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A cortina de fumaça no discurso verde da química

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:33:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / O presente estudo apresenta reflexões de uma pesquisa cujo objetivo foi reconhecer e problematizar dificuldades e obstáculos por parte dos autodenominados químicos verdes em fazer evoluir a Química Clássica à Química Verde e na superação do que aqui denominamos de ?cortina de fumaça? nos discursos verdes dos químicos. Para tanto, analisamos o conjunto de trabalhos da seção de Química Verde (QV), publicados na 37º Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (RASBQ), ocorrida em 2014. Estes obstáculos podem ser dos mais variados, como o da QV estar sendo balizada, dentre outros: por uma visão de ciência salvacionista em relação aos problemas e soluções ambientais; por fundamentar-se em visão ingênua sobre a relação homem-natureza, não levando em conta as limitações termodinâmicas ao alcance da Sustentabilidade Ambiental; pela primazia da visão economicista em seus objetivos e soluções, associando-se a ideia-conceito de alcance de um desenvolvimento sustentável e por uma ainda limitada compreensão da complexidade da perspectiva preventiva, expressa em seus doze princípios. Para melhor identificar tais aspectos, foram analisados os conteúdos textuais, palavras-chave, justificativas, referências e conclusões dos trabalhos, desta que foi a primeira seção de Química Verde (QV) de uma RASBQ. Baseados, nos referenciais epistemológicos de Gaston Bachelard, dentre outros, buscamos identificar as diferentes visões sobre QV, meio ambiente, eficiência técnica, racionalidade ambiental e eventuais preocupações formativas; dimensões que podem expressar e se constituir em dificuldades nas rupturas com a Química Clássica. Os resultados apontam que muitos dos autores exprimem o pertencimento à QV através da pura associação àaplicação de algum dos seus 12 princípios e, em alguns casos, remetendo a alguns dos pressupostos e justificativas ambientais utilizados pelos precursores da QV. Também observamos que os autores destacam apenas vantagens referentes ao uso de práticas QV assumindo, ainda que implicitamente, a Química Clássica como vilã dos problemas ambientais causados pela Química. Com frequência recorrem a termos-chave, como: eficiente, baixo custo, fontes renováveis, sustentáveis, dentre outros. Numa espécie de nominalismo, onde os usos excessivos de simplificações terminológicas acabam por distanciar a teoria da realidade. Por fim, apontamos algumas contribuições ao ensino de química e à formação de professores de Química.<br> / Abstract : The present study shows a thought about a research looking to recognize and to discuss issues and obstacles on the part of the named ?green chemical?, to make headway the Classical Chemistry to the Green Chemistry and overcome what we usually calls ?smokescreen?, in the green chemical speeches. Thus, we studied the Green Chemistry (GC) section, published in the 37th Annual Meeting of Brazilian Chemical Society (RASBQ) it was in 2014. These obstacles can be of the most varied, such as GC being restricted, among others: by the salvationists science?s sight of environmental issues and solutions; for support in naive view of the man-nature relationship, not taking into account the thermodynamic limitations of the edge of the Environmental Sustainability; the primacy of economic view on your goals and solutions by joining the range of idea concept of sustainable development and a still limited understanding of the complexity of preventive perspective, expressed in its twelve principles. For a better identify of these aspects, we analyze the text content, keywords, explanations, references and conclusions of the works, which this one was the first GC section of a RASBQ. Based in the epistemological benchmarks of Gaston Bachelard, among others, we seek to identify the different views on GC, environment, technical efficiency, environmental rationality and any training concerns; dimensions that can express and constitute difficulties in rupture the classical chemistry. The results show that many of the authors expressed belonging to GC through pure association with the application of some of its twelve principles and, in some cases, referring to some of the environmental assumptions andjustifications used by the GC precursors. We also observed that the authors highlight only advantages for the use of GC practices taking, even implicitly, Classical Chemistry as the villain of the environmental problems caused by Chemistry. Frequently use on key terms, such as: efficient, low cost, renewable, sustainable, among others. A kind of nominalism, where excessive use of terminological simplifications end up distancing the theory of reality. Finally, we point out some contributions to chemistry teaching and training of Chemistry teachers.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/167902
Date January 2016
CreatorsDias, Erica Dayane Souza
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Marques, Carlos Alberto
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format141 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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