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Previous issue date: 2002 / Com o objetivo de investigar o lugar que os jogos infantis - brinquedos e brincadeiras - ocupam na rede pré-escolar municipal de Itabuna/Ba, este estudo descreve e analisa a prática do professor, sua formação e sua concepção de educação pré-escolar, de infância e criança, de brincar e trabalhar e a concepção de educação pré-escolar constante do projeto pedagógico da instituição, buscando estabelecer e analisar a relação e a influência de tais fatores na utilização de jogos infantis como materiais e estratégia pedagógica no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança. É consenso, entre teóricos e educadores (v.g. Vygotsky, Piaget etc.) que brincar é uma necessidade da criança. Por isso, tem-se como fundamental que o desenvolvimento e a aprendizagem da criança pré-escolar, devem ser alcançados utilizando-se os jogos infantis, de modo intencional, na prática pedagógica. Todavia, tomamos como hipótese que o uso dos jogos infantis na prática pedagógica dependerá da formação dos professores, de sua concepção de educação pré-escolar, infância e criança, brincar e trabalhar e da concepção de educação pré-escolar constante do projeto pedagógico da instituição. Para isso agrupamos a população de instituições pré-escolares em 6 estratos, segundo o seu tamanho (número de classes existentes constituindo-se uma amostra intencional correspondente a no mínimo 25% da população de unidades pré-escolares em cada estrato, entrevistando-se 35 professoras ali atuantes e fazendo-se observação sistemática e registros fotográficos de atividades desenvolvidas em 10 classes de pré-escolas. Sobre o lugar (espaço e tempo) que os jogos infantis ocupam nas salas de aula, verificamos que em mais da metade das escolas não existem áreas externas para uso das crianças ou estas são exíguas, e isto se constitui entraves ou condicionantes para a não utilização de jogos infantis. Mas, mesmo naquelas em que os espaços são mais adequados não foi verificado o uso intencional dos jogos infantis como estratégia pedagógica. Além disso, há uma clara vantagem de materiais do tipo lápis, borracha, cartilha, lápis de cor, caderno, papel ofício etc. sobre os brinquedos, que são escassos e estão guardados fora do alcance das crianças, sendo sua média de apenas um por criança. A partir dos dados coletados sobre a formação inicial e continuada dos professores, dos estágios, dos anos de experiência, dos curículos de seus cursos e das observações de sua prática docente, foi constatado um grande descompasso entre o trabalho requerido pela pré-escola e a formação e a atualização de conhecimentos na área de educação infantil e em especial sobre a relação entre o brincar e o desenvolvimento e aprendizagem da criança. Em relação quanto às concepções das professoras e dos projetos pedagógicos das escolas sobre a educação infantil evidenciou-se o predomínio da concepção antecipatória da escolaridade tanto no discurso como na prática docente. No que diz respeito à criança, foi verificado uma forte tendência de "modelar" o comportamento dos pequenos, como se fossem "adultos em miniatura" e, em relação à concepção brincar e trabalhar, os dados revelaram que para as professoras brincar é atividade de recreação, portanto não séria e oposta ao trabalho "atividade pedagógica", esta sim considerada como "séria". / Salvador
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/11869 |
Date | January 2002 |
Creators | Sauer, Andréa Andrade |
Contributors | Pêpe, Alda Muniz |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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