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Previous issue date: 2008-08-28 / Este estudo tem como objetivo realizar uma aproximação às representações sociais dos professores sobre o ensino da língua inglesa como componente curricular do ensino
fundamental. Foram utilizados como referencial teórico de análise a Teoria das Representações Sociais e os estudos sobre Trabalho Docente e como procedimento metodológico a teoria do Núcleo Central das Representações Sociais e a análise de conteúdo.
A coleta de dados foi realizada com a aplicação de um instrumento tríplice de pesquisa para um grupo de vinte e um professores de inglês, que compõem o corpo docente total neste componente curricular de uma rede pública municipal. Com o objetivo de captar a arquitetura básica que constitui o universo representacional dos sujeitos, os dados coletados foram lidos a partir da inter-relação de três dimensões de análise: a pessoal; a intersubjetiva e a objetiva. Foi possível identificar que os sujeitos, que são professores efetivos com formação superior complementada em cursos livres de inglês percebem-se como profissionais cuja importância não é reconhecida, e que têm um vínculo escolar provisório, condicionado a fatores desvinculados de critérios pedagógicos. Estruturam seu pensamento sobre o ensino apoiados, principalmente, em torno das finalidades e das condições em que este se realiza. Expressaramse
com relação às finalidades de ensino de forma vaga ou confusa. Quanto às condições de ensino os argumentos utilizados concentraram-se principalmente nos aspectos das carências e da falta de importância atribuída à disciplina ou aos profissionais. Esta compreensão de ensino deriva do fato de estes sujeitos lecionarem uma disciplina que além de ter os objetivos definidos de forma vaga nos documentos oficiais, vem perdendo prestígio com relação ao seu lugar no currículo. A memória das condições em que aprenderam inglês - freqüentando cursos livres parece gerar um processo inconsciente, levando-os a crer que para que o ensino
ocorra estas condições devam se repetir. Parecem ancorar sua representação no paradigma de ensino oferecido pelos cursos livres de inglês, e objetivá-la no aparato tecnológico destas escolas. Deste modo, para buscarem conforto, transformando o não familiar em familiar, atribuem ao fato de os alunos não aprenderem, a impossibilidade de repetirem-se na escola pública as mesmas condições de ensino das escolas de curso livre. Conclui-se que os
significados que o professor atribui à sua prática derivam de sua formação profissional, da prática docente, de suas experiências de vida, de seu contexto de atuação e das relações que estabelecem com outros. Estas significações conduzem a maneira como interpretam a
realidade e orientam suas condutas. Assim, propõe-se, que para reverter o quadro atual e escrever uma nova história em que não tenha lugar o pensamento de que não se aprende
inglês na escola de ensino regular, principalmente, na pública, seriam necessárias ações voltadas para as políticas públicas, para o contexto organizacional escolar e para a formação
profissional, de forma articulada e que envolvessem os atores do processo educacional.
| Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:biblioteca.unisantos.br:tede/139 |
| Date | 28 August 2008 |
| Creators | Emilio, Rejane Maria |
| Contributors | Martins, Maria Angélica Rodrigues |
| Publisher | Universidade Católica de Santos, Mestrado em Educação, Católica de Santos, BR, Educação e Formação |
| Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | Portuguese |
| Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
| Format | application/pdf |
| Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS, instname:Universidade Católica de Santos, instacron:UNISANTOS |
| Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
| Relation | 2617564530193333365, 600 |
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