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[pt] PROFESSORA, A GENTE É POBRE, PRETO E NÃO TEM NADA A PERDER, A SENHORA VAI FAZER O QUÊ POR NÓS? DEIXA A GENTE JOGAR E PRONTO!: FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E INTERCULTURALIDADE / [en] TEACHER, WE ARE POOR AND BLACK AND WE DONT HAVE NOTHING TO LOSE, WHAT ARE YOU GOING TO DO FOR US? LET US PLAY AND GO!: PHYSICAL EDUCATION TEACHERS EDUCATION AND INTERCULTURALISM

[pt] Contribuir para a construção de uma educação de qualidade, uma escola para todos/as, tem sido um dos grandes desafios encontrados por aqueles/as que trabalham com a formação de professores/as. Sabe-se que a sociedade está em constante movimento e a escola brasileira necessita acompanhar as transformações ocorridas ao longo dos tempos. Pensar em educação no Brasil atualmente é pensar em diferentes sujeitos que estão configurados por identidades híbridas e são atores em diferentes realidades. Nesse sentido, trata-se não somente de respeitar as diferenças, mas também de desafiar práticas homogeneizadoras que abafem a pluralidade cultural. Como professora de Educação Física me preocupo com as questões deste campo, procurando compreender de que forma esta disciplina escolar pode contribuir para uma vivência pedagógica mais igualitária, onde todos/as possam ser contemplados/as a partir de seus anseios e necessidades. O presente estudo tem como objetivo identificar de que forma as questões acerca da diferença cultural são discutidas nos cursos de formação de professores/as de Educação Física e para isso o curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro foi escolhido como estudo de caso. Foram analisadas as Diretrizes que regem o curso, seu Projeto Político Pedagógico e os programas das disciplinas oferecidas. Também foram observadas as aulas de cinco disciplinas do curso e por fim foram realizadas entrevistas com docentes, discentes, coordenadora do curso e diretor da instituição. Pude concluir que a formação de professores/as de Educação Física ainda se apresenta fortemente impregnada pelo viés esportivista que faz parte da história do campo, mas que iniciativas que visam a inclusão de todos/as nas aulas desta componente curricular se encontram presentes nas estratégias de formação destes/as futuros/as professores/as. Defendo a educação intercultural como a perspectiva que pode nos
oferecer caminhos e respostas para a realização de um processo educativo que contemple todos/as os/as discentes, respeitando suas identidades, dando possibilidades para um diálogo igualitário e inclusivo, permitindo assim que a escola possa ser construída como um espaço de cruzamento de culturas e não como mantenedora de desigualdades e silenciadora de identidades. / [en] Contribute to building a quality education, a school for all, has been one of the great challenges faced by those working with the teachers education. We know that the society is constant movement and the Brazilian school needs follow the changes that happen throughout time. Nowadays, thinking about education in Brazil is to think about different individuals who are configured for hybrid identities and are actors in different realities. Thus, it is not only to respect differences, but also to challenge homogenized practices that muffle cultural plurality. As a teacher of Physical Education I am concerned with these issues, trying to understand how this school discipline can contribute to a more equitable educational experience where all as may be contemplated as from their expectations and needs. This study aims to identify how the issues concerning the cultural difference are discussed in the Physical Education teachers education course and I choosed the Physical Education course by Universidade Federal do Rio de Janeiro as a case study. Guidelines were analyzed the course, its Political Pedagogical Project and the programs of the courses offered. I also observed classes five course subjects and finally interviews were conducted with teachers, students, the course coordinator and director of the institution. I could conclude that Physical Education teachers education still has strongly impregnated by sporting bias, but that initiatives aimed at the inclusion of all are present in the strategies by course. I advocate intercultural education as the prospect that can offer us ways and answers to carry out an educational process that includes all the students, respecting their identities, giving possibilities for an egalitarian and inclusive dialogue, allowing the school can be constructed as a crop crossing space and not as maintainer of inequalities and identities of silencing.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:25914
Date10 March 2016
CreatorsRITA DE CASSIA DE OLIVEIRA E SILVA
ContributorsVERA MARIA FERRAO CANDAU
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeTEXTO

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