FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Apresentamos, nesse estudo, uma reflexÃo sobre a racionalidade pedagÃgica que produz a formaÃÃo do professor na Universidade a partir de uma anÃlise sobre o processo de corporificarÃo dos currÃculos das licenciaturas no contexto de reforma curricular da Universidade Estadual Vale do AcaraÃ, situada em Sobral-CE. Analisamos os elementos constituÃdores dessa racionalidade a partir das formas de subjetivaÃÃo docente, produzidas pelo discurso pedagÃgico presente nas polÃticas de formaÃÃo do professor nas licenciaturas no Brasil e no processo de corporificaÃÃo dos currÃculos desses cursos no contexto de reforma curricular institucional. Defendemos a tese de que a racionalidade pedagÃgica produzida no processo de corporificarÃo dos currÃculos das licenciaturas na Universidade institui regras e modelos de ser e de conhecer do professor, à histÃrica, regionalizada e produzida no campo de luta e produÃÃo cultural; portanto, ela à uma epistemologia socialmente construÃda. Com base em nossos estudos teÃricos, compreendemos que o discurso pedagÃgico sobre a formaÃÃo do professor à uma prÃtica que envolve poder-saber e tÃcnicas de efeitos produtivos e prÃticos sobre os sujeitos e objetos. à um discurso que disputa formas de subjetividades e demarca diferenciaÃÃes, presenÃas, exclusÃes, saberes e verdades acerca do como pensar, ser e agir do docente. Identificamos esses âdispositivosâ no discurso oficial das Diretrizes Curriculares para formaÃÃo de professores, que estipula regras de poder que normatiza verdades sobre os professores e sua existÃncia e produzem formas de saberes que disputam modelos hegemÃnicos de subjetivaÃÃo docente, cujo poder de regulaÃÃo està no papel que o prÃprio docente passa a exercer quando sua competÃncia à vinculada a desenvolver formas inventivas para o seu prÃprio aprisionamento. No entanto, a anÃlise sobre a recontextualizaÃÃo desse discurso no contexto da prÃtica de reforma curricular identificou campos discursivos de novas relaÃÃes de saber-poder instituÃdas para resistir a essa regulaÃÃo. Constatamos que as decisÃes curriculares nas licenciaturas da UVA foram frutos de relaÃÃes conflituosas que disputaram territÃrio, identidade, autonomia e autoridade curricular com o conhecimento pedagÃgico na formaÃÃo do professor e a racionalidade pedagÃgica produzida no processo de reforma emergiu das condiÃÃes institucionais, a partir das quais houve interesse de mudanÃa, mas tambÃm de regulaÃÃo. AlÃm disso, entende-se que o conhecimento corporificado no currÃculo à tanto o resultado de relaÃÃes de poder quanto o constituidor das mesmas. A contribuiÃÃo dessa pesquisa à fornecer elementos para compreender que a racionalidade pedagÃgica que forma o professor na universidade se estrutura em um processo arenoso de disputa de subjetividade docente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:1094 |
Date | 07 January 2008 |
Creators | Adriana Campani |
Contributors | Jacques Therrien, Ana Maria Iorio Dias, Antonio FlÃvio Barbosa Moreira, Isabel Maria Sabino de Farias, Luiz Botelho Albuquerque |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em EducaÃÃo, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0025 seconds