Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T02:54:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Historicamente, as lutas das mulheres pela igualdade de gênero se delinearam a partir de embates políticos com diferentes campos de saber/poder e também por meio de batalhas discursivas. Nesta disputa simbólica, a mídia produzida pelo movimento feminista ocupa um relevante papel, na medida em que participa do processo de construção de discursos contra-hegemônicos e de identidades de resistência. Com base no potencial da mídia - aqui entendida como alternativa - na articulação e visibilidade dos direitos das mulheres, a presente pesquisa busca discutir as estratégias de tematização dos direitos reprodutivos no movimento feminista brasileiro, desvendando variados modos de dizer e fazer feminismo através da comunicação.
A pesquisa, que tem como referenciais teóricos os estudos de gênero e os estudos culturais, contempla aspectos históricos e atuais sobre o movimento feminista brasileiro e ainda uma aproximação com o feminismo e a comunicação alternativa no Chile, que constitui um contraponto para as questões observadas. Como recorte temático, são enfocadas as lutas pelos direitos reprodutivos e as estratégias de comunicação que integram as ações políticas do movimento.
Para a realização da pesquisa, foram selecionadas oito organizações identificadas como feministas, com atuação no campo dos direitos reprodutivos: Transas do Corpo, SOS Corpo, CEMINA, ECOS - Comunicação em Sexualidade, CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria, Católicas pelo Direito de Decidir, Comissão de Cidadania e Reprodução e Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. O corpus da pesquisa compreende a produção de mídia recente das organizações elencadas, totalizando 42 materiais (4 impressos periódicos, 9 impressos educativos, 6 impressos de divulgação, 7 produções sonoras, 7 produções audiovisuais e 9 espaços on-line), que foram analisados a partir dos seus aspectos técnicos, temáticos e editoriais.
Com base em uma abordagem interdisciplinar, a questão central da pesquisa está focada nos modos como a produção de mídia alternativa materializa as 'referências identitárias' que norteiam as ações das organizações feministas, em suas lutas contra-hegemônicas. Neste sentido, indica-se a necessidade de pensar a comunicação como espaço estratégico de ação política, reconhecendo que a mídia alternativa feminista ajuda a redescobrir formas de resistência e, conseqüentemente, a fortalecer as lutas pela igualdade de gênero, que passam pela efetivação dos direitos reprodutivos.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/93735 |
Date | 25 October 2012 |
Creators | Woitowicz, Karina Janz |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Pedro, Joana Maria, Maluf, Sonia Weidner |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 491 p.| il., grafs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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