PBF). Buscamos compreender debate
sobre a titularidade feminina no PBF e vivência das mulheres titulares focando
discussão sobre três eixos analíticos (1) Direitos Reprodutivos e Maternidade; (2)
Inserção/Qualificação na esfera produtiva, estratégias de agência e processos de
autonomia/empoderamento dentro do PBF e (3) Projetos de Vida. Norteado pela
perspectiva da antropologia feminista, interligando análise de gênero, agência feminina
e contexto sociocultural, realizamos observação participante na comunidade do Coque
(Recife/PE), durante os anos de 2012 e 2013. Mais especificamente acompanhamos
rotina familiar de 09 (nove) mulheres titulares do PBF. Argumentamos que a análise
sobre titularidade feminina no PBF não pode está dissociada do debate sobre Gênero e
Desenvolvimento, interligando cenários internacional, regional e nacional que focaliza
discussão sobre gênero, pobreza e empoderamento feminino, na formatação de
programas de transferência de renda dentro de políticas de combate a pobreza. No eixo
analítico “Direitos Reprodutivos e Maternidade”, evidenciamos o reducionismo da
focalização feminina no PBF, que implementado pela perspectiva de eficiência de
gênero reforça o posicionamento da mulher dentro do Programa apenas associado a
maternidade. O que contribui para inviabilizar proposição de integração com políticas
de direitos reprodutivos. No eixo sobre “Inserção/Qualificação produtiva, estratégias de
agência e processo de empoderamento feminino dentro do PBF” vemos que, a partir de
mobilizações de agência feminina, existe possibilidade de ampliação do poder de
rejeição aos trabalhos mais desvalorizados/subrremunerados e ampliação de
possibilidade de procura por trabalho mais valorizado e/ou empregos formais. Tais
mobilizações tangenciam dimensões de autonomia, no percurso de empoderamento
feminino. As análises também apontam a importância de discutir e problematizar
discursos simplificadores sobre o PBF e a titularidade feminina, que alegam que as
mulheres têm mais filhos para ingressar/permanecer no PBF ou a condição de
recebimento de auxílio monetário gera um efeito preguiça nas mulheres, que deixam de
trabalhar fora de casa. Em relação aos projetos de vida, vemos recorrência de três
projetos: ter uma casa própria, ter um emprego formal(ou autônomo) e ter acesso a
cirurgia de esterilização feminina. O conjunto analítico evidencia que na vida cotidiana
das mulheres titulares do PBF (permeada por dimensões de agência e subjetividade,
dentro dos processos socioculturais) a discussão sobre focalização feminina nas
políticas de combate a pobreza torna-se mais porosa, tensionando o discurso binário
entre abordagens que discutem instrumentalização da mulher, no roll do debate sobre
eficiência, e abordagens que debatem sobre política na perspectiva de gênero.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12055
Date31 January 2014
CreatorsSANTOS, Giselle Maria Nanes Correia dos
ContributorsQUADROS, Marion Teodósio de
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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