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Similaridades nas desigualdades : um modelo animal para o estudo de vulnerabilidade ao sedentarismo

Introdução: O modelo teórico, no qual perfis extremos de desigualdade coexistem num cenário complexo promovendo desfechos de saúde similares, denominado “similaridades nas desigualdades”, surgiu de evidências em humanos. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo animal para refletir o fenômeno "similaridades nas desigualdades". Métodos: As ratas prenhes foram randomizadas pelo peso corporal, mantidas individualmente e no dia 10 de gestação foram divididas em três grupos: Controle (Cont), que recebeu ração padrão à vontade; Restrição Alimentar 50% (R50%), que recebeu 50% do consumo do grupo controle e Dieta Rica em Gordura (RG), que recebeu uma dieta rica em gordura à vontade. Essas dietas foram oferecidas a partir do dia 10 de gestação até o dia 21 de lactação. Em até 24 horas após o nascimento, todos os filhotes foram adotados por outras mães, formando os seguintes grupos: Cont_Cont, R50%_Cont, R50%_R50%, Cont_R50%, RG_Cont, RG_RG, Cont_RG. Peso corporal e consumo alimentar das genitoras, peso ao nascer, peso ao longo da vida e exercício físico voluntário foram comparados entre grupos por Equação de Estimação Generalizada (GEE), usando diferentes modelos estatísticos. ANOVA de duas vias foi usada para avaliar os desfechos de gordura abdominal e medidas bioquímicas. Resultados: O peso corporal das genitoras Cont e RG foi maior, comparado ao peso das genitoras R50%. Além de alguns efeitos isolados da exposição às dietas R50% ou RG durante momentos específicos perinatais (gestação e/ou lactação), o efeito das "similaridades nas desigualdades" foi observado no peso ao nascer (ambos filhotes R50% e RG foram mais leves do que os Cont) e na atividade física (os grupos extremos R50%_Cont e RG_Cont foram igualmente diferentes do grupo de referência Cont_Cont, sendo machos menos ativos e fêmeas mais ativas). O acompanhamento do peso corporal ao longo da vida mostrou que os machos pesaram mais que as fêmeas. Nenhum dos três modelos estatísticos evidenciou diferenças entre grupos no total de gordura abdominal. Conclusão: Este estudo contribui com a idéia de que as desigualdades em saúde estão relacionadas a resultados similares em saúde para ambos os extremos populacionais, e propõe um modelo animal para explorar ainda mais este efeito. / Introduction: We have previously proposed a theoretical model in which extreme unequal social backgrounds coexist in a complex scenario promoting similar health outcomes, named “Similarities in the inequalities”, and had evidence of this effect in humans. Our objective was to propose an animal model to reflect the “Similarities in the inequalities” phenomenon. Methods: Rats were time-mated and randomly allocated to: Control (Adlib), receiving an ad libitum diet of standard laboratory chow, 50% food restricted (FR), receiving 50% of the ad libitum-fed dam’s intake and high fat diet (HF), receiving a diet containing 45.0% fat. These diets were provided from day 10 of pregnancy throughout the 21-day of lactation. Within 24 hours after birth, all pups were cross-fostered to other dams, forming the following groups: Adlib_Adlib, FR_Adlib, FR_FR, Adlib_FR, HF_Adlib, HF_HF, Adlib_HF. Dam’s body weight and show consumption, pup’s birth weight, growth and physical activity in running wheels, was compared between groups through GEE, using different statistical models. Twoway ANOVA was used to evaluate abdominal fat and biochemical outcomes. Results: Body weight of Adlib and HF dams was higher compared to FR dams. Apart from some isolated effects of the exposure to the FR or HF diets during specific perinatal times (gestation and/or lactation), the “Similarities in the inequalities” effect was seen in birth weight (both FR and HF pups were smaller than Adlib pups) and physical activity (the extreme groups FR_Adlib and HF_Adlib were similarly different from the reference group Adlib_Adlib, being less active in males and more active in females). Body weight monitoring throughout life showed that males were heavier than females. None of the three statistical models showed differences between groups in total abdominal fat. Conclusion: Our study contributes to the idea that health inequalities are related to similar health outcomes for both populational extremes, and proposes an animal model to further explore this effect.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/70421
Date January 2013
CreatorsCunha, Fábio da Silva
ContributorsSilveira, Patrícia Pelufo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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