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Corpos (trans)formados no cinema

A presente pesquisa busca empreender um mapeamento de produções cinematográficas, nacionais e internacionais, que abordam a transgeneridade. A partir desse procedimento, observamos as regularidades que emergiram desse conjunto de produções. Objetivamos traçar um percurso que inscreve esse esforço num plano micropolítico, uma vez que interroga criticamente as práticas comunicacionais e discursivas do cinema hegemônico. Para tanto, exploramos aproximações e tensionamentos provocados pelos estudos queer considerando, aqui, que é esse conjunto de noções que melhor dá conta de pensar a condição trans enquanto um deslocamento que se impõe ao sistema binário masculino/feminino e, como consequência, ao sistema sexo/gênero. Esse percurso conduzido, ainda, sob um viés discursivo/foucaultiano, traz como implicação um profundo questionamento daquilo que configura o humano ao interrogar os biopoderes, os limites do corpo e os regimes de verdade que o produzem. Desse modo, essa pesquisa guia-se pela seguinte questão: como se configuram os discursos que produzem e expressam os corpos trans no cinema? Partimos das análises dos filmes Meninos Não Choram (1999), Tomboy (2011), Num Ano de 13 Luas (1978), Tirésia (2003), Lado Selvagem (2004), Vera (1987), Tangerine (2015), Paris is Burning (1991) para examinar as regularidades observadas, supondo ser possível interrogar as condições de possibilidade de novas formas de expressar a transgeneridade, no sentido de configurar linhas de fuga significativas para as audiovisualidades. / The present research seeks to undertake a mapping of cinematographic productions, national and international, that deal with transgender characters. From this procedure, we observe the regularities that emerged from this set of productions. We aim to trace a path that inscribes this effort in a micropolitical plan, since it critically questions the communicational and discursive practices of hegemonic cinema. To do so, we explore approximations and tensions provoked by queer studies, considering here it is this set of notions that best account for thinking the trans condition as a displacement that imposes itself on the male / female binary system and, as a consequence, on the sex / gender system . This course, conducted even under a discursive / Foucaultian bias, entails a deep questioning of what constitutes the human being when interrogating biopowers, the limits of the body and the regimes of truth that produce it. Thus, this research is guided by the following question: how are the discourses that produce and express trans bodies in cinema? We start from the analysis of the films Boys Don’t Cry (1999), Tomboy (2011), In a Year of 13 Moons (1978), Tiresia (2003), Wild Side (2004), Vera (1987), Tangerine (2015) and Paris is Burning (1991) to examine observed regularities, assuming that it is possible to interrogate the conditions of possibility of new ways of expressing transgender experiences, in order to configure significant escape lines for audiovisuals.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume56.ufrgs.br:10183/178447
Date January 2018
CreatorsSilva, Caio Ramos da
ContributorsSilva, Alexandre Rocha da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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