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Previous issue date: 2014-06-10 / CAPES / A hanseníase se constitui atualmente como um problema de Saúde Pública e apesar de significativa redução, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de casos da doença. Neste cenário destaca-se o estado de Mato Grosso, cuja magnitude sinaliza o quanto ela ainda é um desafio a ser enfrentado pelo campo da Saúde Pública. Embora a detecção e o tratamento sejam previstos no primeiro nível de atenção, um percentual de adoecidos pode desenvolver reações hansênicas que se constituem como um agravo à hanseníase, produzindo marcas corporais como manchas, descamações e ulcerações na pele, nódulos subcutâneos, entre outras alterações que remetem ao plano dos significados e afetam a identidade destas pessoas, dando visibilidade a uma condição que pode levá-las a serem estigmatizadas socialmente. Este estudo analisa a experiência de mulheres com reações hansênicas, interpretada pelo conhecimento prático do senso comum na perspectiva das entrevistadas. Trata-se de pesquisa qualitativa, a qual se vale dos estudos da experiência de uma doença tropical negligenciada com potencial estigmatizante, baseado em pressupostos da fenomenologia. Os resultados foram analisados em categorias que abrangem: o processo de descoberta da doença, em que destaca-se o diagnóstico tardio e o despreparo dos profissionais e equipes de unidades básicas de saúde; as noções de causalidade, sendo a hanseníase atribuída a lugares sujos e a microorganismos que invadem o corpo; o conceito de hanseníase e de reações hansênicas, relacionados a uma doença que afeta os nervos e suas sequelas, respectivamente; os impactos e enfrentamentos cotidianos, destacando-se a dor, que assume um aspecto central nesta experiência; o apoio social recebido especialmente dos filhos, instituições religiosas e profissionais de saúde; a relação com o tratamento e as expectativas futuras, centradas em retomar à vida normal. Estas categorias elucidam a complexidade dos aspectos que incidem na experiência de adoecimento por reações hansênicas, mostrando que as marcas afetam diretamente a vida social das adoecidas, fazendo com que elas se isolem socialmente. Ressaltamos que a proposição de intervenções mais sensíveis às especificidades socioculturais pode tornar a atenção aos adoecidos mais humanizada e integral. / Leprosy is currently constitutes as a public health problem and despite significant reduction, Brazil ranks second in the world in number of cases. This scenario highlights the state of Mato Grosso, whose magnitude indicates how much it is still a challenge to be faced by the field of Public Health. Although the detection and treatment are provided in primary care, a percentage of diseased may develop leprosy reactions that constitute as a grievance to leprosy producing body marks such as spots, desquamation and ulceration of the skin, subcutaneous nodules, among other changes refer to the sphere of meanings and affect the identity of these people by giving visibility to a condition that can lead them to be socially stigmatized. This study examines the experience of women with leprosy reactions, interpreted by practical common sense knowledge from the perspective of the interviewees. It is a qualitative research, which draws on the studies of the experience of a neglected tropical disease with potentially stigmatizing, based on assumptions of phenomenology. The results were analyzed in categories covering: the process of discovery of the disease, in which we highlight the late diagnosis and the lack of preparation of professionals and staff at the primary health care; notions of causality, leprosy is attributed to dirty places and the microorganisms that invade the body; the concept of leprosy and leprosy reactions, related to a disease that affects the nerves and their sequelae, respectively; impacts and daily confrontations, especially pain, which assumes a central aspect in this experiment; social support received especially the children, religious institutions and health professionals; the relationship to treatment and future expectations, focusing on getting back to normal life. These categories elucidate the complexity of aspects that influence the illness experience by leprosy reactions, showing that brands directly affect the social life of fallen ill, causing them to isolate themselves socially. We emphasize that the proposition more sensitive to sociocultural specific interventions can make attention to more humane and comprehensive sickened.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:1/470 |
Date | 10 June 2014 |
Creators | Silva, Lidiane Mara de Ávila e |
Contributors | Barsaglini, Reni Aparecida, Arruda, Márcia Bomfim de, Barsaglini, Reni Aparecida, Gugelmin, Silvia Angela, Montagner, Maria Inez |
Publisher | Universidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UFMT CUC - Cuiabá, Brasil, Instituto de Saúde Coletiva (ISC) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFMT, instname:Universidade Federal de Mato Grosso, instacron:UFMT |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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