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Análise do uso da linguagem em crianças com deficiência visual sob uma perspectiva funcional.

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Previous issue date: 2004-03-12 / The importance of the language for the visual impairments children is unquestionable.
Therefore, it is in function of it that they plan, modify or they improve their behavior. In the scientific field, it is discussed until the point the absence of the vision intervenes in its
acquisition, development and use. The main objective of this study was to analyse the
differences and similarities between the pragmatic performance of the language of visual
impairments and sighted children in different contexts. Six preschoolers and their mothers
had participated in the set of observations: two blind children; two visual impairments
children; and two sighted children. The participants from Instituto dos Cegos do Brasil
Central (MG) were chosen after a critical selection performed by clinical diagnostic and
anamnese interviews with their mothers. Free and planned monitoring sections were
performed in their homes and in the Instituto dos Cegos. In addition, the sections were taperecorded.
The analyses of different situations were based on the functional use of the
language, being considered communicative functions, as well as the ways used in the
emissions. The results had indicated that the predominant way in the communication is the
verbal one. The children with low vision capacity used more motor actions, because of the
attempt to nominate them verbally, later. The blind children used more the verbal way in its
communication, mainly to require information of the environment and after that to plan or
to modify its behavior. In relation to the stimulation in their homes, it was possible to verify
the use of materials adapted (ball-bell) by some mothers as well as alterations in the
interaction between mother-child, which was evidenced mainly for low the frequency of
communicative functions arisen from the children. The results of the study had important
educational implications, mainly for the interventions with the family in their homes. / A importância da linguagem para as crianças deficientes visuais é indiscutível, pois trata-se
da principal forma de promover sua interação social, além de ser fundamental na mediação
de todo o seu processo de aprendizagem. No âmbito científico se discute até que ponto a
ausência da visão interfere na aquisição da linguagem, seu desenvolvimento e uso. O
objetivo principal desse estudo foi analisar diferenças e semelhanças entre o desempenho
pragmático da linguagem de crianças deficientes visuais e crianças com visão normal em
diferentes contextos. O estudo também objetivou identificar as estratégias utilizadas pelas
mães das crianças com deficiência visual para auxiliá-las em sua comunicação para suprir o
suposto déficit apontado pela literatura. Participaram do estudo seis crianças em idade préescolar
de ambos os sexos, sendo: duas cegas, duas com baixa visão e duas com visão
normal. Os participantes, oriundos do Instituto dos Cegos do Brasil Central MG, foram
selecionados através de critérios específicos por meio das entrevistas de anamnese feitas
com as mães e de diagnóstico médico. Foram realizadas sessões de observação, para coleta
de dados, em ambiente pré-escolar (no Instituto) e ambiente familiar, onde foram efetuadas
as filmagens em situações livres e planejadas. A análise dos dados foi baseada no uso
funcional da linguagem, sendo consideradas funções comunicativas, bem como os meios
utilizados para emiti-las. Os dados do desenvolvimento das crianças nos primeiros anos de
vida, obtidos na entrevista, e o nível de estimulação em ambiente familiar também foram
analisados. Os resultados indicaram que o meio predominante na comunicação das crianças
foi o verbal, porém, as crianças com baixa visão utilizaram em demasia ações motoras, em
função da necessidade de explorar os objetos, aproximando-os dos olhos, na tentativa de
identificá-los ou nomeá-los. Quanto às funções, foi observada uma tendência na
comunicação das crianças cegas em solicitar ações ou informações do ambiente, ao
interlocutor, enquanto as crianças com baixa visão emitiram funções mais ligadas a
manipulação de objetos (jogo e exploratória). As crianças com visão normal emitiram
funções de caráter visual, ou seja nomeações de objetos, assim como descrição de
propriedades destes. Em relação ao nível de estimulação em ambiente familiar, foi
verificado o uso de materiais adaptados (bola com guizo) por algumas mães, mas também
alterações na interação entre mãe-criança, indicadas principalmente pela baixa freqüência
de funções comunicativas. Dentre as implicações do estudo, destaca-se a necessidade de
intervenção (em ambiente domiciliar) com as mães das crianças de risco, no sentido de
fornecer condições para favorecer o uso da linguagem dessas crianças, promovendo de
modo geral seu desenvolvimento e aprendizagem durante um período tão importante que é
a fase pré-escolar.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufscar.br:ufscar/3088
Date12 March 2004
CreatorsOliveira, Jáima Pinheiro de
ContributorsOliveira, Susi Lippi Marques
PublisherUniversidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, UFSCar, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSCAR, instname:Universidade Federal de São Carlos, instacron:UFSCAR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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