Return to search

Eu acho que a pessoa doente mental pode trabalhar ; Eu trabalho e não sou doente mental? : o processo de reinserção da pessoa com transtorno mental no mercado de trabalho

Made available in DSpace on 2014-06-12T23:15:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2
arquivo8298_1.pdf: 2113231 bytes, checksum: 7059c0861c7c654a97dfc6903c518690 (MD5)
license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5)
Previous issue date: 2007 / A tese em apreço surgiu a partir da necessidade de compreender melhor como
ocorre a reinserção de pessoas com transtorno mental no mercado de trabalho, na
cidade do Recife, Pernambuco. Como ponto de partida, considerou-se que a
reestruturação produtiva que promove a redução significativa dos postos de trabalho
torna cada vez mais difícil o acesso aos referidos postos e em muitos casos
inviabiliza a participação de pessoas com vulnerabilidades. Por outro lado, o
transtorno mental não deve ser considerado um impeditivo para o trabalho, e
partindo desse pressuposto, questionou-se quais seriam os fatores que além do
biológico poderiam interferir no reengajamento de pessoas com transtornos mentais
em atividades produtivas geradoras de renda. Para obter tais respostas, foram
ouvidas 44 pessoas, sendo 16 usuários, 12 familiares e 14 técnicos de serviços de
saúde mental tipo CAPS no segundo semestre de 2006. Através da análise do
conteúdo das falas dos entrevistados, com auxílio do software ALCESTE, foi
possível concluir que apesar do trabalho ser considerado um direito e um elemento
de suma importância na vida dos seres humanos, quando se trata de pessoas com
transtorno mental, o estigma e a falta de conhecimento sobre o assunto, fazem com
que usuários e familiares tenham dúvidas ou mesmo descrédito em relação às
possibilidades de reinserção no trabalho. Pessoas que mantêm alguma atividade
produtiva após o transtorno mental são em geral mais otimistas em relação ao
futuro, independentemente do diagnóstico clínico. Os técnicos identificaram que
falhas na execução das políticas públicas em saúde mental contribuem para
aumentar as dificuldades na reinserção econômica. Observou-se ainda um
distanciamento contextual entre as falas dos três grupos entrevistados, ficando de
um lado os usuários e seus familiares, e do outro, os técnicos dos serviços. Cabe ao
Estado, proporcionar aos técnicos a instrumentalização necessária para que em sua
prática, estes possam buscar as melhores condições de interlocução e dessa forma
contribuir com a inclusão sócio-econômica das pessoas com transtornos mentais,
mantendo sempre o foco nos princípios da reforma psiquiátrica e consequentemente
da reinserção social

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9590
Date January 2007
Creatorsda Silva Frazão, Iracema
ContributorsCristina Brito Arcoverde, Ana
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0021 seconds