Return to search

As formas de resistência aos processos de despolitização no campo da educação não formal: narrativas de educadores/as sociais

Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-04-10T13:02:39Z
No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Auta Jeane da Silva Azevedo.pdf: 1119306 bytes, checksum: f1147cd21b30ca8165fb1229aeb0617d (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T13:02:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Auta Jeane da Silva Azevedo.pdf: 1119306 bytes, checksum: f1147cd21b30ca8165fb1229aeb0617d (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2014-05-30 / FACEPE / Os espaços de educação não formal, cada vez mais, são reconhecidos como lugares
formativos pautados pela criatividade e liberdade. Nas ultimas décadas, contudo, a luta por
acesso aos fundos tanto públicos quanto privados passou a demandar novas exigências de
qualificação, competência e eficácia dos gestores dessas organizações. A tensão gerada vem
contribuindo para uma perda de identidade e descaracterização dos valores e princípios que
orientam essas organizações, contribuindo para disseminar entre os educadores/as sociais que
atuam nesses espaços uma série de incertezas que contribuem para que se instale uma crise
sobre o sentido de seu próprio papel formativo. Nesse sentido, a ideia mais ampla dessa
dissertação consiste em analisar os processos de autoformação dos/as educadores/as que
atuam nas organizações educativas da sociedade civil, procurando apreender desde a
perspectiva foucaultiana da ética do cuidado, o modo como eles/as têm lidado com seu
próprio processo formativo em um contexto marcadamente regressivo no tocante ao exercício
ético-político da liberdade e ao cultivo de experiências formativas. Desse modo, buscamos
aproximar teoricamente o conceito de educação não formal com a noção de autoformação ou
formação de si. O percurso metodológico baseou-se na pesquisa (auto)biográfica, uma vez
que essa abordagem nos permite realizar uma reflexão sobre os conflitos e dilemas da vida a
partir da reconstrução do que foi vivido, permitindo a percepção sobre o significado que os
acontecimentos tem para as pessoas. Especificamente, o instrumento utilizado foi a entrevista
narrativa onde captamos momentos biográficos dos sujeitos. No decorrer do percurso
investigativo, realizamos uma pesquisa-formação, uma vez que a própria pesquisadora passou
pela experiência de ser educadora em um espaços de educação não formal, motivo pelo qual
desenvolveu o interesse em realizar o estudo. Esse dispositivo teórico-metodológico buscou
menos reconstruir o passado dos sujeitos implicados na pesquisa empírica e mais refletir
sobre as formas de resistência ética e política mobilizadas por eles. Com isso, esperamos
contribuir para o uso das narrativas como recurso metodológico, bem como para a
possibilidade de serem desenvolvidas no campo da educação, pesquisas sobre vidas de
educadores. De forma ampla, os resultados apontaram o desafio de cultivarmos espaços de
resistência, sejam esses as organizações onde acontecem as experiências de educação não
formal, ou outros espaços que ainda precisamos criar. O diálogo estabelecido através das
narrativas nos fez reafirmar a importância e a necessidade da existência desses espaços na
mudança da sociedade. Eles ainda tem um papel importante a exercer no que diz respeito a
formação de sujeitos capazes de se comprometerem com um projeto coletivo de vida e de
sociedade. Ao contrário do que imaginávamos, foi possível perceber que para além de uma
crise meramente financeira, as organizações atravessam um período de fragilidades com
relação aos seus referenciais políticos e pedagógicos. Isso nos fez refletir sobre o desafio de
construirmos relações mais éticas entre as pessoas. Sobretudo, o estudo apontou a importância
dos encontros, a importância dos (des)encontros conosco mesmos e com o outro com quem
nos relacionamos nos diferentes espaços que habitamos. Finalmente, este estudo foi, antes de
tudo, uma forma de resistir e de buscar formas coletivas de resistir, pois é difícil resistir
sozinho. Sozinhos, nós podemos apenas ser nós mesmos. Mas com o outro, podemos ser
muitos outros.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/12829
Date30 May 2014
CreatorsAZEVEDO, Auta Jeane da Silva
ContributorsFREITAS, Alexandre
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds