Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-03-18T21:04:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Este trabalho tem como foco de análise a formação em agroecologia da Escola 25 de Maio, localizada no município de Fraiburgo SC e situada no contexto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. Por meio da investigação procurou-se levantar questões relacionadas aos limites e potencialidades de desenvolver a produção agroecológica nos assentamentos, a partir da atuação dos técnicos formados no período compreendido entre os anos de 2008 a 2011. No decorrer do estudo busca compreender os elementos constitutivos da formação deste movimento social, produto da configuração historicamente constituída sobre a questão agrária brasileira. Em seguida, procura situar o cenário de lutas pela educação e de forma mais particular a inserção da agroecologia como possibilidade de formação crítica no interior dos assentamentos. Neste sentido, procurou realizar um aprofundamento em torno das contradições no modo convencional de produção de alimentos, baseado em commodities para exportação e das possibilidades de expansão da agroecologia a partir de processos educacionais. Observando o contexto atual o trabalho problematiza as seguintes questões: Considerando que os ingressantes no curso são oriundos dos assentamentos de Santa Catarina, depois de formados retornarão aos seus locais de origem para desenvolverem conhecimentos adquiridos na escola? Quantos dos egressos tornam-se agentes capazes de empreender mudanças qualitativas nos assentamentos? Ao analisarmos quantitativamente os dados dos egressos percebemos que, em sua grande maioria, não retornaram as suas comunidades de origem. Desta forma, refinamos a observação nos debruçando sobre aqueles que de alguma forma estão nos assentamentos, surgindo assim novas questões: Qual o perfil dos técnicos formados na escola? A formação acontecida pelo curso oferece condições objetivas de potencializar a produção limpa de alimentos? E, por fim, uma questão mais abrangente: Em que medida é possível elaborar uma alternativa no campo da agroecologia pensando em construir um novo modelo que contraponha a agricultura industrial, forma hegemônica de produção contemporânea e seus efeitos ambientais e sociais? Ao finalizar o estudo identificamos aspectos positivos do curso como a formação de uma consciência crítica do mundo, exercício da coletividade e solidariedade, sem contar a possibilidade de acesso à educação e inserção no mundo do trabalho. Identificamos, igualmente, dificuldades para o desenvolvimento da agroecologia, que requer a combinação de muitos outros fatores, para além da formação escolar.<br> / Abstract : The present work focuses on the analysis of agroecology education from "The 25 de Maio School", located in the city of Fraiburgo, SC in the context of MST - Movimento Sem Terra (Landless Rural Workers' Movement in Brazil). We sought to raise questions related to the limits and potentiality of developing agroecological production in rural settlements, performed by trained technicians graduated during the period between 2008 to 2011. This study aims to understand the constituent elements for the establishment of this social movement, resulting from the historically developed configuration of the Brazilian agrarian issue. Subsequently, we sought to set the struggle scenario for education, and principally, the inclusion of agroecology as a possibility for critical training within rural settlements. In this sense, this study attempted to enhance the contradictions regarding the conventional way of producing food, based on commodities for export, and the expansion of possibilities of agroecology through educational training. Looking through the current context, this work discusses the following issues: Considering that the students of this course are from rural settlements from Santa Catarina, once graduated, will they return to their places of origin to develop the knowledge acquired in school? How many of the graduates become capable of undertaking qualitative changes in the settlements? By analyzing quantitative data of the graduates, we noticed that most of them have not returned to their home communities. Thus, we refined the study by focusing on those graduates that were somehow still in the settlements, thus resulting in new questions: What is the profile of the technicians trained in the school? Does the knowledge acquired from the training in question offer proper conditions to enhance clean food production? Finally, a more comprehensive question: To what extent is it possible to develop na alternative in the field of agroecology thinking to establish a new model that opposes the present industrial agriculture model, which as we know, is a hegemonic form of contemporary production and has it's environmental and social effects? At the end of the study, we identified positive aspects of the training, such as the formation of a more critical consciousness regarding the world, the practice of collectivity and solidarity, besides the possibility of access to education and inclusion in the labor market. We have also identified difficulties in the development of agroecology, which requires a combination of many other factors, apart from education.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/130975 |
Date | January 2014 |
Creators | Mohr, Matheus Fernando |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Ribas, Clarilton Edzard Davoine Cardoso, Dalmagro, Sandra Luciana |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 137 p.| il. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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