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Violência sexual e discriminação racial: influência na responsabilização da vítima

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Previous issue date: 2015-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims to investigate whether the woman's skin color and the attacker's skin color influence the responsibility attributed to the woman for the violence she suffered. Therefore, three main hypotheses were formulated that guided the conduct of three empirical studies. Study 1 tested the following hypotheses: the black female victim of sexual violence will be seen as more responsible than the white female victim, and the victims will be seen as more responsible when the attacker is black. The participants were 200 college student volunteers with a mean age of 20.70 years (SD = 4.00; 99 men and 101 women), who were separated into each the four experimental conditions (photos of a black man and a white woman; photos of a white man and a black woman; photos of a black man and a black woman; and photos of a white man and a white woman). As a result it was observed that when the attacker is black, the white victim (M = 3.83, SD = 0.29) is seen as more responsible than the black victim (M = 2.87, SD = 0.26 ). Thus the first hypotheses were not confirmed, as contrary to expectations, the results indicate that the attacker's skin color influences the responsibility assigned to the victim. Since the participant's gender did not have any influence on these results, the hypothesis was raised that the professional context of the participants could influence the responsibility assigned to the woman for violence she suffered. Thus, Study 2 aimed to investigate whether the male and female occupational classification (Carvalho, 2003) remained in force in order to test this hypothesis in Study 3. The participants in Study 2 were 100 college students with a mean age of 21.66 years (SD = 3.53; 48 men and 52 women). The results indicate that the classification is still in force today, considering disciplines such as engineering, computing, physics, and mathematics as professions better performed by men, and nursing, nutrition, and pedagogy as disciplines considered feminine. Finally, Study 3 sought to test the third hypothesis that the participant's group membership (female vs. male courses of study) would alter the responsibility assigned to the victim. With the participation of 202 college students with a mean age of 21.51 years (SD = 5.17; 101 men and 101 women) it was found that there is a significant triple interaction effect between the victim's skin color, the skin color of the aggressor, and the participant's group membership, confirming the hypothesis raised. Thus, in the female courses of study, when the victim was white and the attacker black, she was found more responsible (M = 3,86, SD = 0,30) than in the other experimental conditions. / Esta dissertação tem como objetivo principal investigar se a cor da pele da mulher e a cor da pele do agressor influenciam na responsabilização da mulher pela violência por ela sofrida. Diante disso, foram formuladas três hipóteses principais que orientaram a execução de três estudos empíricos. O Estudo 1 testou as seguintes hipóteses: a vítima de violência sexual negra será mais responsabilizada do que a vítima branca e as vítimas serão mais responsabilizadas quando o agressor for negro. Participaram voluntariamente 200 estudantes universitários com idade média de 20,70 anos (DP = 4,00; 99 homens e 101 mulheres), os quais foram alocados em cada uma das quatro condições experimentais (fotos de homem negro e de mulher branca; fotos de homem branco e de mulher negra; fotos de homem negro e de mulher negra e fotos de homem branco e mulher branca). Como resultado observou-se que quando o agressor é negro, a vítima branca (M = 3,83, DP = 0,29) é mais responsabilizada do que a vítima de cor negra (M = 2,87, DP = 0,26). Dessa forma a primeira hipótese não foi confirmada, em oposição, como previsto os resultados indicam que a cor da pele do agressor influencia na responsabilização da vítima. Uma vez que o sexo dos participantes não exerceu nenhuma influência nesses resultados, levantou-se a hipótese que o contexto profissional dos participantes poderia influenciar na responsabilização da mulher pela violência por ela sofrida. Assim, o Estudo 2 buscou investigar se a classificação de profissões em masculinas e femininas (Carvalho, 2003) continuava em vigor para no Estudo 3 testar esta hipótese. Os participantes do Estudo 2 foram 100 estudantes universitários com idade média de 21,66 anos (DP = 3,53; 48 homens e 52 mulheres). Os resultados indicam que a categorização continua em vigor atualmente, considerando cursos tais como Engenharias, computação, física e matemática como profissões melhor desempenhadas por homens e enfermagem, nutrição e pedagogia como cursos considerados femininos. Por fim, o Estudo 3 buscou testar a terceira hipótese de que a pertença grupal do participante (cursos femininos vs. cursos masculinos) influenciaria na responsabilização da vítima. Com a participação de 202 estudantes universitários com idade média de 21,51 anos (DP = 5,17; 101 homens e 101 mulheres) constatou-se que há um efeito de interação tripla significativo entre cor da pele da vítima, cor da pele do agressor e pertença grupal do participante, confirmando a hipótese levantada. Assim, nos cursos femininos, quando a vítima era branca e o agressor negro, ela foi mais responsabilizada (M = 3,86, DP = 0,30) do que nas outras condições experimentais.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/7520
Date23 February 2015
CreatorsAlbuquerque, Iara Maribondo
ContributorsTorres, Ana Raquel Rosas
PublisherUniversidade Federal da Paraíba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, Brasil, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation-1526916882829645258, 600, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423, 3590462550136975366

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